Conheça 5 erros de treinamento os quais você deve corrigir

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Erros na musculação são um dos principais fatores que impedem a maioria das pessoas de terem bons resultados e atingir seus objetivos. Hoje é possível afirmar que 90% dos indivíduos que estão em um ginásio de musculação treinam de maneira inadequada ou cometendo erros os quais necessitam ser corrigidos.

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Neste artigo vamos conhecer mais 5 desses erros os quais necessitam ser observados e corrigidos, para que você possa melhorar seu treino, evitar lesões e conquistar melhore resultados e resultados mais sólidos.

1- Progredir mais do que seu corpo pode

O corpo possui limitações as quais devem ser constantemente quebradas a cada treino, a cada série e a cada busca maior por resultados. Teoricamente, seria claro então que quando mais pudéssemos progredir em um curto espaço de tempo, então melhores e mais rápidos surgiriam nossos resultados. Entretanto, nem sempre isso é uma grande vantagem.

Progredir o corpo o mais rápido que se pode é diretamente interferir em necessidades maiores, bem como em probabilidades de estagnações maiores, fazendo com que os platôs comecem a existir. Além disso, a obtenção rápida de resultados, torna limitante muitos ganhos sólidos que somente assim seriam bons ganhos se levassem o devido tempo para sua solidificação. É importante, principalmente nos primeiros meses de treinamento, que o indivíduo progrida de maneira controlada. Nem tão lentamente, mas, nem tão rapidamente. Isso dá a chance ao mesmo para que possa pouco a pouco corrigir pequenos problemas que possam ser mínimos, mas, que podem vir a se tornar muito prejudiciais no futuro.

É importante consolidar movimentos adequados, técnicas, aprender a contrair cada músculo em cada movimento, procurar o enfoque de cada exercício a cada músculo entre outros, evitando assim problemas e erros maiores futuramente.

Lembre-se que a musculação é complexa e leva tempo e dedicação e que devagar se vai mais longe!

2- Utilizar apenas uma variação de um dado exercício

Quantas e quantas são as vezes que vemos dentro dos ginásios indivíduos os quais se limitam unicamente a execução de uma única variação em seu treinamento. Por exemplo, são os clássicos apaixonados pelo supino reto, que jamais o tiram de seus treinamentos, os apaixonados por agachamento livre, ou por outro exercício qualquer.

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É importante optar também por variações desses exercícios, por exemplo, optando no caso do supino por épocas de uso do bench press machine ou do supino com halteres, no caso do agachamento livre pelo agachamento no hack ou mesmo livre pela frente e assim por diante. Essas variações, propõe em primeiro lugar uma devida recuperação em especial dos músculos auxiliares de alguns movimentos. Em segundo, possibilita novos tipos de estímulos os quais podem favorecer o desenvolvimento de um indivíduo.

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Isso é tão notável, por exemplo, quando depois de um longo tempo em um exercício, paramos de realizá-lo por 1 mês em nossa rotina e, depois voltamos: Certamente o incremento em intensidade, seja ela em carga ou mesmo na melhora do exercício em si são claras.

Portanto, não limite-se a um único tipo de movimento. Procure sempre estimular o corpo de maneiras diferentes.

3- Dar o mesmo descanso entre todas as séries

O descanso entre séries é essencial em um treinamento com pesos para que o corpo se recupere parcialmente até a próxima série, exigindo o máximo dele. Para alguns tipos de treinamento, esse descanso pode ser maior ou menor a depender primeiramente do objetivo o qual se visa, bem como o quanto de peso X repetições você deseja realizar.

Dessa forma, propor um mesmo descanso em todas as séries, em que a cada uma delas, há progressão de cargas ou declínio de cargas torna-se inadequado. Imaginemos, por exemplo, que em uma primeira série com Xkg você execute 15 repetições. Na próxima série, você deseja então realizar apenas 12 ou 10 repetições e, então coloca o peso para aproximadamente X + X/2kg e a faz, depois de um descanso de 45 segundos da primeira série. Agora, por fim, você deseja uma série com aproximadamente 6 repetições e 2Xkg. Então, se você descansar os mesmos 45 segundos, pode ser que não consiga, sendo então necessário um descanso maior, pois, da primeira para a segunda série, a intensidade foi relativamente menor, principalmente no recrutamento de fibras brancas do que da segunda para a terceira série. Logo, o adequado seria que você pudesse propor um descanso de aproximadamente 90 segundos. E assim por diante.

