Artigos sobre o que comer, bons alimentos para praticantes de musculação, alimentos essenciais para obter bons resultados, nós já estamos cansados de ler. Quase todo dia um blog ou site diferente posta um artigo assim e isso a maioria de nós já sabe. Aqui mesmo, neste site, temos vários artigos deste naipe, basta procurar que você irá achar. Resolvi escrever um artigo um pouco diferente, que não fale sobre o que é bom para praticantes de musculação, mas fale sobre o que é dispensável em uma dieta.

É natural que sempre busquemos comer de tudo, principalmente quando estamos em bulking (fase de crescimento). Porém nos últimos anos temos visto uma grande onda de restrições alimentares, como “não coma glúten”, “não coma lactose”, temos visto também uma grande onda de “superalimentos”, onde tudo deve ser feito com derivados desses “superalimentos” e assim por diante.
Hoje iremos desmistificar alguns desses alimentos e propor não uma exclusão da dieta, mas uma dispensa, uma vez esses NÃO são primordiais e poderão acarretar prejuízos financeiros evitáveis.
Indice / Sumário
1- Farinha e semente de linhaça
A linhaça é um bom alimento. Na verdade, o óleo de linhaça é a melhor parte desse alimento. Mesmo não sendo convertido em DHA e EPA, que são os ácidos graxos mais importantes derivados do ômega-3, a linhaça é um dos alimentos de origem vegetal com maior teor de ômega-3, mesmo que convertido mais tarde em EPA. O EPA possui propriedades antioxidantes e se consumido em porções MODERADAS na semana, pode apresentar benefícios.

Entretanto, a semente e a farinha de linhaça são alimentos totalmente dispensáveis na dieta, a não ser em casos bem específicos. Além de custarem relativamente caros, esses dois alimentos da linhaça não são muito bem absorvidos no corpo e por não conseguir extrair o óleo presente nesses alimentos (devido as enzimas não conseguirem contato com seu substrato), o corpo perde os benefícios do ômega-3.
Dessa forma, passa-se a aproveitar unicamente as fibras alimentares do alimento, algo que se pode obter com outros alimentos e de maneira muito mais barata. Portanto, desconsidere esses alimentos.
Se você REALMENTE quer obter os benefícios do ômega-3, então deve considerar o uso de peixes de água profunda como a sardinha norueguesa, o salmão e outros peixes como o atum e o pescada.
2- Pães sem glúten
O glúten se tornou um vilão das dietas e ninguém ainda soube bem explicar o porquê. Com exceção de indivíduos celíacos, não há quaisquer estudos científicos conclusivos capazes de demonstrar algum tipo de prejuízo dessa proteína para o corpo humano.
Muitos alimentos de alta densidade energética, como pães, macarrão de trigo, o trigo, bolachas, torradas e muitos outros possuem glúten em sua composição. O que ocorre, quando o glúten é associado ao ganho de peso, na realidade, é o consumo em excesso desses alimentos que, não por possuírem glúten, mas por possuírem alto teor energético, começam a acrescentar calorias extras na dieta que resultam no ganho de peso. Logo, o que ocorre se retirarmos esses alimentos da dieta? Perda de peso.

Porém, há muitas pessoas que não compreendem isso e então passam a retirar alimentos com glúten da dieta (que já não costumam lá ser muito baratos) por alimentos ainda mais caros que não contenham glúten como pães, macarrão e outros sem glúten.
Em especial, se falando dos pães, esses são os maiores odiados da luta contra o glúten. Porém, esses mesmos alimentos sem glúten possuem um valor extremamente mais caro. Além disso, possuem impacto glicêmico normalmente mais alto pela presença de farinha de mandioca, milho, arroz etc e menor teor de fibras alimentares. O teor de lipídios deles é mais baixo, contribuindo para esse impacto glicêmico ser ainda mais alto e perdendo os benefícios de alguns ácidos graxos ao corpo. Mesmo os pães dessa natureza que possuem adição de alimentos como abóbora, batata doce, esse ou aquele ingrediente extra, estão com estes em baixas quantidades ou até mesmo em quantidades insignificantes. Portanto, isso não é algo que deva ser levado em consideração.
Em suma, os pães que são livres de glúten não apresentam quaisquer vantagens ao praticante de musculação ou a quaisquer indivíduos que não apresentam doença celíaca.
Procure consumir pães os mais integrais possíveis, bem como pães com bons teores de fibras e sem adição de açúcar e isso já é o suficiente.
Aprenda mais sobre o gluten na alimentação do praticante de musculação: https://dicasdemusculacao.org/gluten-aliado-ou-vilao-para-o-praticante-de-musculacao/
3- Leites sem lactose
A moda de retirar a lactose da dieta por conta de possíveis retenções hídricas e mesmo por “engrossamento de pele” tornaram-se presentes na sociedade moderna. Entretanto, esses fundamentos pouco tem de realidade e evidências científicas, tratam-se de ACHISMOS.

