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Desvendando 8 mitos sobre dietas: Tudo que você precisa saber para melhorar sua alimentação!

Tempo de Leitura: 8 minutos


Você já deve ter ouvido falar muita coisa sobre dieta, não é mesmo? Tenho certeza que sim! E por já ter ouvido falar muito sobre esse assunto, com certeza, muitos são os mitos que você deve ter ouvido sobre dieta e alimentação. E alguns desses mitos, talvez você nem saiba que são mitos (ainda)…

Diante da valorização do corpo e da saúde, as pessoas tem sido cada vez mais “pescadas” por este assunto que possui um grau de relevância considerada.

Fazer com que o assunto dieta chegue a mais pessoas e fique cada vez mais conhecido é algo muito bom, pois este assunto precisa ser comentado mesmo, visto o numero de obesos no mundo só crescer. Porém, para o cidadão leigo, esse crescimento pode ser perigoso, pois muitas das coisas ele não consegue diferenciar do que é verdade e o que é mentira/mito.

Pensando nisso, neste artigo falaremos a respeito de 8 mitos sobre dietas e comentaremos algumas formas de trazer melhorias para a sua dieta de maneira bastante fácil e eficiente.

Vamos lá?

Mito 1: Somente é bom se for natural

Muitas pessoas acreditam que apenas alimentos naturais são saudáveis, quando existem muitos alimentos prontos e processados que também podem ser muito bons e nutritivos. Dessa mesma forma, nem tudo que é natural também é 100% muito bom.

Vamos observar uma fruta bem conhecida no Brasil que é o tamarindo. Ele possui em média 72g de carboidratos em 100g da parte comestível do produto. Um valor altíssimo para uma fruta. Ele possui relativa baixa quantidade de fibras alimentares, o que nos faz crer que boa parte de seus carboidratos são açúcares simples. E isso pode ser um desastre para um diabético ou para uma pessoa que está consumindo uma menor quantidade de carboidratos porque quer perder peso.

alimentos naturais
Por outro lado, peguemos um pão integral (não precisa nem ser 100% integral) que vai ter em média, na mesma porção, algo em torno de 35g de carboidratos, sendo que possuirá maior teor de fibras alimentares, bem menos açúcares e ainda possui proteínas. Sendo assim, ele é processado, mas pode ser muito mais interessante do que o tamarindo.

Não acredite que pelo simples fato de um alimento natural não estar processado é que ele irá realmente trazer todos os benefícios que você quer. E óbvio, não é saudável sairmos nos entupindo de embutidos, alimentos prontos congelados (pizza, hambúrgueres, lasanhas etc), mas “incriminar” um produto só porque ele não é natural é um grande erro.

Mito 2: Comer mais do que duas gemas por dia irá elevar seus níveis de colesterol

Sabemos que o colesterol é uma molécula de lipídio (gordura) não energética derivada exclusivamente de fontes animais, como as gemas de ovo.

Durante anos e anos, o consumo da gemas de ovo foi colocado em jogo pelo fato de que seu colesterol poderia fazer mal ao corpo, mas isso não é verdade! Alimentos ricos em colesterol não irão elevar os níveis desse lipídio em pessoas saudáveis (isso não se aplica a pessoas com dislipidemias).

gema de ovos
Hoje já existem inúmeros estudos que mostram que o consumo de gemas de ovos e outros alimentos fontes de colesterol, em nada impactam no aumento do mesmo no corpo. Ainda, gemas de ovos são excelentes alimentos, fontes de proteínas de alto valor biológico, vitaminas lipossolúveis e também de colina e ferro e não devem estar em falta na sua dieta, a não ser que você tenha alergia a ovos ou problemas de colesterol pré-existentes.

Mito 3: Consumir carboidratos faz com que você desenvolva problemas cardiovasculares

Os carboidratos hoje em dia são demonizados de todas as formas possíveis. Dizem que quando você consome carboidratos irá ficar gordo, ter problemas de disfunções insulínicas, desenvolver quadros de aumento de gordura corpórea e desenvolver problemas de dislipidemias, o que prejudica também os sistemas cardiovasculares.

Verdade seja dito: Excessos de carboidratos, especialmente dos simples como a frutose e a glicose podem fazer com que você aumente sua resistência à insulina e as taxas de conversão de carboidratos em gordura corpórea irão aumentar, fazendo também com que seus níveis de gorduras no seu sangue aumentem. Porém, isso somente com EXCESSOS!

alimentos ricos em carboidratos
O fato de você consumir carboidratos, NÃO FAZ COM QUE VOCÊ TENHA PROBLEMAS CARDIOVASCULARES, e isso somente ocorrerá sob excessos a longo prazo. Se você mantém uma dieta equilibrada com o uso de carboidratos e sabe como ajustar suas necessidades individuais, certamente isso não será um problema.

Agora, é óbvio que se você toma refrigerantes o tempo todo, come porcarias e não faz nenhuma atividade física, vai ter problemas não só cardiovasculares, mas nos outros sistemas do corpo também. Portanto, bom-senso é essencial!

Mito 4: O Glutamato monossódico irá te causar grandes prejuízos

Hoje o glutamato monossódico é um aditivo encontrado em grande parte dos alimentos industrializados. Ele tem a capacidade de aumentar o gosto dos alimentos e potencializar também o “salgado’. Normalmente usado não só em alimentos industrializados, mas em culinárias orientais, como a chinesa e a japonesa.

Acontece que muitas pessoas acreditam que o glutamato monossódico pode interferir no cérebro e causar prejuízos, pode elevar os níveis de pressão arterial, entre outros. Porém, não há evidências científicas claras sobre isso. Sabemos que muito provavelmente os excessos de glutamato monossódico não são saudáveis, assim como nada em excesso é.

Glutamato monossódico
Entretanto, o fato de consumi-lo não significa um prejuízo tão grande. Aliás, ele mesmo é presente em alimentos naturais como pescados, na carne, nas aves, nos tomates e em alguns queijos. Assim, vale mais a pena regular o seu consumo do que tirá-lo por completo de nossa dieta.

Hoje vemos muitas pessoas com práticas assustadoras de retirada do glutamato monossódico da dieta e acabam pagando muito caro por algo que não vai ter um benefício tão significativo. Acredito que quando se tem uma alimentação saudável, os possíveis danos do glutamato monossódico também possam ser significativamente reduzidos, fazendo com que ele se torne apenas um aditivo a mais na dieta.

Mito 5: Se é integral, é melhor!

Hoje em dia você pergunta para uma pessoa: “E este lanche aí?” e ela responde: “Este pode porque é integral…” Muitas pessoas acreditam que alimentos integrais são sempre as melhores opções, os mais saudáveis e os que não irão trazer prejuízos. Porém, isso é mentira!

  1. Em primeiro lugar, muitos afirmam algo sobre índice glicêmico, fator esse que só deve ser considerado por diabéticos.
  2. Em segundo lugar, muitos afirmam que as quantidades de vitaminas e sais minerais são muito maiores, o que na prática não vai fazer tanta diferença assim.
  3. Em terceiro, muitos afirmam que eles possuem maior quantidade de fibras, mas nem sempre isso é bom.

Alimentos integrais são, de fato, saudáveis, mas se usados o tempo todo podem se tornar ruins.

alimentos integrais
Primeiro porque para indivíduos que desejam um aumento de peso corpóreo em massa magra e precisam comer mais, isso pode prejudicar a digestão e a velocidade do esvaziamento gastrointestinal.

Em segundo, porque fibras em excesso podem causar constipação intestinal (especialmente em mulheres e indivíduos que consomem pouca água) e podem também causar inibição da absorção de vitaminas, sais minerais e aminoácidos.

E, terceiro e último, porque alimentos integrais costumam ter fitatos e, se não bem preparados, podem fazer com que você tenha desconfortos gastrointestinais e também iniba a absorção de micro e macronutrientes.

Não há nada mal em comer macarrão tradicional, arroz branco, batata inglesa, entre outros alimentos não integrais. Estes são excelentes alimentos fontes de carboidratos complexos que podem entrar tranquilamente em sua dieta, trazendo excelentes benefícios.

Mito 6: O Sal rosa é melhor e mais saudável do que o sal marinho

Muitas são as pessoas que defendem o uso do sal rosa, especialmente do Himalaia, dizendo que ele é mais saudável, tem mais minerais, possui menor teor de sódio, entre outros fatores. Acontece que, temos que levar essas considerações com calma.

O primeiro ponto que devemos observar é que o sal rosa possui mais minerais do que o sal refinado. Entretanto, entre estes minerais, estão alguns que são metais pesados e até mesmo tóxicos para o corpo. Desta forma, o sal rosa pode não ser lá tão saudável pelo simples fato da presença de minerais tóxicos em maiores quantidades nele.

O segundo ponto é que ele é menos rico em sódio. Mas, para indivíduos sadios, qual o mal no consumo de sódio? Nenhum! Além disso, se ele é menos rico em sódio, é bem provável que você vai ter que usar maiores quantidades dele para atingir o grau de salgante do sal refinado e, com isso, vai levar de brinde mais minerais tóxicos para dentro do seu corpo, o que pode não ser necessariamente tão saudável assim.

sal rosa
Um terceiro ponto que devemos considerar é o de que o sal rosa não vai evitar quaisquer doenças (pelo menos não há nada científico sobre isso) como alguns costumam afirmar.

Por fim, você ainda pagará muito mais caro no sal rosa do que no sal refinado. Investimento esse desnecessário e que poderia ser complemento para o uso de maiores quantidades de carne bovina na dieta, maiores quantidades de queijos, maiores quantidades de pescados ou até mesmo para aquele suplemento que você precisa comprar e está sem dinheiro.

Assim, use tranquilamente o sal refinado e você não terá prejuízo algum com isso. Além disso, o uso de molhos (ketchup, mostardas, barbecue, shoyu etc) também ajudarão neste fornecimento de sódio ao corpo.

Mito 7: O café da manhã (desjejum) deve ser a refeição mais calórica do dia

Até algum tempo atrás, se falava muito que deveríamos comer como reis no café da manhã, como nobres no almoço e como mendigos no jantar. Entretanto, isso é uma grande besteira, porque sabemos que todas as refeições merecem a mesma importância e porque sabemos que o que realmente vale é o valor energético total da dieta (e até mesmo semanal) e não somente uma ou outra refeição ou o momento em que ela é feita.

O desjejum é uma refeição relevante, porque passamos um longo período sem nos alimentar durante o sono e porque entramos em processos catabólicos, que são evitados por ele. Porém, daí dizer que ele necessita ser o momento de maior ingestão de calorias no dia é errado.

Para praticantes de musculação, o momento onde mais se deve ingerir calorias é cerca de 2h antes do treino e na refeição sólida pós-treino, que são os momentos em que o corpo mais vai precisar metabolizar energia. Além disso, esses são os momentos que mais devemos facilitar a digestão e fornecer carboidratos.

café da manha brasileiro
Suponha que alguém treine a noite, em torno de 20h. Qual seria o momento de maior ingestão calórica? Cerca de 18h e cerca de 21-21:30h quando ela termina o seu treinamento e vai fazer o pós-treino. E isso já é a noite! Mas não importa, porque o corpo irá usar essa energia e não vai fazer com que ela seja armazenada em forma de gordura corpórea.

É lógico que se você treina pela manhã, aí sim seu desjejum deve ser rico em calorias e fontes energéticas. Do contrário, é necessário uma ingestão normal de calorias nas demais refeições e um aumento antes e depois do treino. Nos períodos de menor ingestão calórica e de carboidratos, aconselhamos também a maior ingestão de lipídios (gorduras) em substituição aos carboidratos.

Mito 8: Comer sem fome significa que o corpo não precisa de energia

Muitas vezes achamos que o corpo não precisa de energia só porque não está com forme. Mas, isso não quer dizer nada. Observe que a falta de alimentação pode fazer você reduzir o peso (e perder massa magra), isso porque você, metabolicamente, precisa de alimentos.

comendo mesmo sem fome
Sendo assim, trace sempre bons protocolos os quais possam ser seguidos. Se é hora de comer, coma o que precisa e pronto. É importantíssimo ser disciplinado mesmo quando a alimentação se torna um tormento. Tormento esse que valerá a pena quando você observar seus próprios resultados.

Conclusão

Diante dos muitos e muitos assuntos a respeito de dietas, muitos também são os mitos que surgem e neste artigo trouxemos 8 deles para que você possa entender melhor, refletir e fazer suas escolhas e/ou adequações.

Lembre-se sempre de buscar informações sempre em fontes confiáveis para evitar possíveis confusões.

Boa alimentação!

Conheça 4 Mitos/Mentiras sobre o Consumo de Leite!

Tempo de Leitura: 7 minutos


O leite é a primeira fonte alimentar de mamíferos (incluindo os seres humanos) após o nascimento e compreende uma fonte extremamente rica em micronutrientes, macronutrientes e em compostos que estão diretamente ligados com o sistema imunológico, promovendo não só benefícios nutricionais, mas resistência contra agentes externos (vírus e bactérias) também os quais podem levar o bebê a morte.

O leite é um dos alimentos mais consumido no mundo inteiro, seja em sua forma pura ou por algum de seus inúmeros derivados (queijos, iogurtes e etc). Apesar de toda a importância nutricional do leite, muitas pessoas tem o condenado nos últimos, querendo retirar esse “super alimento” do consumo humano, com mentiras, achismos e falta de comprovações.

A melhor forma de não acreditarmos nessas mentiras e achismos sem comprovação é com informações sérias e relevantes, combatendo os argumentos falsos e mentirosos com estudos científicos comprovando a eficácia do leite ao ser humano e a sua nutrição.

