Dica rápida: Excesso de vitaminas NÃO gera ganhos

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As 18 vitaminas existentes, são compostos orgânicos, ou seja, constituídas por elementos químicos orgânicos, tais quais o carbono, o hidrogênio, o oxigênio que, entre suas principais funções para o corpo humano, atuam como co-fatores metabólicos , ou seja, através de sua estrutura química ligada a algum tipo de proteína (normalmente enzima, sendo conhecida, neste caso como coenzima) ou algum composto, fazem com que seja possível que o mesmo desempenhe (ou seja impedido de desempenhar, no caso dos antioxidantes que se doam elétrons para a estrutura química de compostos que possuem radicais livres) sua função adequadamente. Elas recebem esse nome, pois, além de não serem digeridas pelo ser humano (não representando assim função energética ou tampouco fornecendo quaisquer calorias), possuem sua parte ativa ou, conhecida como funcional, justamente na porção “amina” presente em sua estrutura química. Apesar do nome que receberam, não são todas as vitaminas que necessariamente possuem sua parte ativa na região amina.

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As vitaminas podem ser totalmente ou parcialmente produzidas em nosso corpo, entretanto, sem sombra de dúvidas, é através da dieta a qual fornecemos a maior parte delas ao corpo, com uma grande exceção que se deve lembrar, a qual é a vitamina D, obtida através dos raios solares UV e outros fatores também.
Entre algumas classificações que podem ser dadas, pode-se citar a referente à solubilidade ou insolubilidade em água das mesmas, ligando o fato de que isso influenciará mais ou menos nos níveis de excreção/armazenamento delas. Por conseguinte, isso está diretamente associado ao que iremos tratar.
Apesar da tremenda importância das vitaminas para o ser humano, por boas razões e, até que convenientemente, elas são necessárias em quantidades pequenas e/ou mínimas, além de que algumas delas podem ser armazenadas em nosso corpo, principalmente as de caráter lipossolúvel. Essas características, por um lado, representam uma vantagem e por outro, desvantagem: A vantagem é que, podemos não consumir algumas vitaminas diariamente e, mesmo assim não estaremos em deficiência das mesmas. Já a desvantagem é que algumas vitaminas podem ser tóxicas se estiverem em quantidades altas em nosso metabolismo (e, normalmente isso também ocorre com as vitaminas lipossolúveis). Por conseguinte, dificilmente temos condições de avaliar precisamente o quanto estamos ou não tendo de efetividade não só no aproveitamento das vitaminas, mas também, em sua metabolização e, posteriormente em suas funções ativas no corpo. Assim, é mais do que fundamental ter cuidado ao consumo das mesmas.
Devido a forte influência cultural que sempre envolveu o consumo vitamínico, dando ênfase a “quanto mais, melhor” e superdosando indivíduos pelos quais eram induzidos a esse alto consumo, elas se tornaram sinônimos de apresentar unicamente benefícios. Mas, na prática e com os estudos mais modernos, sabe-se que isso é uma grande inverdade.
Em primeiro lugar, as vitaminas e minerais obtidas de forma natural, ou seja, através da alimentação dificilmente trazem algum tipo de toxicidade, na medida em que, o seu valor de aproveitamento no corpo, além de não ser total, é muito mais propenso a interagir com fatores negativos à ela, comprometendo, por exemplo, sua absorção. Porém, os suplementos vitamínicos que normalmente são compostos de vitaminas e minerais quelados (uma substância, quando quelada, basicamente significa que está ligada a outra, fazendo com que sua estabilidade, sua absorção e metabolização e sua estruturam fiquem mais “firmes” e o aproveito da mesma teoricamente fica melhorado) os quais são ingeridos com o intuito de suprir possíveis necessidades que, talvez não existam. Se, mesmo com uma bateria de exames altamente preciso não conseguimos identificar exatamente o quando podemos ter de aproveitamento ao ingerir uma vitamina, seja ela lipossolúvel ou hidrossolúvel e, claro metabolização, então, mais difícil é ainda, por conta própria querer ou achar que se sabe disso. E, mesmo quando identificada por um profissional, encontra-se, na maioria dos casos, um estágio de médio para avançado pela (s) deficiência (s), o que, aí sim, começa a ser algo sintomático e aparente.
Portanto, a forma mais consciente que se tem para não entrar em défcits não é necessariamente usando esses suplementos, mas propondo uma ampla e larga variabilidade dietética diariamente. Algo que sim, requer tempo, requer paciência, mas, não terá erros.

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É bom deixar claro que a hipervitaminose ou, excesso demasiado do armazenamento de vitaminas NÃO contribui em nada para o anabolismo ou para a perda de gordura. Aliás, alguns estudos ainda os apontam como antagônicos a este processo.

Mas afinal, quais são os grandes problemas de uma hipervitaminose?

Diria que diversos e impossível de mencionar todos aqui. Todavia, os colaterais mais comuns em uma hipervitaminose são:
– Diarréias; Problemas gastrointestinais; Sobrecarga hepática; Sobrecarga renal; Escoburto; Hemorragias; Problemas cardiovasculares; Problemas no sistema nervoso; Câimbras; Tontura; Aumento do braço; Sonolência; Distúrbios da visão e etc.
Um dos papéis fundamentais das vitaminas também é seu papel antioxidante, ou seja, que combate os radicais livres. Resumidamente, os radicais livres são moléculas que, facilmente conseguem roubar elétrons e desestruturar inúmeras células e, por conseguinte, fazer com que isso leve a mesma à morte. Eles são, por exemplo, um dos principais meios de envelhecimento do corpo. Entretanto, são inevitáveis durante o metabolismo. Por isso, graças as vitaminas e alguns minerais, conseguimos minimizar essa radioatividade dos mesmos e fazer com que os níveis oxidativos do corpo sejam menores.
Quando usamos suplementos vitamínicos, seja desses compostos ou de uma vitamina/mineral em sua forma sozinha (apenas quelado) com o intuito de que o mesmo forneça o seu papel de antioxidante, também devemos ter cuidado: O corpo precisa de níveis de oxidação, também, para obter resultados. Esses são processos naturais e, alguns deles necessitam acontecer. Superdosagens de antioxidantes como o ácido ascórbico ou, vitamina C, além de Tocolferol, ou vitamina E, estão altamente associados hoje com casos de escorbuto rebote, aumento à resistência à insulina, desenvolvimento de diabetes e, pasme, mortalidade (sim, a coisa é mais séria do que pensamos). Portanto, todo cuidado ainda é pouco.
Conclusão:
Vitaminas e minerais apresentam papéis indispensáveis no metabolismo do ser humano. Eles são grandes responsáveis por fazer com que inúmeras estruturas possam exercer seu papel biológico de maneira adequada. Além disso, podem servir como antioxidantes, combatendo os radicais livres. Porém, como tudo, o excesso de vitaminas não só é prejudicial, como pode ocasionar diversos problemas médios e graves, principalmente em indivíduos mais sensíveis e/ou propensos.
Portanto, suplementos vitamínicos devem receber uma boa instrução médica caso sejam utilizados e não tão simplesmente, devemos usá-los com o velho ditado de “quanto mais, melhor” ou “”melhor sobrar do que faltar”. O corpo requer SEMPRE equilíbrio.
Procure uma dieta variada todos os dias, por mais difícil que isso pareça. Certamente essa é a forma mais eficaz e natural para se obter o que o corpo precisa.
Bons treinos!