Os alimentos com lactose devem sim ser retirados da dieta em casos de intolerantes à lactose ou alérgicos a proteínas do leite. Um segundo caso desta retirada é uma doença chamada de galactosemia, que trata-se de uma intolerância gravíssima a uma das moléculas que constitui a lactose, a galactose. Com exceção desses indivíduos, não há qualquer motivo para a retirada desse nutriente da dieta, tanto porque esses alimentos que contém lactose possuem outros nutrientes essenciais para o corpo, como o cálcio, a vitamina D3, vitaminas do complexo B, vitamina A, fósforo, entre outros.
Esses são ainda, fontes de proteínas de ALTÍSSIMO valor biológico, com ALTÍSSIMA biodisponibilidade e bem aceitos pelo corpo. No entanto, os alimentos (leites) derivados de vegetais perdem essa vantagem por completo, além de custarem mais caro.
Portanto, consuma de maneira adequada e equilibrada esses alimentos, otimize seus ganhos e forneça melhores nutrientes a seu corpo.
Importância do leite para o praticante de musculação: https://dicasdemusculacao.org/dica-rapida-tome-leite-e-construa-musculos/
4- Requeijão e patês
Os chamados de “requeijão” ou, simplesmente, aqueles queijos pastosos quase líquidos de copinho os quais passamos nos pães, torradas e afins, são alimentos que parecem atrair olhares dos mais diferentes adeptos ao mundo fit, sejam eles homens ou mulheres. Não é a toa que frequentemente observamos pessoas que os utilizam em seus lanches ou mesmo em algumas preparações alimentares.
Esses pseudoqueijos são uma mistura de um monte de compostos, adicionados de partes do leite o qual dão toda aquela textura ao alimento. Entretanto são extremamente ricos em sódio, gorduras, impurezas e não apresentam bons teores proteicos. Mesmo as versões light não tem benefícios a acrescentar na dieta, tornando-os totalmente dispensáveis na dieta e acarretando apenas custos elevados, pois não costumam ser baratos também.