Portanto neste artigo, comentaremos a respeito de 4 mentiras que tem colocado o leite como uma grande vilão, e iremos explicar porque esses argumentos são mentirosos e você não deve acreditar nos mesmos.

Vamos lá?

1- O ser humano é o único mamífero que, após o desmame, ainda consome leite

Verdade seja dita: O Leite foi “criado” pela natureza com a função de alimentar um recém-nascido que ainda não pode conseguir seu próprio alimento e precisa que lhe seja fornecido algum tipo de suporte para sua sobrevivência.

Porém, após o desmame, quando o indivíduo já pode conseguir seu alimento e precisa de outra gama de nutrientes, normalmente os animais deixam de consumir leite para sempre, afinal, eles não podem ir mamar em qualquer outro animal ou muito menos podem ir ao mercado comprar leite (ou mesmo ir produzi-lo).

Ou seja, os animais param de beber leite porque a mãe deles não irá ficar dando leite o resto da vida e porque eles não possuem nenhuma outra forma de ter esse alimento… Diferente de nós, seres humanos, que podemos ir a qualquer supermercado e comprar.

Benefícios do leite materno: o ser humano é o único ser que consome leite após o desmame

E ai muitas pessoas irão dizer: “mas é o leite produzido por outra especie de animal, não foi feito para seres humanos ingerirem”. E você pode até ter razão, mas esse não é um motivo que faz do leite um alimento ruim, não é verdade? E se o nosso corpo se adaptou (com a evolução dos anos) a digerir bem esse tipo de alimento, que mal teria consumi-los? Isso é mais ideologia de “não consumir alimentos de outras especies” do que falta de nutrientes do leite e etc.

Fica realmente difícil imaginar um leão ou uma pantera entrando em um supermercado para comprar leite… Só que, SE VOCÊ DER LEITE A ELES, ELES BEBERÃO! É óbvio que animais simplesmente só não tomam leite porque não têm a possibilidade que temos de conseguir. Pense que, se algo é comestível, pela lei da evolução e da sobrevivência, você irá comer ou tomar, fim de papo!

Portanto, é impossível querer dizer que porque a maioria dos animais não tomam leite não podemos tomar. Aliás, você conhece algum outro animal, além do homem, que coma azeitonas ou use azeite de oliva?

2- “O Leite atualmente possui muitas toxinas”

Muitas pessoas argumentam que o leite hoje está com muitas alterações e que isso pode ser considerado prejudicial ao corpo. Vejam bem: Há legislações no ramo dos alimentos que, apesar de serem falhas, não irão permitir que erros grotescos aconteçam. E não é por acaso que sempre estamos vendo nas notícias apreensões de lotes, cargas ou produtos os quais não estejam nos padrões das exigências da legislação.

O fato do leite não estar em sua forma pura (de extração) não quer dizer ele seja ruim. Aliás, hoje o leite por ser pasteurizado (processo de eliminação de agentes causadores de doenças) pode apresentar muito menos riscos para o consumo, especialmente de crianças, do que se ele estivesse cru, natural.

É óbvio que quaisquer processos industriais fazem os alimentos perderem nutrientes, mas até aí, são QUAISQUER ALIMENTOS e não somente o leite. Se fosse assim, todos os alimentos industrializados teriam de ser taxados de tóxicos.

APRENDA >>> Porque  Leite é um Alimento tão Anabólico!

O leite possui muitas toxinas: MITO

É quase certo afirmar que não é adicionado nada que seja prejudicial no leite para o ser humano (desde que ele esteja de acordo com a legislação) e não há porque se preocupar com isso.

Você só terá algum prejuízo se utilizar um leite contaminado ou que tenham colocado algo dentro, como já vimos na mídia, a soda cáustica. Mas, é lógico que isso é ILEGAL e são casos a parte, assim como já vimos falsificações em carnes, embutidos e outros tantos alimentos do nosso dia-a-dia.

Portanto, não existe nada cientificamente comprovado que possa ser realmente tóxico no leite, mesmos os aditivos que são colocados nele para preservar, são autorizados por órgão regulamentados e estão em diversos outros alimentos também.

3- “Existem outras fontes de proteínas melhores do que o leite”

Muitas pessoas costumam afirmar que o leite, apesar de ser um alimento que contém proteínas de alto valor biológico, perde em questões nutricionais e proteicas para outros alimentos. Neste caso, temos que analisar alguns pontos críticos.

Sabemos que o leite possui cerca de 6g de proteínas a cada 200ml. Sendo assim, essa quantidade não é tão elevada, mas é de altíssimo valor biológico (como principais fontes temos a caseína em suas diversas formas e o soro do leite, além de proteínas em menores quantidades como a lactoalbumina).

Se compararmos apenas a quantidade, com certeza ela irá perder para muitos outros alimentos, como cereais, ervilhas e etc. Mas precisamos ver além das quantidades, pois as proteínas de alimentos vegetais são pouco aproveitadas por nosso organismo. Portanto mais vale pouca proteína de alto valor biológico, do que muita proteínas de baixo valor biológico.

E não podemos negar que existam outros alimentos de alto valor biológico que possuam mais proteínas, como a carne vermelha, por exemplo, fornece 22g de proteínas em média a cada 100g. Mas nem todos comemos carnes. E as pessoas que vão ovolactovegetarianas (não comem carne, mas come ovos e laticínios derivados de animais) ou lactovegetarianas (não comem carnes e nem ovos, mas comem laticínios derivados de animais), iriam ter de viver apenas de de proteínas de baixo valor biológico?

Outras fontes de proteínas além do leite

Outro fator super importante é a diversidade de alimentos. Mesmo que você consuma carne, ovos e proteínas vegetais, o leite torna-se importante pela variedade de alimentos consumidos na dieta, o que é super importante em casos onde você não pode deixar o seu organismo acostumar com os mesmos alimentos e estímulos.

E todos os outros nutrientes que o leite possui (além das proteínas) deveriam ser jogados no lixo, apenas porque ele não é o alimento mais rico em proteínas? Claro que não! Temos o cálcio, potássio, magnésio, fósforo e muitos outros.

Sendo assim, não quero dizer que o leite seja a melhor fonte de proteínas (apesar de ter sim o maior valor biológico para o corpo), mas dizer que o leite é menos vantajoso porque existem “proteínas melhores” é um certo exagero. Se bem ajustado na dieta em momentos oportunos, o leite é uma excelente fonte de proteínas SIM, superando inclusive muitas das mais comuns.

4- “Pessoas possuem disfunções gastrointestinais devido ao consumo de leite”

Outra afirmação bastante comum de se fazerem é que o leite é causador de inúmeros problemas no trato gastrointestinal, quando isso é um exagero baseado em fatos que ocorrem isoladamente e não na população de uma maneira geral, como regra.

De fato, a caseína, em especial, pode representar o desenvolvimento de alergias em alguns indivíduos, assim como a própria proteína do soro do leite. Ainda, pessoas que possuem galactosemia (doença que a afeta o metabolismo) ou até mesmo intolerância à lactose também podem ter desconfortos gastrointestinais e até problemas bem maiores se consumirem leite.

Mas são poucas pessoas no mundo que possuem essas doenças. Para pessoas sem doenças, isso não representa mal algum. No caso de alergias, se você não desperta nenhuma reação estranha no corpo (falta de ar, vermelhidão na pele, problemas gastrointestinais etc), não há com o que se preocupar. Se você também não tem intolerância à lactose (caracterizada por problemas gastrointestinais após a ingestão de leite e/ou seus derivados) também não há porque temer a lactose, visto que seu corpo tem enzima lactase o suficiente para digerir este carboidrato.

CONHEÇA >>> 6 Opções para Substituir o Leite

Leite provoca problemas gastrointestinais: MITO

De uma maneira geral, grande parte da população não tem esses problemas com o consumo do leite, e utilizar de pessoas as quais sofrem com doenças dessa natureza para dizer que o leite é prejudicial ou que deva ser evitado é uma grande tolice. Aliás, é muito mais fácil um indivíduo desenvolver problemas de carência nutricional sem o consumo de uma variedade de alimentos (incluindo o leite) do que pelo leite em si.

Portanto, se você não tem quaisquer problemas consumindo leite, não o evite achando que irá ter benefícios em algum tipo de prevenção de problemas gastrointestinais. Se você tiver esses problemas constantemente, vale a pena ir a médico e verificar se é culpa do leite ou de outros alimentos.

Conclusão

Contudo, podemos concluir que o leite não é um alimento ruim e muito do que lemos e ouvimos por ai são mentiras ou argumentos sem fundamentos.

LEIA >>> 5 Razões Pelas Quais Você Deve Consumir Leite!

Se você analisar a fundo cada uma das mentiras ou dos argumentos sem fundamentos, irá perceber que o leite é um alimento rico em diversos nutrientes e que pode ser consumido sim por seres humanos e outras espécies.

Minha dica é: seja sempre critico com que as pessoas te falarem… Seja coisas boas ou ruins. Procure se informar, procure especialistas e busque entender se aquilo é uma verdade ou não.

Observe sempre suas necessidades nutricionais e as possibilidades de adequá-lo devidamente em sua dieta.

Boa alimentação!

Conheça Mitos sobre a Musculação Feminina e Elimine-os!

Tempo de Leitura: 5 minutos


A musculação é um esporte cercado de muitos mitos e muitas mentiras. Isso se deve ao fato de que, muito do que foi descoberto no esporte foi na base do empirismo (experiência de cada pessoa) e quando isso acontece, temos de saber que talvez o que aconteça para uma pessoa não seja o que vai acontecer para outras muitas. E por isso tantos mitos nasceram.

As pessoas testavam estratégias e através da experiência que se tinham, divulgavam aquilo como se fosse verdade. E uma das classes que mais sofre com esses mitos e mentiras são as mulheres, por serem relativamente novas no esporte.

Exitem muitos mitos e mentiras a respeito da prática de musculação feminina. E nesse artigo, quero justamente conversar com você sobre alguns desses mitos e mentiras e mostrar para você que eles não fazem sentido!

E ai, está pronta para desmistificar algumas crenças de sua cabeça e começar a gerar mais resultados com a musculação?

Mito 1: Mulheres que praticam musculação irão ficar muito musculosas

Um dos maiores medos da maioria das mulheres que iniciam a prática de musculação é ficar muito musculosa, com aparência masculinizada, quando, na realidade, isso não irá ocorrer.

Para que uma mulher fique realmente musculosa, ela precisa querer aquilo, pois para chegar ao nível de masculinização irá precisar seguir a protocolos específicos de treinos, de dietas e até mesmo do uso de anabolizantes. É óbvio que não tenho absolutamente nada contra mulheres musculosas (e até acho muito bonito), mas sei que este não é o padrão físico (estético) o qual a sociedade vem buscando, pelo menos em sua grande maioria.

Mulher Fisiculturista Forte e Masculinizada

Quando uma mulher pratica musculação, os efeitos fisiológicos são os mesmos que ocorrem com homens, mas devido as diferenças hormonais que há entre elas e eles, especialmente nos hormônios de testosterona e estrógeno presente no corpo de ambos, elas não têm a mesma capacidade de desenvolver um considerável tamanho muscular.

O nosso corpo não consegue produzir mais hormônios do que a capacite limite dele, ou seja, o seu corpo jamais irá de deixar ficar com aparência de homem, pois ele não vai produzir mais testosterona do que o limite. Por isso, pode treinar pesado e sem medo! Para ter mais testosterona do que o limite do seu corpo, só injetando através de anabolizantes.

Além disso, entenda que para chegar ao nível muscular alto será necessário ter uma dieta bastante votada para o aumento da massa magra de maneira exponencial, pois “se alimentando bem” e treinando pesado, você não irá ficar musculosa demais.

Treinar pesado JAMAIS vai deixa-la com aparência masculinizada, pelo contrário, irá incrementar sua capacidade de queimar gordura corpórea, de aumentar a definição muscular, de melhorar a força e a estabilidade do corpo, entre outros benefícios.

Assim, inicie o quanto antes a musculação e surpreenda-se com o bom físico e as boas capacidades físicas que você poderá (e irá) desenvolver.

LEIA MAIS >>> Mulheres que Treinam Pesado Podem Ficar com Aparência Masculina?

Mito 2: A musculação irá engordar

Existe uma grande diferença entre ganhar peso e engordar, você sabe qual é? Por não saber essa diferença, muitas pessoas acabam cometendo o erro de dizer que estão engordando, quando na verdade estão apenas ganhando peso, que talvez possa ser de massa magra (o que é algo bom).

Muitas mulheres quando começam a praticar musculação, começam a se atentar demais ao seu peso. E muitas vezes (isso é bastante comum) vemos que elas se assustam, pois ao invés de perderem peso, como é o desejo de muitas, acabam ganhando peso na balança. Mas isso não quer dizer que você engordou… Pois engordar quer dizer que ganhou gorduras, e ganhar peso na balança não quer dizer gordura.

Temos que entender que o peso medido pela balança é todo o peso do corpo. Ou seja, se você crescer (seus ossos cresceram) você ganha peso na balança, mas isso quer dizer que engordou? Se você ganhar músculos/massa muscular, você ganha peso na balança, mas isso quer dizer que você engordou? Claro que não!

Peso Subindo na Balança

Quando praticamos musculação, damos estímulos para o aumento da massa magra e construímos tecido muscular (que pesa). Além disso, a musculação faz com que os estoques de glicogênio sejam supercompensados, ou seja, faz com que eles aumentem no meio intramuscular. E glicogênio, além de pesar, também se liga a moléculas de água (que também pesam).