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É necessário, entretanto, entender que não necessariamente devemos aumentar o tempo de descanso, mas, podemos diminuí-lo também em caso de séries em sistema de pirâmides decrescentes.

Mesmo quando trabalhamos com a mesma carga, a intensidade nas últimas séries costuma ser maior, sendo necessário também um descanso maior.

4- Ignorar o que sua mente te diz

A mente é realmente um grande mistério. Entre esse mistério, estão inúmeros fatores os quais entendemos, alguns que entendemos parcialmente e outros que não entendemos. Entretanto, todos, de alguma forma fazem sentido. Um dos maiores indicadores para o seu treinamento é o que sua mente te diz. Quantas vezes você já ouviu falar que começa-se a erguer um peso com o poder da mente? Pois bem, a mente, intuitivamente não estimula somente os poderes no treinamento, mas ainda, é capaz de promover benefícios e alertas durante todo o tempo de recuperação, por exemplo. E é fundamental saber ouvir isso.

Há dias em que você REALMENTE está cansado (e não confunda isso com preguiça!) e sabe que vai fazer um treinamento ruim. Pois bem, você então insiste e vai treinar. O resultado é um treinamento submáximo, desmotivador e, principalmente, sem o mínimo de eficácia. Você sai de lá ainda mais cansado e não solucionou o problema, pelo contrário,o agravou ainda mais. Você tenderá a ter um regresso muito maior indo treinar cansado e sem condições psicológicas do que esperando um ou talvez dois dias em descanso até que se restabeleça.

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O mesmo ainda vale para os aspectos nutricionais, o tempo de descanso entre cada sessão de treinamentos, etc. Há dias em que você necessita se alimentar em maiores quantidades, há dias em que você energeticamente está carregado e, portanto, não precisa estourar na quantidade de carboidratos a serem consumidos. Há dias em que seu sistema gastrointestinal está mais lentificado, não sendo, talvez, a melhor opção o alto consumo de lipídio etc. Da mesma forma, há dias em que a necessidade de descanso daquele dado grupamento muscular tem de ser maior, devido a intensidade do treino anterior ter sido muito grande também, bem como vice-versa.

Portanto, ouvir a mente não é algo supersticioso ou algo de outro mundo, mas sim, um importante indicador do que se deva fazer para objetivar o máximo de seu corpo.

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5- Negligenciar a dor

A dor é um dos maiores sistemas de defesa do corpo. Seja por reflexos ou por outro mecanismo crônico, ela indica que algo não está adequado ou pode ser perigoso ao corpo. A dor é algo tão importante que, pode ser considerada vital. Por exemplo; O que te faz não apertar uma faca contra seu peito? A dor e a sobrevivência. Isso já nos induz a pensar que, sem ela, não seria possível sobrevivermos.

Esse importante mecanismo indica ainda quando devemos deixar dado membro ou parte do corpo em “stand by”, ou seja, aquém de sua utilização normal, por conta de algo que o atingiu anteriormente e, portanto, algo posterior que possa agravar ainda mais a situação.

Há indivíduos que costumam treinar com alguma dor articular, dores em ligamentos ou mesmo lesionados, propriamente ditos. Por mais inocentes que sejam essas dores, elas não deixam de ser indicativos e podem, se negligenciadas ocasionar lesões ainda maiores ou mais sérias, as quais podem ,inclusive te deixar por fora dos treinamentos por semanas, meses ou tempos ainda maiores.

Portanto, seja esperto: Treinar adequadamente requer todas as funções do corpo devidamente estáveis e em boas condições. Não adiantará agravar mais ainda algo para que ele se torne crônico e traga complicações futuras.

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Lembre-se que essas dores vão além de dores em membros, propriamente ditos, mas ainda, se estendem a dores abdominais, dores no peito, coluna (principalmente), pescoço, quedas no sistema imunológico (aí incluem as dores de garganta, a famosa “dor no corpo todo” etc) e outras regiões. Treine sempre “inteiro”!

Conclusão:

Muitos erros são frequentemente comuns na maioria dos ginásios de musculação. Apesar desses erros serem comuns, são poucos os que realmente se atentam aos mesmos e, principalmente tentam os corrigir. Erros esses que podem gerar contratempos desde o mal desenvolvimento até graves lesões e retirada completa dos treinamentos.

É fundamental receber orientação adequada para que se possa minimizar quaisquer possibilidades de cometê-los (ainda mais com frequência), fazendo assim com que os resultados sejam maximizados e, portanto, você obtenha seu objetivo mais rapidamente, solidificado e, de maneira eficaz.

Bons Treinos!

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