Obesidade: conheça o que é, suas causas, sintomas e tratamentos

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A obesidade, também conhecida como pimelose ou nidiez, trata-se não de um fator unicamente relacionado ao excesso de gordura corpórea, mas, precisamente é uma doença crônica não transmissível a qual vem largamente se propagando pelos arredores do mundo, causando transtorno diversos à indivíduos de diferentes e quaisquer idades e, contraditoriamente, por hora, vem cada vez mais sendo tida como algo normal e/ou inevitável, tamanha epidemiologia que encontramos nesse assunto.

As causas que relacionam a doença, essa que vem sendo uma das principais causas do mortalidade no mundo, são multifatoriais, ou seja, geradas por diferentes e inúmeros fatores os quais solidificam-se desde os metabólicos e sistêmicos, psicológicos, psicossomáticos e até mesmo os fatores fenótipos e de convivência com o meio ambiente e com o interagir ao mesmo ou modifica-lo. E, imprescindivelmente, não podemos dizer que ela possa ocorrer por apenas um desses grandes grupos, mas, de certa forma, acontece em TODOS os grupos, com maior intensidade em uns e menor em outros.

Neste artigo nós vamos conhecer mais sobre esta doença que vem afetando o mundo todo, assim como seus multifatores, causas menos típicas, mas que também pode acarretar em um individuo obeso e também sobre o tipo de obesos que são obesos por necessidade do esporte que praticam e não por uma doença. Vamos lá?

O que é a obesidade?

A obesidade é uma doença caracterizada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) elevado, ou seja, acima da casa dos 30Kg/m², sendo, anteriormente considerada como “sobrepeso” entre os 25 e 29,9Km², definição essa que, cada vez mais vem sendo substituída, vista sua ineficácia, por exemplo, ao ir de encontro com indivíduos pesados, ou excessivamente ossudos, mas que não possuem seu panículo adiposo em estado de sobrepreso. Hoje, a definição mais precisa e que mais se aproxima de uma realidade é mesmo o chamado percentual de gordura (normalmente medido após análise com bioimpedância ou mesmo um plicômetro, conhecido como adpômetro), medida a qual declara APENAS a quantidade de gordura presente naquele corpo, esquecendo de, por exemplo, fatores como a quantidade hídrica presente no corpo, o peso dos ossos e de outros tecidos etc.

Sendo assim, basicamente característica como um excesso de gordura corpórea armazenada, essa alarmante doença vem cada vez mais preocupando os principais centros governamentais que passaram a incentivar cada vez mais aspectos que fossem possíveis ao seu efetivo combate, como diretrizes de treinamentos, formas de se alimentar, propagandas e campanhas contra a obesidade, leis e imposições contra redes de produção alimentícia, sejam caseiras, de médio porte ou industriais, criação de parques e espaços para a atividade física, contratação de novos profissionais e assim por diante. E, como quase toda doença, a obesidade pode ser devidamente evitada, sendo a prevenção o melhor método de não cair neste ciclo vicioso.

E uma coisa eu vou falar para vocês, mesmo com todo esse investimento do estado para tentar controlar e combater a obesidade, esta é uma doença que só cresce a cada dia. As pessoas ainda assim não estão totalmente conscientizadas dos risco e ao que me parece essa batalha do estado ainda esta longe de ser ganha, infelizmente!

Os multifatores causadores da obesidade

Como dito, introdutoriamente, a obesidade pode e de fato é gerada não apenas por um único fator, mas por um conjunto deles, os quais unidos fazem uma verdadeira bagunça em um indivíduo portador dessa doença.

Apesar desses fatores, que iniciam-se desde os psicológicos, físicos, metabólicos e sistêmicos, fatores como o meio ambiente e a interação do indivíduo com ele também são de extrema importância no desenvolvimento da obesidade ou a sua posição perante ele, o que mais indica como principal raiz dessa gênese é a superalimentação, ou seja, os excessos alimentares e/ou alimentação inadequada.