Porém, todo esse aumento que resultará em aumento na balança NÃO SIGNIFICA QUE VOCÊ ENGORDOU, na realidade, muitas vezes significa que você EMAGRECEU. Como? Simplesmente porque você terá aumentado a massa magra (que pesa bastante) e queimado gordura (que pesa pouco). E isso será perceptível esteticamente, através de suas roupas, que provavelmente ficarão mais largas na cintura, por exemplo.

Suponhamos que você tenha iniciado na musculação com 70kg com aproximadamente 20% de gordura corpórea (sendo 14kg de gordura e 56kg de massa magra). Então, no primeiro mês você perdeu 4kg de gordura corpórea, mas, na balança, está pesando 72kg. Isso significa que você está com 10kg de massa gorda no corpo, que representa 13% de gordura corpórea, ou seja, uma bela redução de gorduras, e você também ganhou 6kg de massa magra.

Percebe como a balança não quer dizer absolutamente nada e que é necessário observar isso através do físico e de uma avaliação física? Aliás, o espelho será a sua melhor diretriz, pois quando olhamos um bom corpo, tanto faz ele ter 50kg ou 90kg… O que importa é a forma como nos é exibido.

Mito 3: Mulheres não precisam treinar membros superiores, pois irão desenvolvê-los demais

O que mais vejo nas academias onde trabalho e treino, são mulheres que só treinam os membros inferiores (pernas, glúteos e etc) e não treinam os membros superiores (peito, costas, braços e etc), com a desculpa de que não querem desenvolver a parte superior do corpo…

A pergunta que geralmente faço é: quando você vê um homem que tem a parte superior bem desenvolvida (grande) e as pernas bem miúdas, o que você acha? E a resposta é sempre a mesma: “Acho ridículo”. Portanto se você continuar a treinar só a parte inferior, será a mesma coisa, só que ao contrário. Terá pernas bem desenvolvidas e grande e a parte superior miúda.

Os membros superiores, sejam os braços e antebraços, peitos ou costas, possuem funções funcionais como a melhora na estabilidade de um agachamento, stiff ou levantamento terra, em questões posturais, em questões relacionadas com a prevenção de síndromes, como a síndrome X, entre outros.

Supino para Mulher

Você precisa dos seus músculos do braço e antebraço para segurar a barra na hora de fazer stiff; precisa também de músculos dorsais fortes para apoiar a barra para agachar pesado; precisa também de bons deltoides para ter funcionalidade nos exercícios de membros superiores; precisa de uma boa região do core para todos os movimentos (especialmente quando livres) etc.

Devemos treinar membros superiores em volume, intensidade e frequência adequados. Assim como as pernas precisam de estímulos e também precisam de um descanso o qual possa ser proporcional, os membros superiores também precisam. Você pode e deve periodizar adequadamente seu treino para que isso seja realmente feito, e de maneira eficiente.

Volto a primeiro mito: Você não irá ficar musculosa e masculinizada por treinar membros superiores com intensidade, volume e carga! Irá ficar é mais linda e bela!

CONHEÇA >>> Um Treino Completo para Mulheres que Possuem Pouco Tempo!

Conclusão

Estes 3 são os mitos da musculação feminina mais acentuados e que acabam deixando de conquistar corpos mais belos e esbeltos por acreditar nesses mitos e deixar de fazer o que precisa ser feito.

Elimine esses 3 mitos de sua cabeça e você verá como os seus resultados na musculação irão se multiplicar e transformar e você irá conseguir chegar ao seu objetivo muito mais rápido, seja o ganho de massa muscular ou a perda de gordura.

Seis grandes mitos sobre a refeição pós-treino

Tempo de Leitura: 8 minutos

A refeição pós-treino é considerada por muitos como a refeição mais importante da rotina de um bodybuilder. Entretanto, há de se considerar que todas as refeições tem igual importância, pois, todas representam parte de um planejamento o qual seja bem estruturado e vise um tipo de sinalização em cada momento específico.

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Todavia, há de se mencionar que, a refeição pós-treino é uma das que mais intriga a maioria dos atletas bem como muitos dos pesquisadores.

Tudo isso começou com a teoria de que o corpo careceria por maiores quantidades de nutrientes nesse período e, portanto, abriria a “janela das oportunidades”, a qual seria responsável por uma otimização na absorção e no aproveitamento desses nutrientes os quais fosse ingeridos.

Mas, será que a refeição pós-treino não passou a ser alvo também de muito grandes mitos? Certamente sim.

Hoje, pode-se dizer que essa é uma das refeições mais mistificadas e que, infelizmente, ainda continua deixando muitos praticantes de musculação confusos.

Além disso, a grande influência do marketing existente na nutrição e consequentemente na refeição pós-treino, faz com que muitos acabem perdendo boas quantidades de dinheiro com itens desnecessários e muitas vezes, deixando de investir no que realmente é preciso.

Desta forma, hoje falaremos a respeito de seis grandes mitos existentes na refeição pós-treino e portanto, o auxiliaremos para que não caia nestes e, otimize seus resultados e também, economize dinheiro, usando o que for lógico e sensato. Vamos lá?

1 – Você sempre precisa fazer uma refeição líquida imediatamente após o seu treino

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Bem, se estivermos falando da água, sim, você precisa de água não somente depois do seu treino, mas, durante todo o dia.

Porém, se estamos necessariamente falando de “shakes pós-treino”, estes são totalmente desnecessários e apenas são formas de sinalizar o corpo de maneira mais prática, nada mais!

A realidade é que os suplementos usados no pós-treino são praticamente as mesmas coisas que uma boa ingestão de alimentos sólidos, salvo a concentração de um ou de outro aminoácido, de um ou de outro composto e da velocidade na digestão.

Entretanto, são nutrientes assim como alimentos e não é porque você está os ingerindo na forma líquida é que terá resultados, enquanto alguém que ingere na forma sólida não terá.

Mais importante do que a forma como o nutriente vai ser disponibilizado na corrente sanguínea e claro, utilizado, é a sua ingestão. Havendo uma ingestão em termos quantitativos e qualitativos satisfatória, não haverá quaisquer problemas.

Obviamente, se você não tem disponibilidade rápida para comer após o seu treino, pode ser interessante o uso de shakes, mas, isso não é regra.

Na verdade, a maioria dos atletas de alto nível não fazem um shake pós-treino e ainda, atletas do passado os quais não dispunham desses suplementos também não deixavam de ter resultados e, resultados surpreendentes.

Portanto, não há desculpas para desanimar ou achar que você não terá resultados! Lembre-se de que a alimentação é o que de fato construirá e consolidará seus objetivos, sejam eles quais forem!

2 – Você precisa consumir carboidratos na refeição pós-treino imediata

Quando falamos em pós-treino imediato (shake), a grande justificativa pelo uso do mesmo no passado era a janela das oportunidades, a qual sabemos que na realidade dura muito mais tempo do que se imaginava e portanto, não há necessidade de consumir uma refeição imediatamente após o treino com a finalidade que o corpo aproveite melhor os nutrientes ingeridos.

Entretanto, as sinalizações no pós-treino imediato são muito mais aceitáveis a serem observadas nesta refeição.

Sendo assim, muitos acreditam que o consumo de carboidratos de alto índice glicêmico ou simples auxiliam no estímulo da insulina e, consequentemente promovem maior aproveitamento dos aminoácidos advindos das proteínas, além de poupá-las para que não sejam assim usadas como fonte de energia ao corpo.

Todavia, sabe-se que, em primeiro lugar, o consumo de carboidratos que elevem os índices de secreções insulínicas NADA CONTRIBUEM PARA O ANABOLISMO.

Isso porque, pequenas secreções de insulina já são suficientes para estimular a síntese proteica. Esses estímulos, inclusive, podem ser feitos por alguns aminoácidos, mais precisamente pela L-Leucina.

Ainda, considerando que possivelmente as proteínas pudessem ser usadas como fonte de energia, sabe-se que isso somente ocorre frente a depleção muito grande de carboidratos, o que, no treinamento resistido com pesos e, desde que realizada uma boa refeição pós-treino não acontece.

Diversos estudos mostram que não há diferença entre grupos que, no pós-treino consomem proteínas isoladamente e proteínas combinadas com carboidratos no que tange a síntese proteica.

Portanto, não há necessidade de se entupir de maltodextrina, dextrose ou mesmo alternativas como o mel entre outros.

Certamente, com um consumo adequado proteico, você já estará promovendo recuperação ao corpo e sinalizando a síntese proteica.

Isso, claro, não descarta mais tarde uma adequada refeição sólida com carboidratos, obedecendo sempre suas necessidades nutricionais individuais.

3 – Você precisa de uma concentração ideal no seu shake pós-treino

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Como citado, o shake pós-treino é dispensável, mas, é uma forma de sinalização a qual pode ser utilizada. Então, digamos que você esteja fazendo uso dela e, portanto, vá consumir o seu shake.

Sendo assim, existem várias fontes as quais dizem que caso você deixe seu shake de proteínas mais ou menos concentrado com a quantidade de água ingerida, maior ou menor seria sua eficiência, o que não passa de uma bobagem.

Logicamente, quando mais sólido for o alimento, mais difícil é o contato enzimático e maior o tempo para que ele seja digerido.

Porém, quando líquido, a concentração, na prática, pouco ou nada influenciará na velocidade de digestão.

Logicamente, se falarmos em “comer o whey” ou em dissolvê-lo em água, a água permitirá maior contato enzimático, facilitando todos os processos digestivos.

Mas agora, falar de X% de concentração é melhor do que Y% de concentração é dar muita importância ao que não é necessário.

Como citado, grandes atletas de alguns anos atrás e mesmo atletas dos primeiros anos da musculação, não tinham um shake pós-treino e, se alimentavam apenas. E, mesmo assim, seus resultados eram existentes.

Portanto, não, você não precisa de uma concentração ideal no pós-treino. Use a quantidade de água que seu corpo pedir e isso será suficiente.

4 – A creatina deve sempre ser ingerida no pós-treino

A creatina é um dos suplementos mais estudados e de maior eficiência desde muitos anos atrás. Ela tem a básica função de restabelecer mais rapidamente o ATP (molécula utilizada como energia pelas células do corpo humano) o qual, posteriormente ao seu uso, perde um fosfato e é, portanto, convertido em ADP.

Sendo assim, a creatina doa um grupamento fosfato para o ADP, tornando-o novamente uma molécula de ATP.

Além disso, estudos mais recentes tem demonstrado eficiência da creatina no aumento da síntese proteica, no aumento da força e da potência, bem como duração, da contração muscular, tem apontado benefícios para o sistema nervoso central e periférico entre outros inúmeros pontos, inclusive, entre os que menos se esperava benefícios como o controle da glicemia e a prevenção do Mal de Alzheimer.

Porém, muitos acreditam que ela deva necessariamente ser consumida ante e depois do treino, o que é uma inverdade.

A creatina não é um suplemento de ação imediata e portanto, não há horário certo para seu consumo.

Apesar de alguns recentes estudos demonstrarem que o consumo de creatina imediatamente após o treino pode ser uma alternativa para melhor absorção, o efeito dela em si não se diferencia.

Assim, você não precisa consumir necessariamente a creatina após o treino. Basta consumi-la adequadamente dentro de suas necessidades nutricionais individuais em outros momentos do dia.

Caso você queira, como forma de facilitar, o consumo pós-treino pode ser usado, mas, novamente lembrando, não com alguma finalidade específica, mas, mera praticidade.

Vale lembrar que, a maioria dos estudos corroboram que, a associação de creatina com carboidratos de fácil digestão (como a maltodextrina ou o waxy maize) pode ter uma melhoria em sua absorção e em seu aproveitamento.

5 – Devo evitar gorduras no pós-treino para não engordar

Muitos costumam dizer que o consumo de gordura no pós-treino pode prejudicar os resultados ou fazer o indivíduo engordar, sendo que, os níveis de insulina normalmente estariam elevados, o que poderia ser, teoricamente, prejudicial nesse aspecto.

Porém, sabe-se que o consumo de lipídios no pós-treino só talvez deva ser evitado mesmo para facilitar a digestão. A grosso modo, já que, se quer convém liberar altas quantidades de insulina, também não há necessidade de se importar demais em não consumir esse macronutriente.

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Porém, mesmo sabendo dos aspectos de digestibilidade apresentados pelos lipídios, você quiser consumi-los, opte por fontes tais quais os MCTs (Lipídios de cadeia média), como o óleo de coco.

Esses lipídios tem a característica de não retardarem a digestão no trato GI e ainda serem boas fontes de energia, pois, possuem uma metabolização muito próxima as dos carboidratos.

6 – A quantidade de carboidratos e gorduras presentes no meu whey protein pós-treino são extremamente relevantes

É muito bom saber que hoje existe uma gama de suplementos alimentares muito vasta no mundo e que o consumidor pode optar pelos mais diferentes produtos, dos mais diferentes tipos e categorias e das mais diferentes formas possíveis.

Além disso, o custo X benefício hoje pode ser bastante observado, visto que são vários os produtos que acabam sendo ou não convenientes de serem usados justamente por esse aspecto.

Entre as classes de suplementos alimentares mais comercializados no mundo inteiro, estão os hiper proteicos, por suas razões óbvias de fornecimento de proteínas de aminoácidos os quais são indispensáveis na síntese proteica e em outros aspectos fisio biológicos do corpo.

De fato, existem muitos tipos de whey protein e muitos costumam fazer um emaranhado de confusão sob eles.