Se você é daqueles indivíduos que não vive sem queijo (o que não tem nada de mal), opte por outros queijos de verdade, como os queijos gordos: o provolone, gorgonzola, brie e os próprios queijos mais magros: o queijo cottage ou o tipo cottage. Ricota também é ótima opção nessa categoria.
Já os patês são alimentos que normalmente envolvem alguma parte animal (fígado de animais), alguma carne mais comum (porco, frango, peixes) ou algum vegetal (azeitonas, tomate seco) com alguma pasta de origem mais gordurosa, podendo essa ser a maionese, algum tipo de óleo, creme de leite ou algo do gênero. Esses, também, mesmo na versão light estão longe de ser boas opções: ainda mais ricos em sódio, seus lipídios são em grande parte hidrogenados e o teor proteico do alimento é ridículo.
Entretanto, se você for capaz de viver sem queijos, mas não sem algo para “passar no pão”, tente optar por manteigas de amendoim ou amêndoas com baixo teor de açúcar e/ou xarope de milho, geleias sintéticas e/ou geleias diet (além das caseiras), entre outros. Além de ricos em gorduras insaturadas, esses alimentos possuem um teor conveniente de sódio e não são adicionados de muitos aditivos químicos e conservantes. O valor das manteigas supracitadas são próximos ao que se gastaria nos patês, porém as embalagens costumam vir com maior quantidade.
5- Atum, sardinha e outros peixes ENLATADOS
Atum, sardinha e outros peixes são alimentos extremamente saudáveis. Ricos em ômega-3 e outros ácidos graxos, com proteínas de alto valor biológico, fontes de iodo, ferro, fósforo e outros micronutrientes, esses são alimentos que deveriam estar pelo menos dia sim dia não na dieta de quaisquer indivíduos, principalmente se tratando daqueles que praticam atividades físicas. Em alguns países como os nórdicos, isso ate é possível, pelo cultivo local, entretanto no Brasil é praticamente inviável para a maioria dos brasileiros esse consumo, uma vez o custo desses alimentos ser extremamente elevado.
Independentemente disso, com a inserção da culinária oriental e a busca por práticas saudáveis de nutrição, o consumo de peixes tem sido bastante evidenciado. Peixes como o atum, o salmão ou mesmo a sardinha que custa pouco, até menos do que o próprio peito de frango, tem se tornado um tanto quanto habitual nas dietas.
Entretanto, o que a maioria das pessoas opta não é pelo consumo desses peixes in natura, em suas formas de filé fresco, mas sim por versões enlatadas, por praticidade ou mesmo preferência. Muitos se quer conhecem o filé de atum fresco e só consomem os enlatados.

Não quero dizer que os enlatados até não sejam uma opção, mas estão longe de ser BOAS opções e também são alimentos dispensáveis na dieta, nutricionalmente falando e principalmente financeiramente.
Com alto teor de sódio e, na maioria dos casos, sem a principal parte do peixe (que são as partes gordurosas, ricas em ácidos graxos essenciais), com aditivos e conservantes, esses acabam sendo alimentos sintéticos demais e apresentando mais malefícios do que benefícios, principalmente para indivíduos que sofrem de hipertensão arterial, problemas cardíacos, entre outros.
Para se ter noção de como esses são alimentos que financeiramente não valem a pena, em média compra-se uma lata de sardinha com 130g (drenado) por R$3,50. No entanto, o filé FRESCO de sardinha, que é um ótimo alimento, não costuma passar de R$25,00 o Kg. Dessa forma, apenas temos o trabalho de prepara-lo (grelhado, assado ou de outra forma) ao invés de “abrir a lata e comer”.
É necessário ter atenção em consumir sempre os alimentos da forma mais natural possível, garantindo seus benefícios e não adquirindo prejuízos simultaneamente.
Conclusão:
Chegamos ao final do artigo conhecendo alguns produtos que são muitos utilizados nos dias de hoje, inclusive por muitos praticantes de musculação, mas que são alimentos dispensáveis em nossa dieta. Seja por trazer prejuízos a ela, por não acrescentar nenhum tipo de benefício, por modismo ou por preço alto.
Em todos os casos existem substitutos melhores e mais baratos. Por isso, se você identificou algum alimento que esta presente em seu dia a dia, recomendo que faça a substituição, afim de economizar financeiramente e obter melhores nutrientes ao seu corpo.
Busque sempre orientação correta de alguém que possa te ajudar adequadamente e procure sempre estar atento aos detalhes de cada tabela nutricional. Conhecimento é poder!
Boa alimentação!
Vou ter que jogar tudo isso que tenho em casa fora? kkkkkkkkkkkkk
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Se quer bons resultados, basta apenas não consumir.
http://www.facebook.com/marcelosendonofficial1
No caso do atum, financeiramente acho que fresco é mais caro e mais difícil de encontrar. Pelo menos por aqui.
A duvida que sempre aparce que não é 100% saudável, mas nem 80% é?
Conservantes, o teor de sódio alto.
Também não sei qual opção é a menos pior: se é com água, óleo ou molho de tomate.
Sempre compro com óleo, tiro o excesso deixando bem sequinho. O em água acho que a quantidade de conservantes é maior e o óleo “protege” mais o atum de reações com a própria lata. Mas tudo isso é achismo e pesquisas que sei lá se são confiáveis.
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Não acho válido o enlatado. Se optar por ele, sempre em água.