Cada vez mais as pessoas estão preocupadas com a sua aparência física e buscam maneiras de sempre melhorar a sua estética, seja facial ou corporal. Uma das maneiras mais buscadas para melhorar a estética corporal são as academia, buscando emagrecer ou aumentar a massa muscular. E dentro das academias, em uma vida cada vez mais corrida, o uso de esteroides anabolizantes vem tomando conta de pessoas que não buscam uma vida esportiva, mas buscam apenas uma melhora em seu corpo.
Hoje em dia é muito comum pessoas do mundo não competitivo e não profissional fazerem uso de esteroides anabolizantes, especialmente buscando acelerar processos de ganhos estéticos. Este uso, normalmente se dá sem uma devida orientação médica profissional, pois devido a ética médica, não é possível orientar um paciente com o uso de substancias as quais não visam razões clínicas e de saúde.
Este uso sem orientação faz com que muitos desconsiderem os efeitos colaterais com o uso de esteroides anabolizantes e, mais do que isso, muitos desconheçam esses efeitos. Para quem não sabe, o uso incorreto de anabolizantes podem trazer efeitos devastadores ao seu corpo e sua saúde. Por isso estar ciente do que você está injetando em seu corpo, é essencial para não ter surpresas desagradáveis.
Por isso, neste artigo, quero trazer explicações sobre os principais efeitos colaterais do uso de esteroides anabolizantes e trazer também alguns conceitos sobre porque eles ocorrem. É importante termos essas informações, pois muito do que se fala na mídia é mentira. Os anabolizantes não são vilões e nem mocinhos, o que vai definir se eles irão trazer resultados ou prejuizos ao seu corpo é a sua forma de usar e entendê-los.
Então, vamos mergulhar neste assunto?
Indice / Sumário
Os anabolizantes e os efeitos colaterais
Os anabolizantes foram criados para uso no meio clínico a fim de repor quantidades de hormônios deficientes no corpo ou com a finalidade de corrigir algum problema clínico. Por exemplo, o primeiro esteroide sintetizado foi a testosterona, perto dos anos 1930-1940, com a finalidade de repor déficits de testosterona em homens de meia-idade, por exemplo, ou para jovens que tinham algum tipo de alteração em sua produção natural de testosterona o que poderia resultar em problemas na fase de crescimento.
Após a testosterona, também foram criados outros esteroides e outras substâncias dessa mesma natureza com a finalidade de amenizar problemas clínicos, uma vez que sabemos que essas são substâncias que aceleram a síntese proteica e podem trazer benefícios em quadros de desnutrição, em quadros do restabelecimento após queimaduras, cirurgias e etc.
Vendo toda essa eficiência dos esteroides sintéticos, passou-se também a especular seu uso para a melhoria de performance, uma vez que esses hormônios são altamente responsáveis pela performance esportiva de uma pessoa. E não demorou muito para começarem a ser usados nos esportes. Por volta de 1950 começou-se a usar os anabolizantes para melhorar a performance esportiva em treinos e melhorar a estética corporal dos atletas.
Claramente, os esteroides ajudaram, e ajudam, indivíduos a correr mais rápido, a levantar mais peso, a ter maior resistência, a construir mais massa magra, a nadar mais rápido e etc etc etc…
Porém, mesmo com esses vários e intermináveis benefícios, é óbvio que estamos falando de drogas e é óbvio que existem efeitos colaterais com seu uso, ainda mais se tratando de dosagens extremamente altas as quais são usadas para finalidades ergogênicas.
Os principais efeitos colaterais dos esteroides anabolizantes
Esteróides anabolizantes podem ter diferentes efeitos colaterais os quais variam de acordo com a substância usada, com o tempo de exposição à droga, com o tempo de uso, com a administração, ou não, de proteções e com a individualidade biológica de pessoa para pessoa, que é algo que deve ser considerado sem sombra de dúvidas.
Os efeitos que iremos comentar neste artigo, são de maneira geral, ou seja, não irão acontecer com todos os anabolizantes que existem. Caso você queira saber de efeitos colaterais individuais, ou seja, de cada anabolizante, recomendo que entre em nossa seção de Esteroides Anabolizantes (CLIQUE AQUI) e leia os artigos individuais de cada anabolizante.
Vamos aos principais efeitos colaterais dos anabolizantes:
1- Inibição de hormônios naturais
Seu corpo produz uma quantidade X de um hormônio no corpo, de forma natural. Inesperadamente, você passa a ingerir uma quantidade 3X maior daquele hormônio. O que o corpo entenderá? Que há excessos e, portanto, não há necessidade de produzir algo que já esteja em grandes quantidades no corpo, pois seria um gasto desnecessário de energia e isso fará também com que essas quantidades elevadas de hormônios tragam prejuízos.