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De uma forma geral, a maioria dos wheys existentes hoje possuem aditivos (corantes, saborizantes etc), os quais podem incrementar calorias aos mesmos, mais especificamente carboidratos.

Além disso, sua própria matéria prima e seus modos de produção podem contar com diferentes resultados nas quantidade de outros macronutrientes do produto final (tais quais os lipídios e os carboidratos).

Sendo que, alguns produtos possuem mais ou menos carboidratos em suas fórmulas, seriam essas quantidades realmente relevantes para o pós-treino?

Diria que, na maioria dos casos NÃO! Há muitas pessoas que investem horrores em um suplemento “zero carbo” que tem a mesma (e até muitas vezes menor) qualidade do que um suplementos que tenha 1g de carboidrato na mesma porção.

Mesmo assim, não precisa ser uma diferença tão mínima… Alguns produtos são muito superiores a outros tendo maiores quantidades de carboidratos e de lipídios. Sua matéria-prima é melhor e, portanto, seu aproveitamento também.

Não há necessidade de pensar em whey protein necessariamente sem carboidratos e sem lipídios. Isso não irá afetar seus resultados e, mais “não é indicado para o período de cutting”. Na realidade, esse foi um mito que desenvolveram para comercializar ainda mais os produtos.

Portanto, mais valerá a qualidade do produto utilizado do que as quantidades de carboidratos nele presentes.

Assegurando-se com produtos com uma média de 80% de concentração proteica, certamente o que mais nos importa é mesmo a sua qualidade, na matéria-prima e, claro, na produção também.

Conclusão:

Apesar de não ser necessariamente a refeição mais importante do dia, o pós-treino tem a sua eficiência quando bem realizado. Porém, muitos o supervalorizam e, com isso, muitos mitos começam a ocorrer, fazendo com que, através da prática e da ciência, eles possam ser desmistificados adequadamente.

Portanto, busque sempre referências sérias, corretas e ATUALIZADAS!

Bons treinos!

Mitos sobre o uso de suplementos alimentares e ergogênicos

Tempo de Leitura: 10 minutos

Hoje, falar de esportes sem falar de suplementos alimentares é praticamente impossível, visto que cada vez mais os suplementos vêm auxiliando a nutrição de atletas e esportistas e também melhorando o seu rendimento, seja nos quesitos diretamente relacionados ao treinamento, a recuperação ou outro fator dessa natureza.

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Todavia, mesmo diante de tanto conhecimento, ainda existem muitos mitos que cercam o uso destes e isso faz com que seu uso acabe sendo consideravelmente afetado, visto que  protocolos incorretos são aderidos, quantidades insuficientes são consumidas ou mesmo, suplementos ineficazes também são aderidos.

Portanto, este artigo tem o intuito de tratar de inúmeros mitos os quais ocorrem sobre o uso de diferentes suplementos, sejam eles alimentares ou ergogênicos, fazendo assim com que você consiga melhores resultados e também poupe seu dinheiro.

1 – Ingerir cafeína com creatina interfere nos resultados da creatina

A creatina é um suplemento ergogênico que, entre outras funções, bombeia água para dentro dos músculos, promovendo assim a volumização celular. Entretanto, a cafeína faz o oposto, promovendo a diurese e sudorese. Muitas pessoas, entretanto, acham que ingerir cafeína com creatina faz com que uma interfira nos resultados da outra, quando isso não é verdade. Os efeitos da cafeína não duram muito tempo no corpo e, a creatina é um suplemento o qual não possui ação momentânea, sendo portanto, possível de ser usada por períodos maiores e, seus efeitos durarão períodos maiores.

Além disso, os níveis de desidratação da cafeína não são muito elevados, fazendo com que não haja, portanto, prejuízos no uso das duas concomitantemente.

Se isso realmente fosse verdade, grande parte dos pré-treinos de hoje em dia não combinariam ambos os compostos em suas fórmulas. Portanto, você pode ingerir tranquilamente ambos os compostos e, não terá prejuízos com isso.

2 – Whey Protein otimiza a síntese proteica

É fato que o principal aminoácido que estimula a síntese proteica é a L-Leucina, presente no whey protein em altíssimas quantidades. E isso faz com que, de fato a síntese proteica seja elevada, mas, momentaneamente.

De uma maneira geral, o uso de whey protein não estimulará a mais a síntese proteica, ou pelo menos, de maneira significativa, nem mesmo nos momentos pós-treino como era muito comum de se acreditar no passado antes de estudos mais recentes. Mais do que isso, o que realmente contará na dieta deve ser o uso de aminoácidos essenciais e, aminoácidos de uma maneira geral em quantidades que o corpo precise, ou seja, não deve haver falta de proteínas em sua dieta, sejam elas advindas de suplementos (preferencialmente de lenta digestão) ou de alimentos sólidos.

Altas ingestões de L-leucina e, portanto, altas ingestões de whey protein costumam apresentar-se como “inibidoras” da síntese proteica por mecanismos rebote. Portanto, é essencial que você equilibre um consumo proteico em momentos adequados e, principalmente nas quantidades adequadas.

Consuma proteínas preferencialmente advindas de fontes animais tais quais as carnes (vermelhas e suínas, além de brancas), pescados, ovos e leite (contanto seus derivados).

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Além disso, uma boa síntese proteica depende de bons níveis de disponibilidade energética, advindas dos outros macronutrientes (carboidratos e lipídios) e de um perfeito balanço de micronutrientes também (especialmente das vitaminas do complexo B).

3 – Maltodextrina otimiza a síntese proteína imediatamente após o treino

O famosos coquetel de whey protein com maltodextrina foi muito popularizado nos últimos anos, especialmente até meados dos anos 90, quando começou-se a especular demais o uso dos MCTs (triglicerídeos de cadeia média).

Dizia-se que, através do pico de insulina gerado pela ingestão de maltodextrina, conseguiria-se aproveitar melhor as proteínas ingeridas simultaneamente, normalmente advindas do whey protein. Sendo assim, essas proteínas além de não serem transformadas em energia, teriam um melhor uso no corpo, visto que a insulina, de fato é um hormônio anabólico.

Porém, estudos mais recentes conseguiram demonstrar que não, as proteínas NÃO são melhor utilizadas com a ingestão de maltodextrina, ou seja, a maltodextrina não fará com que a sua síntese proteica seja otimizada. E, claro, isso vale para outros carboidratos da mesma espécie, como a dextrose ou mesmo a glicose. Mesmo carboidratos como a trealose e o waxy maize não elevarão sua síntese proteica.

Sabe-se que pequenas secreções de insulina já são mais do que suficientes para promover um estímulo à síntese proteica. Sabe-se ainda que a ingestão de L-Leucina tem a capacidade de estimular a produção e secreção de insulina pelo corpo. Assim, é totalmente plausível pensar que, unicamente com uma boa ingestão proteica, a síntese de proteínas por si só já estará garantida.

Por fim, vale salientar que as proteínas não são usadas como fonte de energia, a não ser em casos extremos. Sendo assim, imediatamente após o treino, caso você ingira apenas seu whey protein, ou outra proteína qualquer e não ingira carboidratos, ELAS NÃO SERÃO CONVERTIDAS EM ENERGIA, pois, seu corpo não estará em um ponto extremo de depleção e necessidade energética.

4 – Whey Protein isolado é indicado para intolerantes à lactose

O uso de whey protein hoje é mais comum do que pensamos e, pessoas dentro e fora do esporte fazem uso dessa proteína, que de fato é de alto valor biológico, boa digestão, entre outras particularidades.

Porém, ainda há muita confusão no entendimento dos diferentes tipos de whey protein, bem como os diferentes produtos presentes no mercado.

O Whey protein pode passar por diversos processos industriais, entre eles, as filtragens. Assim, ele pode ser filtrado em maior teor portanto, um maior grau de pureza é obtido com ele.

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Entre as formas mais comuns encontradas de whey protein hoje em dia estão a concentrada, isolada, hidrolisada e os blends dessas diferentes formulações. O whey protein isolado é um dos mais puros entre eles e, normalmente, boa parte do que não é proteínas (toxinas, carboidratos, lipídios etc) são extraídos com essas filtragens. Porém, isso não garante que elas sejam extraídas por completo. Tudo variará do grau de produção do produto e da tecnologia utilizada.

Muitas pessoas, por saberem que o whey protein isolado é muito bem filtrado, imaginam que ele seja totalmente isento de lactose, mas, não é toda marca que consegue fazer isso e, portanto, muitos produtos no mercado são, de fato isolados, mas, apresentam teores de lactose. Da mesma forma, existem outros produtos no mercado os quais contam com o whey protein concentrado (que, normalmente tem lactose), mas, que são isentos da lactose, seja por adição de lactase (o que pode não funcionar para todas as pessoas, a depender do grau de intolerância que ela tiver) bem como pela própria filtragem do mesmo.

Assim, se você for intolerante à lactose e for adquirir o seu whey protein, é sempre bom entrar em contato com o fabricante a fim de obter melhores informações.

5 – Hipercalóricos engordam

Tudo que tem calorias engorda e, claro, não poderia ser diferente com os hipercalóricos, os quais são compostos que possuem altos teores de calorias.

Porém, a grosso modo, hipercalóricos NÃO ENGORDAM. O que engorda é um superávit energético, ou seja, um maior consumo de calorias do que se gasta, sejam elas advindas dos hipercalóricos, de hiperproteicos e, claro, da alimentação.

Não podemos dizer que hipercalóricos não tenham outras inúmeras funções além do fornecimento de altas quantidades de energia. Assim, eles podem ser usados como MRPs, por exemplo, podem ser utilizados como complementos de refeições entre outros.

Desde que eles estejam adequadamente distribuídos em sua dieta e, que sejam suplementos de boa qualidade com bons ingredientes, certamente eles não irão fazer você engordar e, inclusive, podem auxiliar na manutenção da sua composição corpórea.

6 – Multivitamínicos são sempre necessários

A verdade é que muitos entendem errado essa história de que praticantes de musculação possuem necessidades nutricionais muito elevadas. De fato, elas são maiores, mas, em alguns casos, não tão grandes assim, ainda mais levando em consideração indivíduos que não praticam musculação com alta intensidade.

Grande parte das pessoas utiliza suplementos alimentares por achar que possuem necessidades nutricionais elevadas e que a alimentação não consegue as suprir, quando, na realidade, elas necessitam simplesmente ajustar a sua dieta para obter o que precisam.

O uso de multivitamínicos por 95% das pessoas pode ser considerado irrelevante, sendo que, o consumo excessivo de vitaminas e de sais minerais pode ser prejudicial ao corpo e, inclusive, apresentar graus de toxicidade (especialmente vitaminas lipossolúveis e minerais).

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Assim, foque em uma boa e equilibrada alimentação e, certamente, você poderá desconsiderar o uso de multivitamínicos sintéticos que, inclusive, não possuem uma biodisponibilidade tão boa quanto as presentes nos alimentos.

7 – Ômega-3 são todos iguais

Muitas pessoas, ao receberem a indicação de um suplemento contendo o ácido graxo ômega-3 optam pelas marcas mais baratas, por razões óbvias. Entretanto, nem sempre isso é vantajoso, visto que nem todos os ômega-3, apesar de mesmo nome são iguais.

Existem duas principais fontes de W-3 presentes nos suplementos os quais são conhecidos: O óleo de linhaça e o óleo de peixe, que, possuem conversões no organismo totalmente diferentes.

O ômega-3 presente no óleo de linhaça é primordialmente convertido em forma de ALA, que possui funções no corpo, mas, que são limitantes. Já o ômega-3 presente no óleo de peixe é primordialmente convertido em DHA e EPA, também dois ácidos graxos essenciais.

De uma maneira geral, apesar de todos esses derivados de ômega-3 serem importantes para o corpo, os principais e mais importantes são o EPA e o DHA. Eles participam da formação de tecidos nervosos, participam da produção de eicosanoides anti-inflamatórios, possuem efeitos ergogênicos entre outros.

O Óleo de linhaça, que é convertido em ALA, normalmente não apresenta ações biológicas tão grandes quanto as do óleo de peixe, portanto, ele deve ser limitado na dieta (caso haja), pois, de qualquer forma, a via enzimática para a metabolização dos ômegas são as mesmas e, caso o óleo de linhaça esteja em grandes quantidades (assim como  o ômega-6 também, por exemplo), pode haver algum tipo de “competição entre eles nessas vias.

8 – Multivitamínicos engordam

Os multivitamínicos são suplementos usados para a reposição de micronutrientes (vitaminas e sais minerais), sendo assim, esses compostos NÃO possuem calorias e, por não fornecerem energia não tem qualquer tipo de capacidade de engordar.

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Muitas pessoas associam o uso de multivitamínicos com engordar, mas, não há relação direta. O que é possível de pensar é que algumas vitaminas podem estimular o apetite, fazendo com que essas pessoas venham a comer mais e acabem por ganhar peso. Porém, isso, como mencionado, pode ser um efeito colateral “raro” e bastante indireto dos multivitamínicos, não compactuando com a ideia de que eles, por si só possam engordar.

9 – Você necessita de carboidratos imediatamente após o treino de musculação

Até pouco tempo atrás, achava-se que a musculação tinha a capacidade de depletar demais os níveis de glicogênio do corpo.

Assim, não era incomum que usassem grandes quantidades de carboidratos líquidos ou em gel imediatamente após o treino. Porém, sabe-se hoje que a musculação não ira depletar a esses níveis o glicogênio muscular e, portanto ,essa reposição não só é feita de maneira dispensável, quanto ainda, pode ser prejudicial na liberação de alguns importantes hormônios, que, preferencialmente são obtidos em tais estados fisiológicos do corpo.

