Copiar dietas e treinos nunca foi uma boa dica…

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Para todos que tem um pouco mais de 15 anos, falar sobre a infância é algo um tanto quanto engraçado… Mas, certamente, você vai lembrar-se de quando sua mãe, ou até mesmo um adulto dizia que não era nada legal copiar as coisas na escola, não é mesmo?

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As justificativas eram inúmeras; desde o não aprendizado, a auto-enganação, até o comodismo por não buscar suas próprias informações, referências e, claro, conclusões.

E conforme o tempo foi se passando, você deve ter percebido que isso não se tratava de mais uma verdade que os mais experientes lhe diziam. E aos que seguiram, parabéns!

Pois bem, mas isso não vale unicamente para a vida ou, como dito, para a escola. Isso vale para diversos outros aspectos, inclusive no que se diz respeito à nutrição e métodos de treinamento para o fisiculturista. Tudo bem, vamos explicar isso um pouco melhor:

Assim como um dia você sonhou em ser como o primeiro aluno da sua turma ou, o “preferidinho” (se você foi, meus parabéns, novamente), você que treina, provavelmente também sonha em alcançar um corpo dos sonhos, principalmente se tem alguma inspiração.

 

Tal inspiração pode ser desde um modelo fitness até mesmo grandes nomes do fisiculturismo profissional como Ronnie “Big” Coleman ou Lee Priest. Porque não Lee Haney ou Flex Wheeler? E, seja qual for essa inspiração, ser como essa pessoa, necessitará de esforço. Porém, esse esforço todo que deve, de fato, existir, não deve ser entendido como cópia. Aliás, deve ser tido bem longe disso.

Assim como na vida, possuímos qualidades, defeitos e individualidades biológicas. E, quando falo em individualidades, me refiro não unicamente ao lado psicológico, racional e sensitivo da coisa, mas também a parte física, motora e, obviamente, genética.

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Talvez o método de estudo para alguns deve ser mais ou menos intenso, enquanto para outros, o processo é totalmente inverso. O mesmo se aplica a nutrição e treinamento. Alguns respondem com mais ou menos treino, com mais ou menos comida, com um ou outro tipo de treino, com uma ou outra forma de distribuição de nutrientes e refeições durante o dia e por aí segue uma lista tremenda.

Querer ser como sua inspiração é ótimo, pois devemos sim ter um alvo, mas querer ser ela é, simplesmente, impossível. Tanto porque se cópias desse muito certo e funcionassem igual para todo mundo, teríamos um Mr. Olympia em cada esquina. E, digo, coitado dos Mr. Olympia que teriam sua rotina vigiada o tempo todo pelos fiéis seguidores ou “wannabe”.

A grande verdade é que estamos falando do corpo humano, a máquina mais complexa e irregular (de pessoa para pessoa) que já se conheceu. O corpo humano não é como uma produção em massa de carros, onde o processo para o mesmo modelo é exatamente o mesmo. Nós sofremos modificações desde o primeiro instante de vida, ainda dentro do útero materno, até o último suspiro que damos antes de morrer. Genótipos e fenótipos influenciam bruscamente na vida inteira, em fatores externos e ambientais abrangidos pela sociedade composta por… humanos, isso mesmo!

Falando do corpo humano, devemos ter em mente que nada, absolutamente nada é 100% igual em todos os indivíduos. Até mesmo as funções fisiológicas básicas, como a respiração e a digestão, podem e sofrem algum tipo de alteração em todo o seu processo. E, se somos tão diferentes, porque então copiar algum tipo de rotina de algum atleta profissional ou, simplesmente, não levar em consideração suas próprias necessidades individuais?

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Por mais que X ou Y rotina, seja de alimentação, seja de treino ou até mesmo de descanso e periodização tenha dado certo para um atleta e, pasme, para qualquer pessoa, isso não dá indício algum de que vai, de fato, dar certo pra você. Aliás, devo dizer que na maioria dos casos não só não surtirá efeitos, mas poderão resultar em erros, muitas vezes irreversíveis como lesões, problemas de saúde e muitos outros.

Mas é mais do que comum vermos pessoas que simplesmente não entendem ou negligenciam essas informações e insistem em copiar aquele ou aquele outro tipo de rotina, sem levar em consideração o tipo de objetivo, biótipo, uso ou não de fármacos, tempo de treinamento, sinergia muscular e fatores que dariam uma ou duas páginas para explicar, mas que não são o foco deste.

Você acha que a rotina de um atleta que treina profissionalmente a 10 ou 15 anos é a mesma de um esportista que treina a 2 anos? COM CERTEZA não!

Conclusão

O ideal é que cada um tenha sua rotina individual, levando em consideração, obviamente, suas necessidades individuais. Estude-se e tenha acompanhamento profissional para otimizar seus ganhos e entender melhor o seu próprio corpo. Esta sim é a maneira mais correta para se obter bons ganhos. Seja individualista neste ponto e saiba entender a si mesmo e não entender-se através do que acontece com o outro.

Bons treinos!