Mas, pela lei do uso e desuso, tudo que não é usado no corpo tende a ser inibido ou inativado. E assim ocorrem com as glândulas que produzem hormônios naturais, especialmente quando estão sob muito tempo sem a produção natural de seus hormônios. Ou seja, se você usar anabolizantes por muito tempo, quando você parar o seu corpo não irá mais produzir aquele hormônio naturalmente e você terá prejuízos.
Essa inibição não ocorre apenas quando ingerimos determinado hormônio em maior quantidade. Existem substâncias que podem ser “inibidoras” de determinados hormônios, como é o caso da Nandrolona (Deca Durabolin) que pode reduzir os níveis plasmáticos de testosterona, ou o Stanozolol que pode cortar a produção de testosterona durante o seu uso.
A depender do esteroide que estejamos falando, a inibição pode ser maior ou menor e pode ocorrer em diferentes tempos, ou seja, esteroides anabolizantes com meia-vida mais longa, tendem a inibir por mais tempo o eixo hormonal, prejudicando mais a recuperação pós-ciclo, por exemplo.
2- Efeitos no fígado (hepatotoxicidade)
Sabemos que praticamente tudo que exige metabolização passa pelo fígado. Não poderia ser diferente com o uso de esteroides anabolizantes. Muitas pessoas acreditam que, pelo simples fato de um esteroide não ser oral, ele não é hepatotóxico. Entretanto, ele de alguma forma irá afetar SIM o fígado.
Os anabolizantes, porem ser muitos fortes, causam danos ao fígado e ativam os marcadores de dano (TGO, TGP, GGT etc), que tendem a aumentar bastante, trazendo prejuízos ao órgão.
O figado é um órgão que sofre diariamente diversos danos, devido a má alimentação que as pessoas possuem hoje em dia, ao uso de álcool e outras situações. Portanto quando se alia esse estilo de vida, com o uso de anabolizantes, a tendencia do figado é realmente sofrer muitos danos, danos esses que podem fazê-lo falhar em suas principais funções.
A boa noticia é que o figado é um órgão que se regenera sozinho, ou seja, ele tem capacidade de se curar, desde que o seu dano não seja algo constante e irreparável. Estudos mostram que as enzimas hepáticas de indivíduos usuários de esteroides anabolizantes podem entrar em níveis normais cerca de 3-4 meses após a descontinuação do uso.
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Além disso, existem já protocolos para proteção do figado durante o uso de anabolizantes, que irão protege-lo e fazer com que os danos sejam muitos menores ao órgão. Para isso, basta estruturar corretamente o seu ciclo de anabolizantes.
3- Efeitos e impactos no colesterol
É sabido que altos níveis de hormônios esteroides no corpo podem arruinar os seus níveis de colesterol, assim como podem causar impactos negativos no sistema cardiovascular.
De uma forma geral, hormônios esteroides são derivados de colesterol e excessos dessa molécula podem causar efeitos danosos como o entupimento de veias e artérias, entre outros. Além disso, níveis elevados de colesterol podem fazer com que haja problemas nas lipoproteínas transportadoras de lipídios.
Normalmente, frente ao uso de esteroides anabolizantes tem-se uma queda nos níveis de HDL (colesterol bom) e uma alta nos níveis de LDL (colesterol ruim). O HDL é conhecido como cardioprotetor, ou seja, ele faz com que o colesterol seja transportado dos vasos para o fígado para ser metabolizado. Já o LDL faz o inverso, depositando colesterol e lipídios nas veias e artérias.
Normalmente, após descontinuar o uso de esteroides anabolizantes, consegue-se amenizar este quadro e regularizar os níveis de lipídios sanguíneos. Entre os principais pontos que você deve se atentar são: o controle na ingestão de lipídios, especialmente os saturados e hidrogenados e utilizar nutrientes que possam ter efeitos protetores ao sistema cardiovascular como o ômega 3, a lectina de soja, o resveratrol e o licopeno.
4- Ginecomastia e aromatização (em homens)
Uma das principais preocupações, para os homens, é a aromatização, especialmente porque ela é a principal responsável pelo desenvolvimento do tecido mamário, em quadros conhecidos como ginecomastia.
O primeiro motivo pelo qual pode-se formar a ginecomastia é pelo aumento de estrógeno (hormônio feminino) no corpo masculino, e isso ocorre duas situações:
- Pela direta conversão em estrógeno, visto que androgênicos em excesso no corpo tendem a ser contra regulados com sua conversão em estrógeno, especialmente pela enzima aromatase.
- Podem aumentar os níveis de estrógenos no corpo através da supressão do eixo HTP, o que ocasiona uma queda nos níveis naturais de testosterona, fazendo com que haja predominância do estrógeno no corpo. Esse efeito ocorre com mais frequência em ciclos sem testosterona.