O consumo de carboidratos líquidos imediatamente após o treino, parece ser muito mais vantajoso para esportes, como a corrida e o ciclismo, onde há real depleção de glicogênio, propriamente dita.

O consumo apenas de proteínas no pós-treino de musculação hoje é totalmente aceitável e uma opção bem mais utilizada por atletas profissionais e amadores

10 – Colágeno ajuda a pele e os músculos

O corpo possui a capacidade de absorver proteínas e alguns pequenos peptídeos. O colágeno, por sua vez, para ser absorvido, necessita de previamente quebrado, ou seja, hidrolisado, a fim de que seus aminoácidos e peptídeos sejam liberados. Dessa forma, o colágeno por si só perde sua capacidade de ser colágeno e, não terá mais as mesmas funções, pois, o corpo pode usar seus aminoácidos digeridos para QUAISQUER VIAS que necessite a depender do seu estado fisiológico.

Os Aas do colágeno, muitas vezes ainda são modificados, o que o torna uma proteína de baixíssimo valor biológico e que, consumida de maneira isolada e/ou em grandes quantidades, mais poderá interferir na síntese proteica do que qualquer outra coisa.

Portanto, não adianta querer consumir colágeno (mesmo o hidrolisado) achando que você poderá ter melhores resultados com a pele ou mesmo com os músculos.

11 – A Creatina tem de ser consumida antes e depois do treino

Não! A Creatina não é um suplemento com ação momentânea, mas sim, que necessita ser metabolizada para exercer suas funções. Dessa forma, não importa, a grosso modo, o momento que você a usa, pois, sua ação será algum tempo depois (tempo esse que pode ser um ou dois dias, talvez).

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Apesar disso, alguns estudos demonstram que a creatina ingerida imediatamente após o treino poderia otimizar sua absorção. Algo nada realmente significativo, mas, que pode auxiliar.

De uma forma geral, o importante é consumir creatina nas quantidades ideais e que, individualmente atendam as suas necessidades. Os momentos talvez mais propícios sejam que os que estiverem mais distantes de uma alimentação sólida e/ou muito pesada, a fim de maximizar o contato do trato GI com a creatina e melhorar seu aproveitamento.

12- Whey protein com carboidratos são piores do que whey protein sem carboidratos

Muitas pessoas costumam comprar seu whey protein (especialmente quando estão em fase de redução de gordura corpórea) baseando-se nos níveis de carboidratos dos mesmos. Entretanto, nem sempre esse é um bom indicador para a qualidade do produto.

Isso porque, carboidratos de uma maneira geral NÃO IRÃO (ou, pelo menos, não devem) estar em quantidades grandes, afinal, estamos falando de hiperproteicos e assim, não acrescentarão grande valor energético extra na dieta. Em segundo lugar, whey protein com carboidrato não tem sua digestão e/ou absorção interferida a não ser que estejamos falando de fibras alimentares (que não devem estar presentes no whey protein, pela legislação).

Existem muitos suplementos hiperproteicos de qualidade excelente e que possuem níveis relativamente altos de carboidratos, como o hidrolisado da BNRG.

Portanto, não escolha seu suplemento de whey protein levando em consideração a presença ou ausência de carboidratos, mas sim, a matéria-prima do produto, as formas de produção do mesmo entre outros.

Conclusão

Mesmo diante de tanto conhecimento cientificamente correto que há hoje em dia, alguns mitos ainda costumam invadir a cabeça de muitas pessoas quando o assunto é referente a suplementação. Isso porque, muitos mitos e inverdades existem nesse meio e, sem um devido aporte de conhecimento, fica realmente difícil distinguir o que é ou não realidade.

Portanto, busque sempre bons conceitos e de fontes confiáveis a fim e maximizar seus resultados e poupar seu dinheiro.

Bons treinos!

Conheça 6 mitos do mundo da musculação e da boa forma

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A musculação ou o esporte resistido com pesos é, se não o mais antigo do mundo. Porém, somente depois dos anos 20 ou 30 é que se começaram os primeiros indícios de seus estudos, mesmo que empíricos a fim de estabelecer modos os quais pudessem fazer o indivíduo obter resultados cada vez mais adequados ao que queria.

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Entre outras palavras, durante toda a evolução e a história da musculação, o ser humano foi criando inúmeras formas de atingir resultados de acordo com sistemas os quais eram usados no treinamento básico com pesos. Esse, foi se aprimorando cada vez mais e, derivando inúmeras vertentes e pensamentos os quais muitas vezes acabaram por gerar mal entendidos e confusões.

Não é por acaso que hoje existem não só muitas verdades diferenciadas (inúmeras correntes de ideias que, de fato possuem aplicabilidade), mas também, mitos e inverdades que foram se formando com o passar desse tempo. Você mesmo já deve ter visto algum amigo seu fazendo algo que é contestado pela ciência, justamente porque um “outro amigo” disse que era bom fazer aquilo.

Todos esses mitos e inverdades, acabam prejudicando o resultado dessas pessoas e, por falta de conhecimento, elas continuam errando nos mesmos pontos fundamentais, fazendo com que seu corpo e sua saúde sejam afetados, muitas vezes.

Diante dos aspectos mencionados anteriormente, o intuito deste artigo é trazer algumas inverdades do mundo da musculação, possibilitando um melhor entendimento e, por hora, uma melhor seleção do que deve ou não ser feito na musculação.

1 – É necessário fazer abdominais para ter abdominais desenvolvidos

É verdade que os músculos, para se desenvolverem necessita de alguma forma ser treinado. E é óbvio que não seria diferente só porque os músculos abdominais estão na barriga, não é mesmo?

Pois bem, os músculos abdominais são músculos não somente estéticos, mas, principalmente, funcionais, ou seja, que possuem algumas funções ímpar e de real importância ao corpo, entre elas a proteção dos órgãos e, no esqueleto, de sustentação e estabilização do tronco. E não é por acaso que ela é considerada a região do “core”, juntamente com a região lombar.

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Pelo fato da região abdominal ser estabilizadora, ela está em trabalho constante o tempo inteiro, ou seja, é ela a responsável por manter seu tronco firme, INCLUSIVE DURANTE OS EXERCÍCIOS. E, estabilizar o tronco é uma tarefa que não é nada fácil. Esse é um real treinamento a ela. Imagine exercícios tais quais o levantamento terra, o agachamento livre (em especial o com a barra pela frente) ou mesmo um desenvolvimento com barra em pé. Mesmo uma simples extensão de tríceps na polia requer muito da estabilização e contração abdominal. Alguns fisiculturistas profissionais se quer treinam abdômen em offseason justamente por saberem disso e por saberem que excessos de treinamentos prejudicarão a força abdominal e, portanto, sua estabilidade.

Não vamos dizer que os famosos “crunches” não sejam importantes até em alguns momentos, porém, não quer dizer que você terá bons abdominais com esses exercícios.

Além do mais, para se ter abdominais salientes, você necessita estar com o percentual de gordura baixa e, em alguns casos, com a pele relativamente fina também. A retenção subcutânea também não pode ser grande, pois, do contrário, irá prejudicar a aparência local.

Portanto, não adianta sobrecarregar seu abdômen com treinos específicos, isso pouco adiantará e, eles também necessitam de descanso, por hora!

2 – É necessário fazer (muito) exercício cardiovascular para obter um corpo com baixo percentual de gordura

Muitas pessoas associam diretamente os exercícios cardiovasculares com a perda ou manutenção de gordura corpórea. Isso porque, eles desprendem (a depender da intensidade, é claro), mais energia durante sua prática (ainda mais quando prolongada) do que a musculação. Entretanto, os exercícios cardiovasculares NÃO são necessários de estarem em grandes quantidades em uma rotina que visa a redução do percentual de gordura do indivíduo e, ainda, podemos afirmar que muitos são os casos onde se quer os exercícios cardiovasculares são necessários (por isso o – muito – está entre parênteses no tópico).

Na realidade, em primeira instância, perder gordura é sinônimo de dieta. É perfeitamente possível uma pessoa perder gordura sem aeróbios, mas, fazendo dieta, mas, é impossível perder gordura fazendo aeróbios, mas, sem fazer dieta. Essencialmente, o exercício cardiovascular pode complementar o gasto calórico, mas, não é ele o responsável pela perda de gordura. E, mesmo se tratando de gasto calórico, sabemos que, pelo EPOC, a musculação consegue consumir mais energia do corpo do que os exercícios aeróbios.

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Consideremos ainda que, os exercícios aeróbios quando estão em excesso PREJUDICAM O DESENVOLVIMENTO OU A MANUTENÇÃO DE MASSA MUSCULAR, ou seja, eles são efetivos estímulos para a liberação de hormônios altamente catabólicos como o glucagon, o cortisol entre outros. Também estimulam em partes a proteólise.

Perdendo massa muscular, seu corpo tende também a entrar em um decréscimo na taxa metabólica basal, ou seja, passa a ficar mais “lento” e, portanto, a queima de gordura corpórea também é dificultada, além dos efeitos estéticos serem péssimos, gerando problemas de flacidez etc.

Os exercícios cardiovasculares NÃO precisam ser excluídos de sua dieta, mas, usá-los com moderação e o mínimo possível, é uma atitude bem sensata. Deixe-os, se for necessário em algum caso extremo ou principalmente se for para melhorar as suas aptidões cardiovasculares. Dessa forma, você preserva massa, melhora sua queima de gordura, promove mais muscularidade ao corpo e fica com uma aparência melhor.

3 – Você precisa esquecer da vida social para ter um corpo bonito

Esqueça! Muitas pessoas estão surtando com ideias malucas que, se quer profissionais que lidam com o corpo chegam a fazer. É muito comum a pessoa querer se tornar um “ogro das cavernas” e viver em seu próprio mundo, esquecendo da vida social quando busca algum tipo de resultado na musculação.

É óbvio que muitas vezes não é fácil alinhar a vida social com o que você deseja na musculação mais ainda, muitas vezes, de fato é necessário abrir mão de algumas coisas que você goste (de fazer, comer etc) para que seus ganhos não sejam prejudicados. Porém, olhe bem: ALGUMAS COISAS, NÃO TUDO!

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Abrir mão de tudo, as vida social, pode ser um tiro no próprio pé. Fazer dieta é importante sim e, você nem sempre poderá curtir como queria, comendo, bebendo etc. Porém, isso não quer dizer que você não deva ir a lugares, não deva ter amigos, não deva sair com eles. Isso faz parte da vida e é saudável para a mente também. Nem mesmo atletas profissionais vivem exclusivamente de comer, treinar e dormir. Há a necessidade de interação com o mundo ou se não, você mesmo ficará maluco (a).

Vejo muitas pessoas que deixam de comer um lanche fora com um amigo porque querem estar em casa para comer sue frango… Deixam de sair porque não querem levar marmita e não querem pular uma refeição. Isso fará com que você se torne escravo e, como toda escravidão, isso não é benéfico.

O importante nisso tudo, é dosar as coisas. O quanto você sabe adaptar? Ou ainda, o quanto você esteve fazendo certo e agora fará “um pouco errado”. Agora, óbvio, para aquele que não é disciplinado pela maior parte do tempo, essas saidinhas somente irão prejudicar ainda mais o seu desenvolvimento. Aliás, comprometimento é essencial, seja com o esporte, com a vida ou consigo mesmo.

Não se faça sem dignidade para aproveitar a vida, pois, ela é única e deve ser valorizada como tal. Você merece isso!

4 – Máquinas são mais seguras do que pesos livres

Que tremenda bobagem! Muitas vezes, quando um iniciante entre na academia, ele logo é inserido em máquinas, a fim de “preservar a sua segurança”. Entretanto, em primeira instância se isso fosse verdade, não teríamos inúmeras pessoas novatas que se machucam nas salas de musculação. Segundo que, uma pessoa que é inserida nas máquinas, diretamente, acaba não adquirindo o mais importante para estabilizar seu corpo: A coordenação intermotora.

Sem sombra de dúvidas, em alguns casos, as máquinas podem ser seguras, para atletas avançados, por exemplo, que estão próximos a sua fadiga total naquele treino. Entretanto, dizer que, a grosso modo as máquinas apresentam maior segurança do que os pesos livres é bobagem. O que garante a segurança na musculação É A FORMA DE FAZÊ-LA CORRETAMENTE e é justamente aí que a maioria dos profissionais pecam: eles se quer tem noção do que é a musculação de maneira correta e se limitam a livros com teorias antiquadas dos anos 70 e 80.

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Essencialmente, uma pessoa pode ter TANTA SEGURANÇA EM PESOS LIVRES QUANTO NAS MÁQUINAS se estiver fazendo a coisa certa (desde a mecânica do exercício, até o respeito pela sua biomecânica natural e, claro, seleção correta da sobrecarga utilizada).

Máquinas não prevenirão lesões, a grosso modo, podem tornar um indivíduo relativamente sem controle neuromuscular na hora de utilizar pesos livres, prejudicando não somente o desenvolvimento esportivo do mesmo, mas, prejudicando grandemente as ações funcionais do dia-a-dia (que, diga-se de passagem, não são realizadas em máquinas) e que requerem estabilidade CORPÓREA.

5 – O agachamento livre é um exercício prejudicial aos joelhos

Muitas pessoas se mantém longe do agachamento livre por dizerem que ele é um exercício prejudicial aos joelhos.

