Como aproveitar melhor o seu parceiro (a) de treino

Tempo de Leitura: 6 minutos

Treinar é algo bastante individual e, certamente se você não o fizer, ninguém o fará por você. O treino não depende de outra pessoa se não se você mesmo.

Todavia, incontestavelmente, ter um bom (boa) parceiro (a) de treino pode ser essencial para desenvolver algumas qualidades extras em seu físico, na medida em que conseguimos, com mais segurança, incrementar mais intensidade em nossos treinamentos.

Franco Columbo e Arnold… Leroy e Dorian Yates… Branch Warren e Jackson… Ora, ora… Esses são só alguns dos exemplos mais conhecidos dentro do fisiculturismo e, certamente, são marcas registradas do que é um bom parceiro de treino.

Isso porque, não adianta nada ter um parceiro de treino que esteja com força desproporcional a sua (para mais ou para menos) ou ainda, que não tenha os mesmos objetivos que você ou não faça as mesmas coisas que você.

Dito de uma forma bastante simplória, como pode alguém que não entende o que você faz, ajuda-lo a chegar em seus limites, ou melhor, ultrapassá-los? É difícil de imaginar…

Sendo assim, incontestavelmente, um bom parceiro de treino é aquele que preza pela união e pela motivação, DENTRO E FORA DAS ACADEMIAS!

Porém, se mesmo assim, o seu parceiro (a) de treino está apenas fazendo companhia para você nos seus treinos e, assistindo o seu treino, isso não adiantará nada e, é melhor que ele saia dali antes que te distraia. Isso porque, um parceiro de treino deve AJUDAR o seu companheiro.

Mas, você já parou para se perguntar em como é possível ajudar seu parceiro de treino, incrementando técnicas e, portanto, intensidade nos treinamentos?

Você já parou para pensar quais são os itens essenciais para consolidar uma parceria que realmente valha a pena na musculação?

Se não, convido (a) a conhecer um pouco mais sobre o assunto e definir melhor quem será o seu (sua) parceiro (a) de treino.

Comunique-se!

PARCEIROS DE TREINO SÃO COMO MARIDO E MULHER! Não me entendam mal e, caso você não seja chegado na coisa, você não vai precisar beijar nem dormir com seu parceiro (a).

Veja :  Existe uma forma sinérgica e correta de seguir o treino de musculação?

Na realidade, quando dizemos que eles tem de ser como marido e mulher, é porque eles tem de ter o principal em qualquer tipo de relação: A COMUNICAÇÃO!

Se eles não conseguem se comunicar por olhares ou mesmo não conseguem demonstrar ao outro o quanto e como precisam de ajuda, fica difícil supor uma boa parceria.

Imagine a seguinte cena: Você está realizando um supino e está nas últimas repetições da última série com um peso nunca usado antes.

Você está sem ar, mas, mesmo assim quer fazer algumas repetições forçadas… Sim… Você começa a fraquejar e ainda tem de tirar ar para pedir auxílio…

Ou ainda, você não chegou à falha e o seu parceiro decide colocar a mão ba barra precipitadamente e, você perde toda a intensidade do movimento. O resultado: Trabalhos perdidos!

O bom parceiro de treino, não precisa esperar você falar para ele fazer isso ou não… Elevai entender com seu próprio olhar…

Se você não consegue ter o mínimo de comunicação com ele, então desista! Sem sombra de dúvidas, mais valerá treinar sozinho do que “mal acompanhado”.

Ajuda na medida:

Um das coisas mais frequentes que vemos nos ginásios de musculação são pessoas mais ajudando do que treinando.

Colocam cargas absurdas em seus equipamentos e, quando vêem, precisam de ajuda logo na primeira repetição, tornando seu treinamento ridículo.

Outro fator é que muitas pessoas se precipitam demais na hora de ajudar o seu companheiro… auxiliam demasiadamente, praticamente deixando o parceiro descansar e tomando o trabalho para si.

Ajudar significa prezar pela segurança e atingir o máximo da capacidade do indivíduo. Se você está realizando o exercício por ele, reveja seus conceitos!

Mas, então, quais seriam algumas técnicas possíveis de serem feitas com o auxílio de um parceiro de treinow

Existem muitas técnicas que podem ser realizadas com um parceiro de treino. Entre elas, podemos mencionar:

1 – Auxílio manual

Talvez, uma das ajudas mais conhecidas e realizadas seja a ajuda manual onde o parceiro de treino ajuda o indivíduo que está treinando por algum seguimento de seu próprio corpo, tocando nesse seguimento de maneira direta ou indireta.

É o caso, por exemplo, de auxiliar numa elevação lateral pelos braços, no crucifixo inclinado ou reto pelos cotovelos, no desenvolvimento militar com halteres pelos cotovelos ou em uma rosca alternada pela região dorsal das mãos.