O segundo motivo é pela presença de progesterona, que também é outro hormônio estimulante de quadros de ginecomastia, sendo assim, drogas como a nandrolona que tendem a aumentar estes níveis podem causar o desenvolvimento do tecido mamário.
E o terceiro motivo pelo desenvolvimento da ginecomastia é pelo aumento nos níveis de prolactina, que também é um hormônio feminino.
Em todos os 3 casos existem soluções para que não ocorram esse efeito colateral. O principal é saber quais anabolizantes você vai estar usando e avaliar como estão estes hormônios em seu corpo, para que possam ser definidas as proteções necessárias.
Cada ciclo pode exigir uma proteção diferente, a depender da droga, das dosagens usadas, do tempo de uso da droga e etc etc etc. Portanto, vale a pena observar o seu quadro individualmente.
5- Aumento das características masculinas
O DHT (di-hidrotestosterona) é um derivado de testosterona, cerca de cinco vezes mais potente. Assim, ele tem uma androgenidade muito maior.
Quadros de androgenidades podem trazer o desenvolvimento de características típicas, como: a pele oleosa, acne, queda de cabelo, engrossamento de voz, entre outros. Especialmente em mulheres, estes efeitos ficam notáveis com quadros de virilização extrema, a depender da droga utilizada e das dosagens.
Considere também que níveis elevados de DHT podem causar problemas de próstata, como o câncer.
Não recomenda-se que os níveis de DHT sejam elevados demais, mas sabe-se que isso é praticamente impossível não ocorrer durante um ciclo de anabolizantes, especialmente se ele tiver drogas que são derivados de DHT. É sempre bom ter cuidado, especialmente se você tem tendência ao desenvolvimento dessas características trazidas por este colateral.
6- Problemas no sistema cardiovascular
Além dos impactos trazidos nos lipídios sanguíneos pelo uso de esteroides anabolizantes, eles também podem causar prejuízos através de outros mecanismos. O primeiro deles é de maneira indireta, pela retenção hídrica que muitos trazem e, consequentemente, o aumento da pressão arterial.
O segundo mecanismo e, indireto, por sua vez, é através do aumento da massa magra de maneira exponencial, o que faz com que o coração tenha de trabalhar mais e, obviamente, que haja uma sobrecarga maior para ele.
A dieta aqui é fundamental para auxiliar o sistema cardiovascular a trabalhar de forma correta, assim como, trabalhos cardiovasculares também (exercício aeróbio).
7- Virilização em mulheres
Esteroides Anabolizantes são derivados da molécula de testosterona ou do DHT. Todos possuem graus de androgenismo diferente, alguns são mais androgênicos e outros menos. E isso impacta especialmente nas mulheres, pois o desenvolvimento de características masculinas é praticamente certo.
A depender da dosagem e da individualidade de cada mulher, assim como da substância usada, o ciclo pode resultar em muita, ou pouca, virilização e incluir colaterais como: o aparecimento de pelos (especialmente faciais), o engrossamento da voz, a queda de cabelo, a alteração da pele e do cabelo, a redução no tamanho das mamas, a deformação da região genital e a infertilidade.
Não há o que possa ser feito para controlar esses colaterais em mulheres, sendo que o melhor mesmo é controlar a dose e o tempo de exposição as substâncias.
8- Problemas no crescimento
Esteroides tendem a acelerar muitos processos, e quando usados por adolescentes (antes dos 21 anos), normalmente podem fazer com que haja prejuízos no crescimento (altura), pelo fechamento precoce das epífises.
Normalmente, essa é uma das maiores preocupações dos médicos quando fazem uso de anabolizantes por razoes clínicas em crianças. Obviamente, se isso já pode ocorrer em quadros clínicos, imagine então com as dosagens utilizadas para o desenvolvimento de fins esportivos e estéticos.
É importante lembrar que este é um efeito colateral irreversível, ou seja, você não terá como recuperar sua altura ou retomar seu crescimento após o uso de esteroides anabolizantes.
9- Efeitos prostáticos
O primeiro grande crescimento da próstata ocorre na puberdade, quando os testículos começam a produzir maiores quantidades de androgênicos. Isso acontece até certa fase da vida, pois se a próstata crescesse para sempre, seria certo as chances de um desenvolvimento de câncer.
Entretanto, como mencionado, os esteroides possuem perfis androgênicos, por menores que sejam e podem fazer com que a próstata volte a aumentar de tamanho, o que poderá ocasionar a o desenvolvimento de doenças de próstata.