Ora! Isso é uma grande besteira, pois, se fosse, não seria necessariamente o primeiro movimento que nós humanos aprendemos a fazer nos primeiros anos de vida, ou seja, a natureza não seria BURRA a ponto de promover algo que fosse prejudicial a si mesma.

Entretanto, há duas coisas que devem ser observadas no agachamento livre:

A primeira delas diz respeito, claro, ao indivíduo. Alguns indivíduos que tenham necessidades específicas e desequilíbrios musculoesqueléticos podem necessitar de algumas modificações, limitações ou mesmo a não realização do exercício. Mas vejam: CASOS ESPECÍFICOS e não generalizados, como costumam fazer muitas academias, inclusive, retirando o agachamento livre (hack + gaiola) da sala de pesos.

Entretanto, quantos são os profissionais que estão aptos a fazerem isso? Aliás, isso é mais função de um fisioterapeuta (a avaliação das condições neuromotoras) do que do profissional de Educação Física em si. Mesmo assim, seria negligência do profissional de Educação Física nem ao menos perceber que “algo está errado” (ou não).

Em tempo, quantas academias fazem isso? É algo a se perguntar…

A segunda delas diz respeito necessariamente a técnica de execução, respeitando as condições individuais da pessoa, como supracitado. Sem a técnica correta do agachamento e, que por hora, deve ser aprimorada cada vez mais conforme a intensidade aumenta, o risco de lesões, não somente nos joelhos, mas, em outras inúmeras regiões, além de acidentes, é muito alto.

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Após observarmos essas duas coisas, devemos pensar que o agachamento definitivamente NÃO É UM EXERCÍCIO PREJUDICIAL… Mas, e os estudos que dizem que são?

Na realidade, a maioria desses estudos beiram a década de 80 e/ou utilizam amostras (indivíduos) os quais já possuem problemas restritivos nos joelhos ou que se quer são experientes na sala de peso. Jamais são utilizados bodybuilders, powerlifters etc. Além disso, esses estudos consideram as técnicas corretas? Quem avaliou os pontos e, até onde podemos confiar neles?

Estudos recentes e de credibilidade tem cada vez mais demonstrado não só a eficiência do agachamento livre (que já é incontestável e, não é a toa que ele é um dos exercícios mais completos na musculação, para o corpo inteiro), mas ainda, para a reabilitação de lesões, para o fortalecimento de estruturas entre outras. Ele tem sido utilizado no tratamento, inclusive, de problemas com ligamentos cruzados, condromalácia patelar entre outros.

Condenar o agachamento livre é necessariamente contrapor-se a natureza humana e, mais do que isso, é “emburrecer” ainda mais a pessoa que deveria “reaprender” esse movimento básico de seu próprio corpo (sim, para os que não sabem, nós desaprendemos movimentos básicos e, isso é um dos motivos pelos quais tantos desequilíbrios passam a acontecer no nosso sistema musculoesquelético… Porém, isso seria alvo para outra discussão). E, o engraçado nisso tudo é que, exercícios como a cadeira extensora pouco demandam atenção dos desinformados sendo que ela pode ser muito mais prejudicial com hiperextensões dos joelhos para pessoas com algum tipo de patogenia ou limitação. O mesmo vale para a alavanca proporcionada durante a execução do leg press 45º, do agachamento no Smith (que, deveria ser banido na maioria dos casos, para não ser cético e dizer em todos) etc etc!

Assim, de maneira breve, execute SIM O AGACHAMENTO, sempre respeitando o seu corpo e as condições necessárias para isso, claro, sempre utilizando as técnicas corretas. Se possível, estar munido com um bom profissional que entenda do assunto, ajudará muito!

6 – Acreditar que suplementos só servem para o ganho de massa muscular

Muitas pessoas pensam que suplementos somente tem valia em processos de ganho de massa muscular, o que é um grande erro! Suplementos alimentares podem estar e quaisquer fases de um atleta ou esportista e desempenharem ótimos papéis. Especialmente no período de cutting, talvez sejam até mais essenciais do que no offseason onde o corpo está munido de compostos energéticos e com saldo calórico positivo.

É óbvio que existem muitos suplementos onde preferencialmente devam ser usados em período de bulking como hipercalóricos, barras de proteínas, o glicerol, a maltodextrina, a própria dextrose entre outros. Entretanto, os suplementos, como sabemos, não se limitam apenas a estes.

suplementos

Existem inúmeros suplementos muito interessantes nos período de cutting como os BCAAs, a fim de estimular a síntese proteica e reduzir a fadiga, o HMβ para auxiliar na síntese proteica e evitar o catabolismo muscular, a própria creatina, para aumentar os níveis de energia no corpo (Lembrando que ela NÃO é responsável pela retenção hídrica), o CLA, para ajudar na queima de gordura corpórea, o ômega-3 que será um nutriente anti-inflamatório, a vitamina D3 para manter estáveis os níveis de testosterona (que, em dietas hipocalóricas extremas podem ser prejudicados) entre outros muitos.

Considerar suplementos alimentares apenas para ganhar massa muscular é desconsiderar a enorme gama hoje existente no mercado, incluindo não tão somente os suplementos alimentares, mas, os suplementos ergogênicos também como a cafeína, taurina entre outros.

Porém, busque sempre orientação adequada. Isso será fundamental para garantir um bom uso desses produtos e, claro, para que você poupe seu tempo e dinheiro perdidos com erros.

Conclusão

Brevemente, podemos dizer que a musculação tem cada vez mais conceitos modernos que derrubam velhos conceitos. Todavia, muitas vezes esses velhos conceitos, aliados com achismos ainda continuam atormentando a vida daqueles que possuem um pouco menos de conhecimento na área, fazendo com que os resultados destes sejam prejudicados de maneira inigualável.

Portanto, conhecer algumas diretrizes e, principalmente, sempre procurar orientações adequadas é mais do que essencial para obter sucesso em seu planejamento e, portanto, alcançar seus resultados.

Bons treinos!

Conheça 10 grandes mitos sobre dietas e treinamentos

Tempo de Leitura: 7 minutos

Quem nunca foi parado por um “sabichão” de academia que começou a dar milhões de conselhos de uma só vez? E quantas foram as vezes que a mídia difundiu ideias as quais nos fizeram até pensar em segui-las? E, diariamente, quantas são as propagandas sobre novas revoluções, novas teorias e métodos atípicos? É claro que diante de tantas informações, até mesmo os mais entendidos ficam sem saber por onde seguir…

Diante de tantas criações no decorrer dos muitos anos existentes da musculação, inúmeras foram as ideias (reais e irreais) que foram lançadas com isso muitos também foram os mitos que atingiram os quatro lados do mundo. Portanto, hoje conheceremos dez desses principais mitos e entenderemos o porquê deles não serem verdades, fugindo assim de segui-los desnecessariamente.

Mito 1: Açúcar é algo ruim

Já lhe disseram que doces como balas, chocolates, frutas em calda, bolos e outras guloseimas são ruins pela quantidade de açúcar contida neles, não é? Além disso, sem explicar muito o porque dessa aversão do açúcar para com a saúde, muitas dessas pessoas ainda costumam associar fatores relacionados ao sobrepeso, ganho de gordura e obesidade com o consumo de açúcares. Por fim, para aquele que pratica um esporte como a musculação, visando benefícios estéticos, o açúcar é praticamente demonizado!

Parte disso é verdade, em altas quantidades, açúcares, especialmente os simples (monossacarídeos, dissacarídeos e, em alguns casos, oligossacarídeos), podem causar alguns prejuízos ao corpo.

Entretanto, cientificamente entendendo, os açúcares nada mais são do que carboidratos em sua forma de monômero, ou seja, são glicose. Mesma forma, o amido que é complexo, também será transformado em glicose após sofrer processos de hidrólise na digestão. E isso não implica que ele também seja ruim, correto?

Os açúcares simples apenas tem a capacidade de entrar mais rápido na corrente sanguínea. Neste caso, por entrarem em maiores quantidades no plasma, elevam também a liberação pancreática de insulina e quando em excesso, fazer com que o corpo não havendo necessidade de sintetizar glicogênio ou utilizá-lo, o armazene no panículo adiposo, o fazendo aumentar a gordura corpórea.

Porém, não necessariamente o aumento de peso está relacionado ao açúcar, e sim está ao consumo energético (calorias) como um todo. Há momentos em que, inclusive, é conveniente que ingiramos açúcares, como após treinamentos muito intensos onde o corpo necessita de uma quantidade de disponibilização energética rápida e grande (pós corridas que não visam a redução do percentual e gordura corpórea, por exemplo), entre outros. E esse carboidrato simples, ou “açúcar”, pode muito bem advir desde a maltodextrina ou a dextrose, que são suplementos, até alguns próprios alimentos ou bebidas como refrigerantes que não são diet/light/zero, nectars, jujubas, algum sorvete sem adição de gordura entre outras inúmeras fontes.

Logicamente, você não vai se entupir com a primeira barra de chocolates ou o primeiro pacote de bolachas que ver em sua frente, mas o consumo em si do açúcar também não necessita ser demonizado como é atualmente.

Mito 2: O corpo só pode absorver 30g de proteínas por refeição

Quem foi que disse que agora, todos os metabolismos e todas as necessidades individuais são iguais? Levando em consideração então que, suas necessidades de ingestão de micro e macronutrientes são totalmente diferentes da do seu companheiro, obviamente, a limitação de ingestão proteica é diferente para cada indivíduo.

Basicamente, suponhamos que um atleta de fisiculturismo em offseason precise de 5g de proteínas por kg para manutenção e aumento de sua massa muscular. Será que essa quantidade seria interessante para um maratonista de 65kg? Obviamente não. São treinamentos diferentes, objetivos diferentes e o impacto disso tudo sob o metabolismo também é diferente.

Portanto, perceber o quanto seu corpo está aproveitando de proteína, sem converter em gordura corpórea e também sem altos níveis de excreção, é a melhor forma de limitar e definir o quanto você deve consumir de proteínas.

CONHEÇA: O Guia da proteína e descubra tudo sobre este macronutriente

Mito 3: Não coma depois das 18h, ou não coma a noite

Por que o período noturno é tão condenado? Parece que grande parte das pessoas acha que o metabolismo simplesmente “para” a noite, sendo que ele tem funcionalidade tão importante quanto nos momentos diários do dia.

Isso porque, o metabolismo funciona o tempo todo, e tende apenas a ter um decréscimo no período de menor atividade, mas nem por isso deixa de funcionar. Ocorrem sínteses o tempo todo, torn overs e assim por diante.

Além disso, apesar de diminuir suas funções em momentos de menor atividade do corpo, esse momento não precisa necessariamente coincidir com o período noturno, pois o que diríamos de um indivíduo que treina a noite? Será que seria conveniente ele ingerir menor quantidade alimentar nesse momento? Certamente não!

Da mesma forma, indivíduos que treinam nas primeiras horas do dia, seriam convenientes de terem suas últimas refeições com muito baixa caloria? Também não.

Assim, comer a noite é interessante SIM, desde que adequadamente.

ENTENDA MAIS: Comer carboidratos após as 18h é proibido?

Mito 4: Faça cardio apenas após o treino

Os treinamentos aeróbios são interessantes tanto para quem busca o aumento de massa muscular quanto para quem visa a redução dos percentuais de gordura corpórea. Isso porque, no quesito saúde, ele melhora as aptidões cardiovasculares e cardiorrespiratórias, melhora a sensibilidade à insulina, e no quesito estética, auxilia na redução do percentual de gordura corpórea, aumenta o metabolismo e etc.

Todavia, algumas pessoas acham que o único momento conveniente de realizar aeróbios são no primeiro horário do dia. Sendo assim, esse pode ser considerado um erro, pois existem outras estratégias.

O treinamento cardiovascular não tem uma regra para ser feito. Apenas, não é conveniente de ser feito antes da musculação, pelo fato da depleção de glicogênio antes de exercícios primordialmente glicolíticos.

Além disso, existem outras formas de realizar aeróbios, como em jejum, após a primeira refeição, em momentos de 6h de distância do treinamento com pesos  eetc. Todavia, a escolha dependerá principalmente de seu objetivo e da resposta que seu corpo exibe em melhor forma frente a cada um desses métodos.  É importante testar cada uma delas e ver qual melhor se encaixa em seu caso.

Mito 5: É necessário sempre chegar na falha máxima total em todos os exercícios

Sem sombra de dúvidas, se você não exigir o máximo de seu corpo, também não terá a melhor resposta. Assim, é interessante que você procure sempre se esforçar ao máximo.

Porém, se esforçar ao máximo não quer dizer necessariamente você deva chegar na falha total em todas as séries e movimentos. Isso porque, existem alguns casos durante periodizações de treinamento, que o treinamento submáximo seja mais vantajoso como, por exemplo, momentos após a competição de um atleta, onde ele necessita restabelecer o funcionamento adequado de seu metabolismo. Alguns idosos, por exemplo, também podem se beneficiar com treinamentos submáximos.

Treinar de maneira submáxima não quer dizer fazer as coisas de qualquer jeito. Lembre-se que essa é uma técnica e se não for bem aplicada, certamente não terá as respostas as quais você deseja.

Também, jamais fique por muito tempo focando em treinamentos submáximos, pois os músculos não entrará nos processos adaptativos que desejamos.

Mito 6: Gordura saturada na dieta é algo ruim

Existem pessoas que ainda insistem em acreditar nessa ideologia boba de que gordura saturada faz mal. Na realidade, até faz, mas é necessário consumir uma alta quantidade da mesma para que ela tenha efeitos, por exemplo, no sistema cardiovascular, causando problemas como a arteriosclerose. Além disso, ela é necessária estar aliada com fatores extras como o fumo, o consumo de álcool, o sobrepeso e etc.

