Conheça os 5 piores alimentos para o praticante de musculação

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Utilizar o termo “piores” quando a referência são os alimentos, não é algo conveniente a se fazer uma vez que cada um possui suas devidas propriedades nutricionais, proporcionando assim aspectos que podem ser benéficos à saúde ou mesmo para algum objetivo específico. Se tratando de uma alimentação vasta, cabe então ao indivíduo saber dosar esses aspectos os quais possibilitarão que ele obtenha uma melhor qualidade de vida. Para isso, faz-se necessário não a restrição, mas a diversificação. Não a abstenção, mas o equilíbrio.

Apesar disso, alguns alimentos não são os mais indicados para bodybuilders ou pessoas que desejam obter bons resultados na musculação. Isso não quer dizer que esses alimentos não devam estar em sua dieta, mas sim, que eles possivelmente devem fazer-se presentes, caso haja necessidade, em menores quantidades. E então, vamos conhecer alguns deles?

1- Bebidas de arroz/cereais

As bebidas de arroz e outros cereais estão sendo extremamente popularizadas no Brasil nos últimos 2 ou 3 anos. Basicamente, essas bebidas emergem para o mercado de intolerantes à lactose, sendo portanto utilizadas em substituição do leite convencional. Assim, são lançadas bebidas saborizadas, bebidas com mesclas de oleaginosas, como a macadâmia ou mais comumente as amêndoas, com misturas de cereais e assim por diante.
O que poucos sabem é que essas bebidas, além de serem um investimento altíssimo, não possuem lá qualidades nutricionais muito boas, em especial para o praticante de musculação.
Riquíssimas em carboidratos oligossacarídeos ou mesmo simples, tais quais a glicose, a maltose, a sacarose, a frutose e outros, esses produtos ainda são acrescidos pelos carboidratos presentes na própria matéria prima, fazendo-os muito similar até mesmo a um “hipercalórico de baixa qualidade”, pasme! Pobres em teores proteicos, o que salvaria essas bebidas poderia ser, por exemplo, a presença de lipídios. Quando estes estão presentes, normalmente advém de óleos de soja, milho ou outros óleos de baixa qualidade nutricional.
Em substituição a essas bebidas, em especial aos intolerantes à lactose, pode-se utilizar leites com lactase, iogurtes e queijos a base de leite de ovelha e com lactase (apesar de caros, valem a pena!) ou mesmo as próprias bebidas de oleaginosas, como o chamado “leite de amêndoas”, mas que infelizmente não são encontrados em sua forma pura no mercado brasileiro.
Portanto, caso você ainda insista no consumo dessas bebidas por prazer, lembre-se: Moderação!

2- Extrato de soja

Nos últimos anos tem aumentado muito o consumo desses “leites de soja”, que na verdade são bebidas a base de soja texturizada. Isso se deve ao negativo patamar o qual deixaram o leite de vaca, que hoje em dia vem sendo martirizado pela maioria dos médicos e nutricionistas do Brasil e talvez do mundo.
Essas bebidas apresentam inúmeros aspectos negativos os quais podem ser destacados: A presença de sacarose ou outros açúcares, a presença de altos teores de sódio e um dos piores deles, a própria proteína texturizada de soja! Essa proteína é associada com inúmeros malefícios à saúde, entre eles destacam-se a descalcificação óssea (em especial no público feminino), presença de isoflavonas e outros que podem ser relacionados com o aumento do estrógeno (tanto em homens quanto em mulheres), queda dos níveis de testosterona entre outros.
Muitas pessoas costumam utilizar essas bebidas em adição de suplementos como o whey protein e a caseína que possuem um altíssimo grau de eficiência, pureza e JAMAIS devem ser misturados com este tipo de bebida, a meu ver.
Para o praticante de musculação, esta é uma bebida que eu não recomendo, nem com moderação. Se você a utiliza, retire de seu cardápio.

3- Hambúrgueres industrializados

Você é fã de hambúrgueres? Se a resposta for sim, então, a maior recomendação que pode ser feita é: Faça os seus!
Sim, hambúrgueres podem ser ótimos na dieta, ao paladar, a praticidade e versatilidade. Entretanto, hambúrgueres caseiros de verdade! Fuja desses hambúrgueres congelados que o mercado tanto oferece. Na maioria das vezes, quando consumimos esse tipo de alimento, na realidade, não estamos consumindo de fato a carne que tanto queremos, mas uma mistura de porcaria com um pouco de sal e conservantes. Isso, sem contar as adições de proteína texturizada de soja, comentada anteriormente.
Para se ter noção, fazendo um hambúrguer caseiro com carne a 6% de gordura conseguimos uma margem de 21-25g de proteínas para 5-8g de lipídios. Além disso, conseguimos adicionar temperos e sal a nosso paladar, suficientes e sem exageros. Temos a praticidade de utilizar quais carnes quisermos, variando desde as bovinas e suínas magras até carnes de aves como o frango e o peru.
Entretanto, um hambúrguer industrializado fornece em torno de 11g de proteínas, 10-12g de lipídios e quase (ou mais) meio grama de sódio e mais uma pancada de conservantes que mais tornam o produto “a base de formol” do que outra coisa. Resumidamente, um real absurdo à saúde humana e ao bodybuilder!

