Conheça um pouco da História do Fisiculturismo

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A musculação é um esporte originado desde os anos 40 com o levantamento básico de peso. Contudo, podemos ter referências da mesma a 4500 anos a.C. com os egípcios que já apresentavam homens que levantavam pesos. (Ainda acredito que a força é exigida desde o homem das cavernas, para sua própria sobrevivência.)

Milon de Cotona, grego, por sua vez, demonstra os métodos mais antigos de treinamentos (o mesmo foi vencedor por seis vezes dos jogos Olímpicos).

A história conta que esse homem era capaz de comer 57mil kcal por dia, sendo em média 9kg de carne, 10 litros de vinho e mais 9kg de pão.

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Além disso, a lenda (ou história) conta que o mesmo era capaz de matar um Boi com as próprias mãos e, acredite se quiser, comê-lo sozinho.

Em 1896 aconteceram os primeiros Jogos Olímpicos modernos, tendo como representantes no levantamento de peso com duas e uma mão respectivamente, o dinamarquês Viggo Jansen e o britânico Launceston Elliott que começou a exibir o físico para capas de revistas, gerando escândalos e impossibilitando a repetição da categoria de prova nas Olimpíadas seguintes em 1900, retornando apenas em 1904, na França.

O levantamento de peso até então não era considerado um grande esporte e sim, mais uma forma de exibição, contanto com nomes fortes da época como Louis Attila, Eugen Sandow e Charles Samson.

Na mesma época, Attila fundou um ginásio onde treinava atletas e, mais tarde, em um confronto com Sandow, foi derrotado e o vencedor ficou conhecido como o “Aristocrata dos culturistas“.

Eugen fez sua reputação em quase toda Europa e em 1890 na América, foi coroado como o homem mais forte do mundo, além de ficar conhecido pela sua ótima forma física.

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Eugen Sandow lucrou muito com isto, vendendo barras, pesos, revistas, artigos e outras informações pertinentes a área.

Mas a musculação ainda era considerado um esporte exclusivamente de força, na medida em que a exibição dos corpos, avaliação de simetria e outros aspectos visíveis eram minimamente notados.

Por volta dos anos 20 e 30, começou-se a especular que o treinamento físico e a saúde estavam relacionados. Se por um lado, atletas como Louis Cyr apresentavam corpos “gordos”, porém fortes, por outros lado, atletas como Sigmund Klein buscavam um físico mais simétrico, definido e proporcional.

E isso fazia com que a atenção para o corpo em si fosse ainda mais voltada. Todavia, o conhecimento dos culturistas da época ainda era pouco e eles estavam aprendendo muito consigo mesmo e, claro, com as gerações anteriores.

Foi em 1939, por intermédio da Amateur Athletic Union que foi criado o Mister América, em Chicago, onde competidores de diversas modalidades exibiam seus físicos. O vendedor tinha nome: Ronald Essmaker.

Em 1940 foi então produzido o primeiro campeonato de fisiculturismo, propriamente dito e, John Grimek foi o vencedor exibindo um corpo muito melhor do que dos anos anteriores com tamanho, simetria e definição.

Nos anos seguintes em 40 e 50, surgiram novos nomes como Clarence Ross, Reg Park e Steve Reeves. E é incrível notar a evolução que ocorreu nesse espaço de tempo.

As condições da combinação entre tamanho, volume, densidade e definição eram muito melhores. A região abdominal apresentava gomos maiores e definidos. As pernas eram mais densas e marcadas.

Nos anos 60, 70 e início de 80, procederam talvez o início da era dos melhores fisiculturistas do mundo. Na época, possuindo muito mais conhecimento, nomes como Larry Scott, Frank Zane e Arnold Schwarzenegger fizeram uma época de outro com físicos jamais vistos, descobertas jamais feitas e uma individualidade própria na maneira de treinar, comer, usar esteroides (o que infelizmente gerou alguns problemas para alguns deles) e descansar.

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Apesar de pra época, possuírem ótimo conhecimento, ainda aprendiam muito na prática e, claro com seus próprios corpos.

Aliás, estes eram corpos incríveis para o que se tinha na época. Conhecidos principalmente por suas proporções de cintura e troncos largos, marcaram presença apresentando o fisiculturismo para o mundo todo.

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O final dos anos 80 e início dos anos 90 foi iniciado pela chamada era “freak” com nomes marcantes como do inglês Dorian Yates, do americano Ronnie Coleman e do alemão Nasser El Sonbaty.

Físicos extraordinariamente grandes, densos e definidos. Talvez, exageradamente para muitos. O progresso no conhecimento de dietas, treinos e o estudo que se obtinham, eram fatores primordiais para tal “exagero”.

Além disso, essa época ficou conhecida pelo uso e abuso de esteroides anabolizantes. Era visivelmente claro que o uso era tremendo. Mas logicamente, não era o fator mais importante. O Extremo era levado a tudo: alimentação, descanso, treinamento…

A era Freak foi evoluída nos anos 90 e anos 2000. Com estudos avançados e conclusões cientificamente melhores foi e é possível nos dias de hoje, ter-se tanta informação e cada vez mais gerar físicos completos e otimizados, “obedecendo” o padrão da época em que se vive…

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