Veja :  Movimentos incorretos dos exercícios: causa de lesões e falta de resultados

Ainda, podemos citar uma das ajudas mais clássicas, a do agachamento livre, onde o indivíduo encontra-se segurando e auxiliando pelo tronco do outro o qual está treinando.

Esse tipo de técnica, permite uma grande sensibilidade entre o parceiro de treino e o outro, fazendo com que ele consiga calcular melhor a medida em que deverá implementar a ajuda.

Esse tipo de auxílio pode ser feito para realizar repetições forçadas, repetições negativadas ou mesmo para completar um dado movimento no final da série.

Porém, para que ele seja eficiente, além do “calibre da ajuda”, você deve saber em qual seguimento ajudar e como ajudar. Portanto, antes de ajudar, propriamente dito, veja a maneira correta de fazê-lo.

2 – Resistência manual

Existem muitos treinadores que gostam muito de usar a resistência manual, especialmente ao final de uma série tradicional com os pesos.

Existem muitos movimentos os quais podem ser feitos com essa técnica como, por exemplo, a elevação lateral, a rosca Scott entre outros.

Na rosca Scott, por exemplo, o parceiro irá fazer a resistência puxando seus braços para baixo enquanto você resiste e, portanto, faz depois a fase concêntrica (usando uma carga baixa) sozinho.

Na elevação lateral, por sua vez, o indivíduo tentará colocar seus braços para baixo em adução enquanto você força uma abdução.

Somente pessoas experientes devem realizar essas técnicas, pois, saberão ou, pelo menos, terão base, de quanto de peso devem aplicar sobre o movimento.

Não é incomum indivíduos inexperientes fazerem distensões ou mesmo causarem rupturas no bíceps braquial, por exemplo, na realização desta técnica no banco Scott.

Portanto, escolha bem quem irá te ajudar nisso e, tenha certeza você mesmo do quanto de carga poderá resistir.

Além disso, essa técnica NÃO DEVE ser realizada em movimentos os quais apresentam riscos como o supino e suas variações em angulações, o agachamento, desenvolvimentos para ombros entre outros.

3 – Repetições forçadas e negativadas

As repetições forçadas são aquelas as quais seu parceiro de treino procura manter você, após sua falha, em uma tensão contínua, porém, no caso das repetições negativadas, somente a sua fase concêntrica entrou em exaustão e, mesmo que ele guie o movimento nessa fase, você deverá controlar o peso na fase excêntrica.

Veja :  Conheça 5 Dicas para Evitar o Overtraining

Essa é uma técnica muito eficiente, pois, sabemos que a real falha está na fase excêntrica, não necessariamente na fase concêntrica, como muitos costumam acreditar.

Isso porque, superamos nossa capacidade de movimento e não, buscamos a superação na fase a qual apenas resistimos contra o peso.

Existem muitos exercícios os quais, ambas as técnicas podem ser feitas, incluindo até mesmo aqueles de maior risco como o supino…

Porém, para isso é necessário um parceiro realmente dedicado, que te conheça e que seja experiente. Do contrário, o risco de acidentes é grande.

Existem entretanto dois exercícios os quais são muito convenientes de aproveitarmos essas técnicas: As barras fixas e as barras paralelas (livres).

Isso porque, muitas pessoas têm dificuldades na realização desses movimentos, ou simplesmente não conseguem fazê-los, por falta de equilíbrio, controle e estabilidade ou mesmo pelo excesso de peso corpóreo que não é proporcional com sua força.

Então, um parceiro auxiliar pelas pernas em ambos os exercícios (como uma espécie de gravitron), certamente será interessante.

Aos poucos, claro você deverá ir diminuindo a ajuda ou ainda, retirando-a. Outra possibilidade é realizar repetições até sua falha e depois, com o auxílio de seu parceiro, continuar fazendo mais algumas repetições extras as quais incrementarão ainda mais resultados em seus treinos.

Visto que hoje esses exercícios são muito requeridos em centros para empregos (testes físicos), certamente essa é uma dica de ouro!

Mas, para que você realmente tenha progresso, não adianta se “debruçar” na ajuda do parceiro ela deve ser sempre a mínima possível.

Conclusão:

Ter um bom parceiro (a) de treino pode ser fundamental para aumentar a intensidade do nosso treino de musculação.

Apesar de, incontestavelmente os resultados de seus treinos dependerem de você, sem sombra de dúvidas podemos treinar com mais segurança e atingir outros níveis com um parceiro que esteja adequado às nossas condições.

Porém, para que isso seja eficiente, é necessário que ele tenha empatia com você, seja relativamente da mesma experiência e tenha a mesma força, além de fazer as coisas básicas como você.

Certamente, aos poucos, com um bom entrosamento, ambos poderão um acrescentar no treino o outro e então, progredirem ainda mais juntos!

Bons treinos!