Todavia, a gordura saturada é NECESSÁRIA para o corpo humano, especialmente para o praticante de atividades físicas, ela desempenha fatores fundamentais.

Entre algumas de suas funções está o auxílio na produção hormonal endógena, consumo traz também moléculas de colesterol (derivados de animais) os quais são matéria-prima para a produção de hormônios esteroides (testosterona, estrógeno etc), de bile, entre outros.

Além disso, ela auxilia na conversão do ômega-3 em EPA e DHA de maneira eficaz, do contrário, essa função fica muito diminuída no corpo.

Mito 7: Sempre alongue antes do treino de musculação

Não existe nada provado que o alongamento antes do treinamento possa melhorar o desempenho ou tampouco prevenir lesões, principalmente se estivermos falando de alongamentos severos. Do contrário, os alongamentos severos estão altamente associados com o desenvolvimento de lesões (musculares e articulares) e com a depleção de glicogênio muscular, o que resulta em uma queda de performance no treino.

Obviamente, se você está em um dia frio, se sentindo “travado” e quer melhorar um pouco sua mobilidade, não há nada mal em fazer um alongamento leve para se sentir melhor antes de um treino de pernas, por exemplo. Porém, isso não deve ser frequente e JAMAIS deve ser intenso.

É conveniente alongamentos após os treinamentos, mas meramente com o intuito de aumentar a depleção de glicogênio com isso supercompensar melhor o mesmo depois, no período de repouso.

Mito 8: Você precisa de altas cargas para ter um bom corpo

Outro grande fator associado ao ganho de massa muscular é a utilização de grandes quantidades de carga. A verdade é que sim, as cargas quanto mais altas mais causarão microlesões musculares, mas isso não implica no crescimento do músculo em si.

São necessárias outras intermináveis variáveis para que o músculo se desenvolva. É necessário trabalha-lo adequadamente da origem à inserção, é necessária uma boa alimentação aliada a um bom descanso, são necessários os estímulos hormonais corretos nos momentos corretos e etc.

Treinar necessariamente com cargas elevadas não te tornará mais ou menos musculoso. A característica de quantidade de pesos pode variar individualmente, sendo que, devido a uma maior tendência de determinados fibras musculares, algumas pessoas terão melhor resposta com treinos utilizando menores cargas, outras com maiores e assim por diante.

Existem inúmeros atletas com bons corpos e que são relativamente fracos, enquanto existem “fortões” que não tem uma capacidade estética tão boa quanto de indivíduos mais fracos.

Pegue sempre “pesado”, mas que isso não se reflita necessariamente na quantidade de peso.

Mito 9: Não treine com dor

A dor pode ser advinda de inúmeras fontes: Lesões crônicas, lesões agudas, inflamação, DMIT e etc. É necessário primeiramente identifica-la para somente depois se pensar em aplicar algo. Logicamente, no caso de lesões, o melhor mesmo é repousar, afinal não queremos piorar uma lesão. Porém, a depender da DMIT ou a depender do acúmulo de ácido lático no músculo (entre outros compostos ácidos) , talvez não interfiram no seu treinamento, sendo então que é possível realizá-los.

Como distinguir a dor? Basicamente, não existe uma fórmula, portanto ir conhecendo seu corpo e conseguindo auxílio de bons profissionais, você começa a identifica-las e saber quando é ou não hora de descansar.

ENTENDA MAIS: Treinar com dores musculares, vale a pena?

Mito 10: Aquecimento é bobagem

Se, por um lado, excessos de alongamentos são prejudiciais, por outro o aquecimento pode ser importante. O aquecimento possibilita o aumento da temperatura e a climatização local, maior fluxo sanguíneo, proporciona melhor oxigenação celular e, por conta da temperatura, faz os tecidos elásticos ficarem mais “soltos”.

Principalmente em dias frios, o aquecimento é indispensável, mas deve sempre ser feito em baixa intensidade.

Colocá-los adequadamente em seus treinamentos, certamente aumentarão rendimento e, principalmente, o prevenirá de lesões entre outros problemas.

CONHEÇA: Os três principais aquecimentos feitos na musculação

Conclusão

Existem muitos mitos em academias, na mídia e por onde olharmos. Entretanto, é necessário um olhar críticos e, muitas vezes, técnico para compreender esses mitos e trazê-los à realidade.

Então, sempre busque auxílio extra e jamais saia acreditando em tudo que você ver ou que lhe disserem!

Bons treinos!

Mitos e verdades sobre execução errada nos exercícios de musculação

Tempo de Leitura: 5 minutosDurante o decorrer de todos os anos do desenvolvimento da musculação, a busca pela realização de movimentos precisos foi algo sempre evidente pelo fato de que, com a precisão, consegue-se trabalhos específicos nos músculos alvos e, portanto, um resultado melhor.

Entretanto, juntamente com essa movimentação precisa e, teoricamente correta, começou-se a desenvolver técnicas as quais pudessem aumentar a intensidade dos treinamentos, tornando-os mais propícios para algumas pessoas e, por hora, recrutando o músculo de uma diferente forma, o que, também teoricamente, o faria fugir de cair em adaptações e não progredir.

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Porém, diante dessas duas vertentes, há uma grande discussão a respeito do que pode ou não ser considerado movimento correto e do que pode ou não ser considerado uma técnica válida para a realização de alguns trabalhos específicos. Por exemplo, podemos citar as controversas que há nas técnicas de roubos, de repetições parciais e também, citar o inverso que é a perda da capacidade de força máxima e explosiva em prol de um trabalho preciso e que muitas vezes parece ser sem a devida intensidade.

Portanto, para desmistificar alguns desses mitos e elucidar algumas dessas verdades, esse artigo tem como premissa o objetivo de trazer alguns fatos a tona para que você possa refletir e tirar suas próprias conclusões do que pode ou não ser considerado errado na musculação.

A biomecânica: Papel fundamental para a execução de movimentos

Quando falamos de biomecânica, refletimos o pensamento a mecânica (ou movimento) do que é vivo, ou seja, trazendo ao nosso meio, a movimentação do ser humano.

A biomecânica é padrão e ao mesmo tempo individual. Por exemplo, a articulação dos cotovelos de todos os indivíduos sem distúrbios físicos, é do tipo dobradiça e permite o movimento de flexão e extensão de cotovelos no eixo latero-lateral no plano sagital. Entretanto, a precisão dos ângulos, a forma de movimentação, a distância dos cotovelos ao tronco entre outros fatores é individual de cada pessoa. Essas alterações ocorrem por ordem genética ou mesmo pela forma de utilização do membro, articulação ou seguimento no dia a dia.

Utilizando isso na musculação, podemos entender que existam formas padrões de executar os movimentos, porém essas formas sofrem (e devem sofrer) alterações de acordo com cada indivíduo em questão, sendo que uns terão maior tendência para executar um tríceps testa com cotovelos mais fechados, outros mais abertos… E isso não quer dizer que quaisquer deles esteja errado. Forçar uma biomecânica não natural, muitas vezes pode ser sinônimo de lesão. Utilizando o mesmo exemplo do tríceps testa, indivíduos com tendência a executar o movimento com cotovelos mais abertos podem sofrer problemas na região troclear, no epicôndilo do úmero ou até mesmo ter problemas de ligamentos na região, como os colaterais ulnar e radial, além de atingir negativamente a cápsula articular.

Portanto, a biomecânica deve ser utilizada como uma forma padrão, mas não como uma ÚNICA forma de execução dos movimentos.

CONHEÇA: As vantagens de usar a biomecânica correta na musculação

Iniciantes: Técnicas de intensidade são válidas?

Sempre que falamos em aumentar a intensidade do treino da musculação, a maioria das pessoas imagina o incremento de carga, quando na realidade não é bem assim que funciona. Existem inúmeras maneiras de aumentar a intensidade dos treinamentos sem o aumento do peso e utilizando até cargas menores do que a que habitualmente você está adaptado. E é muitas vezes isso que nos convém fazer com iniciantes, pois eles NÃO estão preparados para um brusco incremento de carga e necessitam aumentar a intensidade do treino para não estagnar.

Na realidade, bodybuilders hoje em dia procuram aumentar o máximo da intensidade dos seus treinos com o uso de cargas mais baixas possíveis, justamente para prevenir lesões.

A grosso modo, não acho que um iniciante esteja adaptado o suficiente para progredir com cargas de maneira tão rápida. Além do tecido muscular que deve estar preparado para isso, ainda temos de levar em consideração os tendões, articulações, os ligamentos, entre outras estruturas. Estas, inclusive, demoram muito mais tempo para se adaptar e recuperar do que o músculo, propriamente dito.

Outro fator que nos leva a crer que iniciantes talvez não devessem trabalhar com técnicas como a do roubo é o fato de que sua concepção corpórea não está devidamente estruturada. Será que em uma remada livre ele está contraindo a lombar, fazendo adução escapular antes de puxar a barra ou halter ou mesmo posicionando adequadamente as pernas e pés? Será que ele tem uma capacidade neuromotora suficientemente desenvolvida para isso? Creio que não…

Obviamente, ninguém está dizendo que você deva treinar como “um banana”, mas que você deva utilizar a inteligência para seus treinamentos.

Técnicas avançadas e movimentos incorretos: Qual a ligação entre esses dois fatos?

Algumas técnicas avançadas talvez fujam de uma biomecânica teoricamente certa, mas isso é justificável pela própria biomecânica.

Exemplifiquemos, por exemplo, um atleta de 100kg, bem desenvolvido, realizando uma remada curvada com 160-180kg. Obviamente, seu tronco não estará totalmente ereto, sua lombar não estará totalmente firme. Isso porque, a barra e a força da gravidade o puxam para baixo e seu peso é menor do que o peso da barra com as anilhas, então é realmente impossível ele manter uma estabilidade de 100% no movimento. Porém, esse comprometimento é válido, pois ele consegue atingir o músculo com maior potência e trabalhar primordialmente o ventre muscular, contribuindo para um estímulo diferenciado no tecido em questão. Do contrário, não podemos considerar como sendo uma forma de “roubo” ou uma tendência natural do corpo quando curvamos a região lombar em supinos (salvo sob as técnicas de ponte, no powerlifting). Esses movimentos ocorrem, pois o corpo tenta aproximar o tronco da barra, encurtando o movimento através da hiperextensão lombar. Neste caso, seja com 100kg ou com 50kg, um mesmo atleta de 100kg corpóreos pode muito bem se estabilizar no banco do supino e executar o movimento corretamente.

Então, você percebe como é tudo muito mais complexo do que se imagina ser? Simplesmente, temos de entender o que é uma tendência natural do corpo a executar um movimento inadequadamente, mas o benefício que isso irá trazer e temos de entender o que são essas execuções erradas as quais não são justificáveis e muito propensas a gerar lesões.

Um atleta de nível avançado, com a devida concepção corpórea (a qual só é conquistada com o passar dos anos de treino e persistência), sabe quando e no que ele pode executar inadequadamente um movimento frente ao seu custo X benefício, mas um indivíduo o qual começou ontem na academia, pouco entenderá isso e terá resultados ruins e irá se lesionar. Além disso, a utilização de proteções e artifícios para a segurança desses atletas é algo indispensável no treinamento.

Movimentos inadequados para pessoas comuns nas academias de musculação:

Estamos comparando um indivíduo atleta e/ou mesmo experiente e um novato ou uma pessoa a qual pratica musculação para melhora na qualidade de vida, que na realidade é o maior público das academias. Então, nada mais justo seria do que dedicar um único tópico para citar que esses indivíduos devem executar os movimentos com a biomecânica mais correta possível (e individual também). As capacidades de força, mesmo de explosão, capacidade de agilidade, entre outros requisitos conseguidos com a musculação não necessitam de trabalhos intensos ao ponto de termos de executar “erroneamente” um movimento. Esses indivíduos muito mais se beneficiarão com execuções corretas e com a solicitação dos músculos alvo, propriamente ditos. Fundamentalmente, isso também é importante para os deixar longe de quaisquer chances de lesão.

Para que isso possa ocorrer é necessário elucidar que seja fundamental a presença de profissionais extremamente qualificados. Hoje, no mercado de academias, cada vez mais busca-se baratear os custos e com isso reduzir a qualidade de quem se contrata. O resultado é que muitas pessoas menos entendidas ficam a mercê desses “profissionais” e ficam sujeitos a serem submetidos aos seus clássicos erros que são tão preocupantes quanto o resultado ruim.

Conclusão:

Os movimentos podem ser considerados corretos ou errados a depender do ângulo em que são analisados e a depender do indivíduo que está realizando-o e como está realizando. Isso porque, biomecanicamente somos individuais, com nossas particularidades que devem ser respeitadas. Além disso, os níveis e objetivos dos diferentes treinamentos são fundamentais para compreender até que ponto podemos considerar algo errado ou certo dentro de padrões pré-estabelecidos dentro da biomecânica.

Por fim, é importante sempre considerar a estrutura e profissionalização de sua academia para que sejam fornecidos serviços de qualidade e que contemplem tudo que foi abordado anteriormente.

Sua saúde é seu maior bem, então, não seja negligente com ela!

Bons treinos!

Desvendando 5 mitos sobre o uso da creatina

Tempo de Leitura: 3 minutos

A creatina hoje é um dos suplementos mais conhecidos no mundo e também está na lista entre os mais utilizados e estudados.

