Ergogênicos hormonais podem proporcionar resultados mais rápidos?

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Os ergogênicos hormonais tem sido um dos assuntos mais badalados nos últimos tempos no que se diz relacionado à prática de atividades físicas, a quesitos estéticos e até mesmo o aumento de performance e qualidade de vida em geral. Sendo esses ergogênicos de diversas estruturas e origens, como os peptídicos, os esteroides, análogos de esteroides, entre outros tantos, são essas também substâncias proibidas para usos não terapêuticos, agravando ainda mais a qualidade dessas informações devido a mistificação e falta de estudos que há nesse assunto.

Entretanto, mesmo aliado a essa falta de conhecimento geral, ergogênicos hormonais não são apenas badalados em notícias e achismos, mas também no uso indiscriminado por grande parte das pessoas que busca um dos quesitos já mencionados (ou mais de um deles). Muitos desses usuários não tem o conhecimento devido do poder dessas substâncias (tanto para possíveis benefícios, quanto para destruições) e muitas vezes unicamente justificam o seu uso pela obtenção mais rápida de resultados.

Porém, cabe-nos uma pergunta bastante pertinente e que deveria ser feita por todos: Será mesmo que os ergogênicos tem a capacidade de gerar resultados mais rápidos? Se sim, quais são os modos os quais possam justificar esses usos? Se não, de onde partira essa história e o que deveríamos nós fazer para agir corretamente? Vamos responder melhor estas perguntas no artigo a seguir.

Agora que tu já sabe o que eles são e para quem são indicados, vale a pena entender se eles irão acelerar ou não os seus ganhos na musculação, afinal foi para isso que você veio.

O uso dos ergogênicos hormonais: De quesitos terapêuticos para quesitos “recreativos”

Como quaisquer uso de substâncias, há um princípio para que esse seja feito. Especificamente no caso dos hormônios, esses foram sintetizados para auxiliar na reposição de alguma quantidade ou ausência de hormônios humanos os quais pudesse auxiliar na saúde de um indivíduo, afinal os hormônios são grandes maestros do metabolismo no corpo animal.

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Sendo assim, em quadros não clínicos, os primeiros usos de testosterona foi feito durante a segunda guerra mundial por soldados alemães, os quais tinham como princípio aumentar sua performance e rendimento. Então, lhes foram experimentado o uso exógeno de testosterona, visto que já se sabia os efeitos que ela poderia promover, como a redução da perda de massa muscular, o aumento da performance (força, velocidade, explosão, tempo de reação, instinto agressivo etc) e assim por diante.

Viu-se que eles tiveram um bom resultado e então, começou-se a especular o uso desta em outros meios, como os esportes. Aliás, além desse uso passou-se também a especular e se fazer novas formas moleculares as quais fossem análogas à testosterona e pudessem gerar efeitos ainda melhores e/ou com efeitos colaterais diminuídos. Criou-se então, um ergogênico até hoje conhecido, a Metandrostenolona, mais conhecida como Dianabol. Mais tarde a nandrolona e assim por diante.

Um dos meios onde mais foi utilizado os ergogênicos foi o do esporte. Meio esse que ficou mais tarde conhecido como um meio bastante obscuro.

O uso iniciou-se desde cedo, e entre os primeiros escândalos os quais puderam ser observados frente a esse assunto, sem sombra de dúvidas está o de Ben Johnson, o qual foi pego no exame antidoping das olimpíadas de 1988 em Seul, Coréia do Sul. O atleta perdera seus records e a medalha de ouro, portanto.

Alertando a população mundial e aliada a ética profissional, a medicina em geral se exibe como totalmente contra o uso dessas substâncias para fins não terapêuticos. Logicamente, há membros da disciplina que discordam, mas em suma, é essa a posição que se tem, fazendo com que estudos e pesquisas sejam cada vez mais restritos e o uso com menores probabilidades de riscos também sejam bem menores.

Com isso, percebe-se que cada vez mais pessoas de diversas modalidades e buscando diferentes objetivos passam a utilizar substâncias ergogênicas hormonais. Não é infrequente, por exemplo, a grande frase de que “todo mundo está usando”…

Entre as justificativas mais observadas são de que “o corpo chegou no limite genético”, “a genética não é boa”, “quero resultados mais rápidos”, “não tenho paciência para esperar por resultados”, “minha alimentação não é das melhores, portanto, compenso a falha com os ergogênicos hormonais”… E assim por diante…

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Porém, poderíamos responder cada uma dessas afirmações, o que não nos convém, mas nos traz algumas perguntas que ficam no ar…

Você realmente sabe o que está fazendo?