Esses hábitos inadequados a quaisquer seres humanos tem se tornado tão frequentes e evidentes que, fizeram com que a obesidade se tornasse algo considerado normal. Hoje, uma pessoa magra é tida como desnutrida, ou longe de estar em boas condições de saúde e, pessoas com excesso de peso ou mesmo que encontram-se um pouco acima do peso, são tidas como “saudáveis”, “cheias de saúde” e assim por diante, quando, na realidade, o peso é um dos fatores que indica boa saúde (assim, para mais ou para menos, ele estará inadequado, concorda?), não sendo parâmetro para esse tipo de julgamento.

Esses hábitos passados de geração em geração, mais precisamente nos últimos 50 anos são provavelmente piorados com toda a interação mídia-pessoa o qual também cresce dia-a-dia. Apesar de iniciar a obesogênese, há 50 anos atrás, não se tinha veículos de comunicação a todo vapor como se tem hoje em dia e tampouco estratégias de marketing exorbitantes, o que fazia com que a situação não fosse tão agravante. Por exemplo, uma criança a qual não passava horas na frente da televisão, pouco tinha como ver propagandas desse ou daquele “alimento” que satisfaz suas condições ou que é “mais divertido”. Assim, mesmo quando, esporadicamente fazia uso desses, o valor energético ingerido, bem como os pífios nutrientes eram por vezes superados ou contrabalanceados pela prática ativa de vida, visto que naquela época as crianças brincavam mais na rua do que em casa com vídeo-games.

Em diretrizes gerais, ao que parece, existem dois fatos os quais podem agravar um país em seu contexto geral perante a obesogênese:

O primeiro deles é o seu alto desenvolvimento tecnológico. Este fará com que a inserção de escadas e esteiras rolantes, carros, elevadores, transporte público, controles remotos e coisas automatizadas sejam maiormente utilizadas, deixando a movimentação corpórea em níveis longe dos ideais.

Esses países ainda, tenderão os maiores ritmos de trabalho, ou seja, poupando indivíduos da orientada prática de atividades físicas e, ainda, para agravar, necessitando de menos tempo investido em preparo de alimentos ou, simplesmente, cozinhando, inserindo assim cada vez mais em sua rotina alimentos pré-preparados, prontos, liofilizados e com todas aquelas porcarias as quais já conhecemos bem. Esse é o caso do EUA, que inclusive, apresenta a maior população obesa do mundo.

O segundo deles é a baixa renda. Isso porque, pela falta de renda, normalmente tem-se um país com baixa educação e, por conseguinte, baixa informação também. Essa baixa renda ainda, faz com que alimentos de baixo custo (farináceos, grãos simples, açúcares e outros) sejam os mais procurados e, como bem sabemos, hoje, alimentar-se bem (não só em termos quantitativos, mas qualitativos) tem se tornado cada vez mais caro.

Como podemos ver, esses são apenas alguns dos fatos os quais podem dar início a uma situação de obesogênese…

Causas menos típicas da obesidade

Como citado, a superalimentação é o principal fator associado com a obesidade, entretanto, não é o único. Existem outros fatores os quais podem ser considerados como originários de uma possível obesidade.

O primeiro deles é o fator hormonal, sendo causado por algum tipo de distúrbio. Esses distúrbios normalmente estão associados ao hipotálamo, que pode causar doenças desde as que estão associadas ao não envio de sinais de saciedade ao cérebro, distúrbios e compulsões alimentares, preenchimento de sensação de vazio causada por queda de serotonina (produzida no intestino), dopamina ou outro neurotransmissor/hormônio etc.

Mas ainda, temos os fatores relacionados com a glândula tireóide, responsável pelo metabolismo como um todo, por seu controle e velocidade.

Existem ainda, fundamentos os quais apontam doenças transmissíveis por bactérias específicas, coisa a qual ainda não obteve comprovação científica total e passa por estudos.

Efeitos da obesidade

A obesidade assim como outras doenças, acabam por trazer alguns efeitos e problemas para a nossa vida cotidiana, efeitos esses que podem se tornar complicações e acabarem por desenvolver outros tipos de doenças, como:

  • Pressão alta;
  • Diabetes;
  • Problemas nas articulações;
  • Dificuldades respiratórias;
  • Gota;
  • Pedra na vesícula;
  • Hipertensão arterial;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Apneia do sono;e
  • etc.