4- Cereais matinais

A menos que você more no exterior, JAMAIS opte por cereais matinais no Brasil. Infelizmente esse é um país ainda neném nos quesitos de hábitos alimentares. Enquanto nos países desenvolvidos, além de uma diversidade de cereais muito maiores possíveis a serem consumidos, conta-se com a presença de inúmeros alimentos do gênero dedicados a necessidades nutricionais específicas, tais quais a ausência de açúcar, a presença de fibras alimentares entre outros, no Brasil, o muito que se tem é o cereal de milho sem açúcar, mas adivinhem… lotado de sódio e adoçantes!
Logicamente, isso não quer dizer que uma vez ou outra você não possa trocar aquele tanto de aveia por um cereal um pouco menos “fugitivo da dieta”, mas isso não deve ser feito com frequência em hipótese alguma.
Mesmo as granolas, popularizadas como “saudáveis” e “sem adição de açúcares”, representam uma grande CILADA: Possuem uma tonelada de mel ou maltodextrina, tornando o produto tão ruim quanto os cereais tradicionais e custando um valor muito mais caro pela pura propaganda!
Em sua primeira refeição procure fontes mais convenientes de carboidratos, tais quais a aveia, o creme de arroz ou milho e que tal um belo sanduíche integral? – Apesar do pão integral ainda ser um problema no Brasil, existem algumas opções razoáveis. –

5- Embutidos

“E antes do treino eu como um lanche integral com peito de peru…” Toda vez que ouço essa frase, tenho tremores. Não vou dizer que em alguns casos específicos o peito de peru ou mesmo alguns outros embutidos, como o presunto magro, o lombinho magro ou até mesmo o rosbife, não possam ser funcionais e aplicáveis na dieta de um praticante de musculação. Porém, se você utiliza essas como fontes primordiais de proteínas na dieta ou deixa de utilizar carnes magras, peixes, ovos, frango ou mesmo peru (que não seja embutido) para utilizar essas coisas industrializadas, então deve repensar em seus conceitos sobre alimentação.
Representando um grupo de alimentos com ALTÍSSIMO teor de sódio, com muitos conservantes, uma mistureba de vestígios e sobras de carnes diversas, muitos aditivos de sabor, gordura hidrogenada e, em alguns casos, gorduras e proteínas de soja texturizada, esses são alimentos que somente devem entrar na dieta esporadicamente ou em quantidades extremamente moderadas como uma ou duas fatias em um omelete ou mesmo em uma bela macarronada, em substituição de coisas que seriam piores como pedaços de bacon ou mesmo linguiça.  – Aliás, a salsicha, a linguiça e outros entram na categoria dos embutidos, mas devem ser BANIDOS da dieta. E, nesse caso, BANIDOS, ao extremo! Mesmo as versões light apresentam-se como um dos piores alimentos existentes na face da Terra! –
Entretanto, você deve saber escolher bem os tipos de embutidos que irá utilizar e como irá realizar o preparo: Fuja dos que possuem altos teores de gordura, procure dessalgar previamente esses alimentos (basta deixar de molho por uns 30 minutos em uma bacia com água limpa e potável), opte por opções light, fuja dos embutidos que possuem pedaços de gordura adicionados, acrescente esses alimentos em preparações que possuem pouco sódio como saladas, em substituição do tempero e assim por diante.
Utilizar a criatividade é fundamental para driblar os malefícios desses alimentos.

Conclusão:
Iniciar uma dieta é escolher um estilo de vida o qual possa ser mantido por uma continuidade prolongada. Desta forma, observa-se que dietas extremas quase nunca funcionam, simplesmente pelo fato de não serem viáveis e tampouco fáceis de serem mantidas durante bons períodos. Entretanto, doutrinando pouco a pouco o corpo conforme os seus objetivos e conforme a dieta requerida para eles, fica fácil adquirir hábitos saudáveis de vida os quais podem ser facilmente mantidos.
Desta forma, alimentos tidos como “piores” podem entrar com bastante moderação na dieta, optando por alimentos tipicamente recomendados e que apresentarão melhores resultados frente à estética e à saúde!
Saiba ler rótulos nutricionais e buscar sempre informação e orientação adequada. Isso também é fundamental!

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