Talvez tudo pudesse ser resumido em “você realmente sabe o que está fazendo?”. E isso é bem simples: Para X substância, tem Y efeitos e W colaterais. Já outra substância H, tem R efeitos e P efeitos colaterais… E assim consecutivamente. Mas, esquecem de apenas uma coisa: Hormônios são sistêmicos e entram em EIXOS no corpo, ou seja, a interação, o equilíbrio, a inibição e o estímulo de todos os hormônios se dão basicamente através de contrarregulações, ou simplesmente da presença e ausência de fatores fisiológicos (normalmente os hormônios). Por exemplo, a Insulina, hormônio peptídico, é inibidora do glucagon, outro hormônio pancreático. A testosterona é antagônica do cortisol entre outros tantos… Logo, estamos interferindo não só em um ou mais efeitos quando ingerimos ou secretamos um hormônio, mas com um eixo deles, ou seja, com vários deles, representando assim inúmeros efeitos.

Porém, a grande parte das pessoas desconhece esses aspectos e acreditam em tabelas e regras. Além disso, ainda desconsideram sua individualidade biológica e desconsideram as dosagens necessárias para algum tipo de efeito, sendo então usadas novamente… Regrinhas que não fazem sentido algum criadas por algum babaca de internet…

Você já parou para perceber que muitas pessoas ainda acreditam que 4X8 cresce e 3X15 define? Da mesma forma que essas “regras” popularmente conhecidas NÃO gerarão resultados, o uso indiscriminado dos ergogênicos também não. Aliás, mesmo o uso plausível deles muitas vezes pode tranquilamente ser substituído por protocolos corretos de dieta e treinamento que são tanto falhos para a maioria das pessoas e por 99% desses usuários.

A verdade é que mesmo usuários experientes e com certo grau de conhecimento sobre fármacos não sabe ao certo o que está fazendo, visto que o que ele usa é unicamente o empirismo. Muitas vezes, mesmo com orientação profissional fica difícil ter uma precisão sobre essas substâncias, pois estamos falando de diferentes corpos, diferentes individualidades fisiobiológicas, o que trará resultados (e efeitos colaterais) diferentes.

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Há muitas pessoas que optam por tais usos simplesmente por indicações de amigos ou por observar meia dúzia de pessoas que usam isso ou aquilo nessa ou naquela dosagem. Ao serem interrogados sobre os porquês de cada uso e de cada dosagem, poucos se quer sabem responder ao básico. Como dito, são apenas copistas sem parâmetros!

Então, você percebe como a diversidade é tão ampla que se quer sabem o que fazem ao certo esses tais usuários? Fazer vista grossa a esses fatores é colocar a sua integridade e a sua saúde em jogo, em prol de algo que é passageiro e desnecessário. Pense sempre que seu corpo aliado à sua mente é o que há de maior valor, e caso você não busque esse REAL valor, ninguém o fará por você, afinal para “doar” falsos valores, muitos estão de mãos abertas para você. Atente-se sempre!

Afinal, eles acelerarão os resultados?

Sem sombra de dúvidas, de maneira ilusória, até podem acelerar. Porém, essa velocidade com que as coisas acontecem é a mesma com que são perdidas. Além disso, carregam consigo efeitos colaterais irreversíveis os quais certamente não compensarão os BENEFÍCIOS PROVISÓRIOS.

Do contrário, com protocolos corretos de dieta, treinamento e descanso, conseguiremos alcançar resultados muito mais animadores, seguros e duradouros, além de preservar nossa saúde e incrementar benefícios à ela!

Conclusão:

Sem sombra de dúvidas, é inegável que haja uma história tanto cultural, quanto científica por trás do uso de fármacos hormonais e/ou ergogênicos. Através do descobrimento dessas substâncias além dos ambientes clínicos e além do uso para com patogenias, visando então o âmbito de melhora de performance e na otimização dos esportes, essas substâncias vem cada vez mais ultrapassando barreiras e limites, além de acometer muitos indivíduos a esse uso sem quaisquer fundamentos lógicos, conhecimentos ou tampouco auxílio profissional.

Portanto, antes de pensar em utilizar quaisquer desses recursos, faça uma balança entre eles e veja que esses resultados na grande maioria das vezes podem ser construídos apenas com protocolos corretos de dieta, treinamento, descanso e muita dedicação/paciência.

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