Felizmente, na maioria dos casos isso pode ser revertido com a parada do uso de esteroides, mas em alguns casos (menores, mas existentes) esse crescimento pode ser irreversível. Não há ao certo como saber se você tem tendência a isto ou não, portanto, sempre realizar exames de próstata (especialmente PSA) é essencial.
Existem alguns medicamentos manipulados também que podem ser protetores da próstata e podem ser usados, especialmente sob uso de altas dosagens de androgênicos e/ou tempos elevados de exposição a eles.
10- Aumento da pressão arterial
A pressão arterial está diretamente associada com o sistema cardiovascular. Mas, ela pode aumentar sem necessariamente interferir tanto no coração. Isso normalmente ocorre quando se usa esteroides que aumentam a retenção hídrica, como o Dianabol, a nandrolona e o hemogenin (oximetolona).
Esses níveis de retenção hídrica que se associam com o aumento da pressão arterial normalmente são causados pelo impacto no hormônio antidiurético (ADH), que tende a ser elevado com o uso de esteroides anabolizantes.
Novamente, não há o que se fazer durante o ciclo a não ser regular a dosagem e atentar-se a pontos dietéticos, como não consumir sódio em excesso e beber boas quantidades de água durante o dia.
12- Problemas renais
Outro órgão que pode ser afetado com o uso de esteroides anabolizantes são os rins, e não é incomum vermos atletas profissionais tendo de fazer tratamentos e/ou transplante.
Os rins tendem a trabalhar mais porque eles estão diretamente associados com a filtragem do sangue, e havendo maiores quantidades de metabólitos e substâncias no sangue, seu trabalho necessariamente será bem maior.
Um dos mais agressivos esteroides anabolizantes aos rins é a trembolona. Felizmente, um bom consumo de água pode amenizar um pouco isso, mas, novamente, é sempre importante a realização periódica de exames para conferir ao certo como anda a saúde e a capacidade de filtragem dos rins.
12- Esterilidade
Lembra-se de que falamos logo no começo do artigo que o corpo tende a inibir a produção natural de hormônios que já estejam em excesso no corpo? Pois bem, entre estes hormônios temos o FSH, que estimula as gônadas a produzirem espermatozoides (e no caso das mulheres óvulo).
Se o FSH é suprimido, é óbvio que as gônadas deixam de ser estimuladas e você tem prejuízos na produção de células reprodutoras. Normalmente, quando o ciclo termina, o eixo se restabelece bem, não havendo grandes preocupações, pois o corpo volta a produzir estas células. Porém, pode acontecer do corpo não voltar a produzi-las mais e o indivíduo pode ficar estéril.
Quanto a isso, infelizmente não há absolutamente nada a se fazer durante o ciclo. Após o ciclo, a TPC pode auxiliar o corpo a se restabelecer mais rapidamente, mas ela NÃO GARANTE que necessariamente você não ficará estéril.
Como evitar os efeitos colaterais?
A melhor maneira de evitar os colaterais é você realizar um ciclo com segurança, ou seja, com uma pessoa que possa te dar o suporte correto na elaboração do ciclo, dosagens, tempo de uso, horários e tudo mais. Possa te ajudar também a encontrar as melhores proteções para cada efeito colateral, e estruturar uma boa TPC após o ciclo, uma boa dieta e um excelente treino.
Por isso, hoje no Brasil, o melhor lugar para você encontrar alguém que te ajude e estruturar tudo isso, é no Fórmula dos Gigantes.
Programa Fórmula dos Gigantes é um programa desenvolvido para lhe ensinar e dar auxilio e suporte a tudo que envolve o mundo dos anabolizantes. Lá você irá aprender sobre ciclos, dosagens, tempo de uso, mistura de anabolizantes, horários, proteções de cada ciclo, terapia pós ciclo para cada ciclo, dietas e treino, tudo pronto e mastigado, apenas para você colocar em prática.
Este é o melhor método, hoje, para se usar anabolizantes e evitar os efeitos colaterais e potencializar os benefícios. Fora isso, seria ir a um médico, um nutricionista e um educador físico.
Conclusão:
Como é possível perceber, o uso de esteroides anabolizantes, se usado de forma errada, pode gerar diversos efeitos colaterais. Porém se você usar de forma correta, com dosagens, tempo de uso, horários, proteções e tudo mais, os risco diminuir muito. E isso a mídia não te fala, não é verdade?
É importante sabermos que sim, os colaterais existem, mas podem ser controlados. Porém, nem sempre esse controle é suficiente, especialmente frente a características genéticas individuais. Portanto, riscos sempre existirão e você deve estar ciente deles para saber onde está pisando.
Portanto, não busque informações vagas. Procure sempre utilizar de fontes confiáveis para ter parâmetros de melhorias e melhores resultados ao invés de alardes e, muitas vezes, informação totalmente incorreta.
Bons treinos!