Por isso o controle e o tratamento da obesidade é algo que não deve ser deixado de lado e deve ser levado muito a sério, afim de que uma doença facilmente tratada não vire algo pior e acabe trazendo doenças que não tenham cura.

Tratamento da obesidade

Primeiro para tratarmos da obesidade, necessitamos saber qual foi o motivo que nos levou a chegar nesta doença. Como citado acima, muitos são os motivos que podem nos levar a obesidade e tratar de uma doença sem saber quais os motivos da mesma, não irá adiantar de nada.

Como na maioria dos casos a obesidade se dá pela superalimentação, a maneira mais simples de tratar neste caso é organizando a alimentação, balanceando-a e comento corretamente. E a maneira mais rápida de conseguir isso é procurando um nutricionista. Nessa caso de superalimentação, aliar uma boa alimentação a exercícios físicos, como a musculação, é fundamental para que possa mudar o quadro de obesidade, para um quadro de ganho de massa muscular e corpo saudável.

O uso de medicamentos também pode lhe ajudar no controle e diminuição da obesidade. Porém este método deve ser sempre acompanhado por um médico, pois os remédios acabam sendo fortes e trazendo alguns colaterais que podem ser bem fortes, dependendo da pessoa. Colaterais estes que podem ser: insônia, boca seca, batimentos acelerados, aumento da pressão sanguínea e etc. Outro colateral bastante perigoso é acabar ficando refém do uso de medicamentos e se tornar um dependente.

Para casos de obesidade grave e que estão realmente a afetar a saúde em um nível de risco de vida, existe a cirurgia bariátrica. Essa só será passada por um médico que constante que você já tentou outros métodos e não conseguiu diminui sua gordura, sendo assim a ultima opção, a cirurgia.

Obesidade X esportes

Mas, o que dizer de indivíduos que através do aumento de gordura corpórea proposital, buscam performance em sua prática desportiva? Será que estes apresentam os mesmos riscos de um indivíduo que simplesmente está acima do peso?

Esportes como o sumô, o strongman, o powerligting e o weightlifting muitas vezes exigem muito de seus atletas e inclusive modificações corpóreas, como o aumento da gordura corpórea. Entretanto, esse proposital aumento deve ser cuidadosamente feito, para que a gordura aumentada seja do tipo marrom, ou seja, que subcutânea, facilmente utilizada como energia e não visceral, que normalmente está associada com todos os outros problemas os quais conhecemos.

Atletas assim, apresentam-se dentro de esportes os quais necessitam de uma flexibilidade muito grande. Quem já parou para avaliar o desempenho de um lutador de sumô fora das lutas, ou de um powerlifting como Chaid Aichs fazendo abertura zero, sabe bem sobre o que estou falando. Esses atletas possuem uma exímia e eficaz flexibilidade, ou seja, minimizando assim impactos articulares e outros problemas no sistema locomotor.

Obviamente, a prática desportiva nesse nível não é algo 100% saudável, visto que quaisquer aumentos de índices de obesidade NÃO são saudáveis ao corpo. Mas é aí que temos de traçar um balanço preciso entre saúde e prática profissional do esporte, colocando na balança os fatores negativos e positivos, antes de tomar nossas decisões.

Doenças quem podem vir junto a obesidade

Conclusão:

A obesidade é uma doença não transmissível originada de inúmeros fatores que envolvem desde o caráter físico, até o emocional, psicológico e outros tantos. Fortemente influenciada e, na maioria das vezes, causada por hábitos inadequados, ela apresenta-se como uma das doenças de maior crescimento e, portanto, possui certa relevância em sua prevenção.

Portanto, tendo ou não as melhores informações, minimamente devemos saber que a obesidade não é algo saudável e que necessita ser evitada ao máximo. Estratégias individuais, assim poderão ser elaboradas e executadas a fim de obter uma vida com mais êxito, saúde e qualidade.

 

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