Os embutidos são alimentos que cada vez mais estão no mercado para facilitar a vida de quem não tem tempo de cozinhar. Porém, como sabemos, quase todos os alimentos industriais possuem os seus prós e contras e os os embutidos não são diferentes. A mídia vem ressaltando muitos os contras desse tipo de alimento, fazendo com que muitas pessoas que utilizavam passem a ser extremistas e não utilizarem mais. Vamos entender melhor se os embutidos são tão ruins quanto estão mostrando por ai.
Se, antigamente, dieta era sinônimo de “lanche natural com peito de peru e queijo branco”, hoje isso já pode ser considerado um crime entre os mais céticos, propondo caminhos extremísticos na nutrição e retirando quaisquer dessas naturezas alimentares. Será que os embutidos podem representar tantos malefícios assim, em especial para o bodybuilder? Será que os ganhos podem ser minimizados e os malefícios ultrapassarem os resultados já obtidos? Ou seria tudo isso mais uma grande pulverização de informação barata, marqueteira e furada? Vamos tentar descobrir neste artigo!
Indice / Sumário
Os embutidos na dieta
Embutidos tratam-se de alimentos com uma estrutura preenchida com diversos recheios, normalmente uma mistura entre carnes e gordura animal, além de alguns temperos. Entretanto, com os processos atuais, esses recheios envolvem também alimentos vegetais (azeitonas, proteína de soja, oleaginosas etc), além de grandes quantidades de conservantes, desde os naturais até os sintéticos.
Bastante versáteis, práticos e saborosos, esses alimentos são incluídos em muitas dietas, principalmente frente as modificações que constantemente são feitas em suas fórmulas a fim de minimizar os teores de gorduras, sódio e conservantes. Apesar disso, convenhamos que grande parte dos embutidos ainda conta com uma parcela desses nutrientes, e mesmo os que possuem quantidades menores, necessitam de atenção a seu consumo.
Pela praticidade e pela facilidade no consumo desses alimentos, as indicações dietéticas a seu consumo passaram a ser relativamente altas. Enquanto muitos indivíduos não conseguiriam manter uma dieta com pelo menos 4 refeições compostas, a grande parte consegue manter-se alimentado fazendo um ou dois lanches diários com pão e algum embutido e/ou queijo junto. Basicamente, é muito mais fácil abrir um “lanchinho” de pão com peru e comer aonde estiver do que uma marmita com batatas e frango, não é mesmo? Choca muito menos!
A questão é que substituindo um alimento mais natural por alimentos dessa natureza, processados, ganhamos sim em quesitos de praticidades, mas perdemos em algumas partes do quesito nutricional. Muito do valor biológico das proteínas e de seus PDCAAs são perdidos, o excesso de sódio, o excesso de conservantes, a presença de interações proteicas negativas, a perca de vitaminas importantes, como as do complexo B (em especial a cianocobalamina), entre outras são algumas delas.
Portanto cuidado com a inserção desses alimentos em sua dieta. No tópico abaixo vamos aprender que eles podem ser usados sim, mas com estratégia e cuidado e não como ele vem sendo usado, substituindo refeições ao longo do dia.
Embutidos como estratégias interessantes na dieta do praticante de musculação
É importante salientar que eles também podem ser utilizados como estratégias interessantes na dieta, afinal uma dieta equilibrada não é aquela que possui restrições extremas, mas aquela que sabe balancear adequadamente a ingestão dos mais diferentes tipos de alimentos.
Os embutidos podem representar bons benefícios, como a variação entre as fontes proteicas ingeridas, propondo algo esporádica a ser consumido, mas que possa dar uma diferenciação na dieta. Por exemplo, um indivíduo que se encontra em offseason, pode obter benefícios colocando alguns pedaços de peito de peru tostado em cima de suas 15 ou 20 claras de ovos na primeira refeição, fazendo com que os aspectos relacionados com o paladar sejam muito melhores.
Da mesma forma, em vez ou outra, é preferível utilizar alguns embutidos magros, como o próprio presunto (não aprensuntado) sem a capa de gordura em um hambúrguer com um belo pedaço de queijo. O presunto ainda, pode ser utilizado em adição de alguma massa gratinada num final de semana.
Alimentos processados dessa natureza, também podem contribuir para indivíduos em offseason pela quantidade de sódio. Do contrário do que muitos imaginam, o sódio é essencial na dieta (principalmente de offseason) e apenas o seu EXCESSO apresentará prejuízos. Não é a toa que indivíduos como Jay Cutler, Dexter Jackson e outros costumam muito inserir embutidos em suas primeiras e últimas refeições. Estrategicamente, utilizando estes embutidos consegue-se mais facilmente “sair da dieta” sem sair da dieta.
Lembre-se que é muito mais interessante algum embutido magro do que pedaços gordos de cortes como o cupim, do que gorduras vegetais hidrogenadas, entre outras.
Conclusão:
Conclusivamente, podemos dizer que os embutidos não são alimentos tão prejudiciais assim na dieta. Se inseridos com disciplina, moderação, equilíbrio e estratégia eles podem acrescentar benefícios extras, sejam esses em termos psicológicos ou físicos.
Lembre-se que o extremismo popularizado frente a retirada total de um nutriente ou alimento da dieta, normalmente nada mais é do que um grande marketing para ludibriar o receptor da informação e manipulá-lo. Como fugir disso? Sempre buscando conhecimentos sérios e ajuda profissional!
Boa alimentação!