Com uma eficiência alta no corpo e com uma baixa chance de pessoas que não respondem ao produto, ela já é utilizada há anos e vem, cada vez mais, auxiliando atletas a atingirem altos níveis de performance.

Entretanto, a creatina é um suplemento o qual muitas vezes é mal visto pela incompreensão das pessoas que decidem criar mitos em cima dela. Desta forma, para que você possa fazer um uso tranquilo e esclarecer algumas dúvidas sobre esse importante suplemento, este é um artigo que fala sobre os maiores mitos da creatina, assim poderemos conhecê-los e desmistificá-los.

 

1- A creatina causa danos renais

Não existem quaisquer evidências que demonstrem que a creatina a curto, médio ou longo prazo possam alterar negativamente os rins ou fígado. Porém, fala-se no uso de creatina monohidratada. Outras fórmulas ainda necessitam ser melhor compreendidas e estudadas.

Esse mito ocorre porque normalmente metabolismos errôneos da creatina e/ou problemas genéticos se agravem caso haja um consumo exacerbado de creatina.

O importante é entender que, acima de tudo, ela não possui efeitos negativos por si só.

A creatina também não altera o perfil lipídico, não aumentam marcadores químicos de estresse em atletas e não há quaisquer manifestações de problemas dessa natureza se utilizados os protocolos corretos da substância.

Atletas de elite consomem creatina anos seguidos e nem mesmo neles são notadas quaisquer alterações bioquímicas ou fisiológicas nos principais órgãos em questão, como os fígados e rins e/ou em quaisquer outros órgãos.

APRENDA MAIS SOBRE O ASSUNTO: https://dicasdemusculacao.org/creatina-suplemento-que-afeta-rins/

2- A creatina causa problemas gastrointestinais

A creatina não é tipicamente um suplemento que danifique a parede estomacal ou mesmo os enterócitos, tanto porque seu metabolismo não é nessas regiões. Entretanto, cerca de 5% a 7% da população mundial tem algum problema no estômago com seu uso, como enjoos, mas nada relevante ao ponto de ser considerado perigoso.

Mesmo essas pessoas só costumam demonstrar esses efeitos caso sejam usadas altas doses de creatina (como na fase de saturação de creatina). Dessa forma, caso você seja uma dessas raridades, vale a pena consultar um nutricionista para melhor protocolo de uso da creatina.

Portanto, podemos concluir que a creatina por si só não causa problemas gastrointestinais. Essa pequena parcela de raridade não pode ser descrita como natural do produto e sim como uma exceção.

3- A creatina causa desidratação

Não sei quem foi o indivíduo que decidiu inventar a ideia de que a creatina pudesse causar distúrbios no corpo, como a desidratação. Teoricamente, isso seria impossível, pois a creatina possui a característica de HIDRATAR os músculos, ou seja, por ser hiperosmotica, a tendência é que ela acumule água em alguns tecidos do corpo e não simplesmente cause desidratação.

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É importante considerar entretanto que essa água a qual nos falamos NÃO é água subcutânea, a qual faz com que a pessoa perca a definição muscular, mas sim água intramuscular, aumentando o tamanho do músculo esquelético.

4- A creatina aumenta a pressão arterial

Muitas pessoas associam a creatina com a tendência de retensão hídrica e levam ao pensamento de que isso poderia alterar a pressão arterial. Verdade seja dita: níveis de retensão hídrica tendem a elevar a pressão arterial, entretanto, como falamos acima a creatina não possui a típica característica de acumular água subcutânea, portanto ela não elevará a pressão arterial.

Obviamente, consumos excessivos de creatina podem aumentar a chamada “síndrome de compartimento”, que é o aumento de pressão intramuscular pelo acúmulo de fluídos, mas esses são casos isolados e só acontecerão se você abusar do produto.

5- A creatina aumenta o peso gordo

A creatina NÃO aumenta a gordura corpórea, tanto porque não fornece calorias para isso e, ao mesmo tempo, não influencia em processos lipogênicos. Do contrário, hoje a creatina é associada com o aumento da massa muscular e a elevação da taxa metabólica basal, o que faz com que as chances de DIMINUIÇÃO (e não aumento) de massa muscular ocorram.

Além disso, a água retida pela creatina é intramuscular, não prejudicando a definição e dando aspecto de maior densidade ao corpo.

Portanto, fique tranquilo! Mesmo em processos de redução do percentual de gordura, esse é um ótimo suplemento!

Conclusão:

A creatina hoje é considerada como um dos suplementos mais eficazes e também é conhecida como um item indispensável na bolsa do atleta. Porém alguns mitos surgiram com o passar dos anos, o que a trouxe para um meio desconhecido e cheio de platôs.

Esperamos que, com esse artigo, você possa ter esclarecido algumas de suas dúvidas e esteja pronto para bons protocolos de uso de creatina, sempre bem orientados!

E ai, agora acredita que a creatina não vai te fazer mal e sim trará benefícios? Então corre para comprar a sua! Aqui no blog escrevemos um artigo onde listamos as melhores creatinas do mercado, assim você pode comprar de olhos fechados e sem chances de comprar uma de má qualidade.

Boa suplementação!

 

Conheça 3 mitos clássicos da musculação

Tempo de Leitura: 6 minutos


Você já parou para pensar na veracidade do que você escuta, lê ou assiste? Você já pensou o quanto as diversas áreas da vida, inclusive a musculação, podem sofrer influência de itens que são inverdades parciais ou absolutas?

Talvez, as coisas que você mais tenha como verdade, podem não passar meramente de mitos populares. Pois bem, se você não parou, é interessante continuar adiante neste artigo que trará alguns pontos os quais você pode se surpreender…

Entre as diferentes culturas existentes no mundo, cada qual possui uma característica diferente e leva algumas histórias e lendas que são decorrentes de todo seu processo histórico e algum dia foram contadas, acabando por se tornar inseridas e emergentes naquela população.

Não é por acaso que, por exemplo, na cultura brasileira se fala sobre o consumo de leite com manga ser prejudicial, quando na verdade esse conceito surgiu para que escravos na época pós-colonial não roubassem leite de seus senhores. Mitos existem por todos os lugares.

Assim também acontece com a cultura da musculação, ou seja, em dados momentos são criados conceitos os quais acabam se tornando regras e passam a ser verdades absolutas, o que faz com que muitos indivíduos acabem ficando limitados em achar que aquela é a única forma de obter resultados.

Portanto hoje, discutiremos um pouco a respeito de 3 mitos que estão “impregnados” no mundo da musculação, propondo o que há ou não de verdade nos mesmas.

1- Você sempre necessita de altas quantidades de cargas para construir músculos

Construir músculos não é algo que seja fácil, e quanto mais se passam os tempos de treinamento, mais então surgem as dificuldades, fazendo com que sejam necessários métodos inovadores para continuar a progressão muscular.

Certamente, muitas vezes os ganhos musculares são associados com o treinamento pesado e envolvendo cargas pesadas, pois parece óbvio que quanto mais exigirmos em força do músculo, mais resultados teremos… Entretanto, há alguns pontos que devem ser levados em consideração:

– O primeiro deles é o fato de que a hipertrofia e a hiperplasia requerem muito mais do que grandes cargas ao músculo. Elas também envolvem aspectos relacionados com o tempo de contração do músculo, o impacto hormonal durante e após o treinamento, a qualidade da nutrição e hidratação do indivíduo, o tempo de descanso adequado e mesmo o volume do treino, entre muitos outros pontos. Assim, um treinamento com menores cargas, mas que apresente maiores características vantajosas aquele indivíduo, será mais bem-vindo do que treinamentos com altas cargas.

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– O segundo ponto é que necessitamos de periodizações. Assim como o treino pesado com altas cargas deve fazer parte dessa, treinamentos com maior volume e menores cargas também devem advir nessa periodização para que o corpo não caia em estados de adaptação.

Ainda, admitindo que levantar cargas seja o único fator para ganho de massa muscular, podemos pensar que quanto mais carga levantamos, então, mais carga temos de levantar no próximo treino. O resultado? Quanto seria então necessário levantar de carga em níveis ótimos musculares? A disponibilidade de peso começaria a se limitar na maioria das academias, as chances de lesão triplicariam, o indivíduo ficaria suscetível a acidentes em exercícios livres, entre outros pontos importantes.

Mais do que carga, é necessário treinar com inteligência e técnica na musculação e é isso que trará os bons resultados e resultados contínuos.

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2- Para a fase de cutting devo utilizar treinamentos volumosos

Assim como se imagina que seja necessário um treinamento breve e pouco volumoso para o ganho de massa muscular, também imagina-se que para obter um bom período de cutting, seja necessário o aumento do volume do treinamento, quando na verdade isso pode resultar em efeitos totalmente indesejados e inversos ao que propomos.

Em primeira instância, devemos considerar que os treinamentos volumosos estimulam primordialmente a hipertrofia sarcoplasmática em maior quantidade.

Isso resulta em um aumento que não é duradouro no músculo, ou seja, não estamos aumentando efetivamente as suas fibras musculares, mas o conteúdo celular, assim como de líquidos no interstício das células.

O treinamento volumoso ainda possui grandes chances da liberação de hormônios altamente catabólicos, como o cortisol e mesmo o glucagon.

Esses hormônios são grandes causadores de perda de massa muscular e podem auxiliar em processos inflamatórios, prejudicando também a recuperação do músculo.

Simplesmente a depleção de glicogênio maior em treinos volumosos não justifica sua utilização para o período de cutting, pelo menos para grande parte dos indivíduos.

Em especial, para praticantes de musculação “drug free”, ou seja, que não utilizam anabolizantes, treinar brevemente seria muito mais vantajoso.

Isso porque, consegue-se uma efetiva manutenção na própria fibra muscular, consegue-se poupar a liberação em grandes quantidades desses e de outros hormônios catabólicos, consegue-se estimular o hormônio do crescimento (GH), que tem grande ação em tecidos moles e consegue-se poupar energia, pois lembre-se que estaremos em uma fase dietética restrita.

É importante ainda salientar que a dieta por ser restrita, dependendo de como for restrita, deve ser grandemente considerada, pois ela por si só já pode representar chances de catabolismo. Por isso, sempre o treino deve estar devidamente ajustado.

3- Quanto mais eu treinar, mais irei desenvolver meus músculos

É comum que imaginemos que a persistência em algo aprimorará determinado (s) ponto (s) e teremos melhores resultados. Entretanto, se tratando da musculação, esse fato de persistência requer REALMENTE UM TEMPO LONGO, ou seja, não é persistindo em curtos períodos que iremos obter bons resultados, mas dentro de protocolos corretos é que conseguimos obter estes bons resultados.

Não somente o treinamento volumoso pode acabar com os resultados de um praticante de musculação. A frequência com que realiza a musculação está inversamente proporcional aos ganhos musculares. Isso se deve ao fato de que assim como o corpo NECESSITA de períodos de treino, também NECESSITA de períodos os quais possam ser de descanso, ou seja, sem a realização de quaisquer atividades físicas.

Se, por um lado, o treinamento com pesos é o estímulo para que haja o crescimento e/ou a manutenção muscular, é no período de descanso que o corpo promove as supercompensações e os resultados desejados na musculação.

Esse descanso deve ser adequado ao estímulo que é dado ao músculo esquelético e a outras estruturas fundamentais para o funcionamento do sistema motor e neuromotor, incluindo desde ligamentos e tendões, aos próprios nervos.

E é por isso que quando falamos que a persistência na musculação requer ainda mais persistência, muitas pessoas ficam confusas.

Para que essas estruturas esteja muito bem recuperadas e possam realizar um trabalho mais pesado ainda, leva-se um considerável tempo, ou seja, dias. E se esses dias não forem respeitados, pouco adiantará o treinamento, fazendo com que o corpo caia em estados de adaptação.

Então, pensamos: Quanto tempo é o ideal para se descansar? E logo, a resposta para essa pergunta fica um tanto quanto aberta e imprecisa.

Isso porque o bom tempo de descanso pode ser variável ao estímulo que é dado ao músculo, levando em consideração que cada pessoa possui intensidades diferentes de treinamento e cada característica fisiológica genética possui uma diferente resposta a determinado (s) estímulo (s). Logo, não há como saber o quanto se deva descansar.

Esse conhecimento deve, através da experiência, pouco a pouco partir do próprio praticante de musculação ir percebendo com o tempo como seu corpo responde a diferentes tempo de descanso e a necessidade que haverá de dias.

Logicamente, a percepção de descanso deve ser bem cuidadosa, pois não somente a sensação de dor tardia pós-treino é o único sinal de que o músculo ainda está fadigado, a motivação para o treino, a plenitude articular e a possibilidade de aumento de intensidade também devem fazer parte dessa plenitude do descanso.

Portanto, jamais negligencie o poder de descansar e recuperar o músculo. Sem sombra de dúvida, hoje, muitas pessoas deixam de ter bons resultados por não se atentarem a pontos fundamentais como esse.

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Conclusão

A musculação possui muitos mitos os quais perduram durante anos e ainda são bastante evidenciados com a cultura antiquada de muitos praticantes de musculação. Entretanto, a ciência pouco a pouco vem propondo protocolos cada vez mais eficazes os quais possibilitam que as pessoas passem a obter resultados melhores e de maneiras mais otimizadas. Esses resultados envolvem ainda prevenções necessárias ao corpo para que ele não seja acometido de malefícios por parte de treinamentos inadequados.

Pequenos detalhes podem fazer grandes diferenças, portanto é fundamental estar sempre bem atualizado, e atualizado com conceitos os quais possam ser verdadeiros e eficazes às suas necessidades fisiobiológicas individuais.