Frutas sempre foram alimentos considerados saudáveis e naturalmente ricas em diversos micro e macronutrientes benéficos ao corpo. Entre os benefícios sempre apresentados, estão o do baixo valor calórico de grande parte delas, o teor de fibras solúveis e insolúveis, as vitaminas e sais minerais, nutrientes antioxidantes, entre muitos outros. Porém, nos últimos anos, o consumo de frutas tem sido questionado por muitos especialistas e especuladores. Diz-se que frutas possuem alto teor de frutose e que esse monossacarídeo é extremamente prejudicial à saúde, fazendo então com que o consumo de frutas diminuísse significativamente. Hoje, muitas dúvidas são presentes no consumir ou não de frutas e também, nos tipos e qualidades de frutas que possuem melhores vantagens no consumo.
Verdade seja dita que a frutose não é o carboidrato mais indicado, pois pode causar problemas como resistência à insulina, possível diabetes tipo II, aumento nas taxas de triglicérides no sangue, aumento do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, aumento de gordura, entre outros pontos. Porém, o que a maioria desses especuladores afirma é que retirando as frutas da dieta conseguimos solucionar os problemas da frutose. Porém, aí há uma grande controversa: Em primeiro lugar, a principal fonte atual de frutose da dieta NÃO advém das frutas, mas sim de alimentos industrializados que contém xarope de milho, do próprio açúcar de mesa (sacarose), de alimentos processados com açúcares, ente outros. Em segunda instância, as frutas NÃO possuem um teor tão alto de frutose. Certamente, 100g de melão, melancia ou mesmo de BANANA são muito menos ricos em frutose do que um pedaço de bolo ou um sanduíche em uma rede qualquer dessas de fast food.
Por fim, a frutose é um carboidrato que somente impactará negativamente no corpo em dietas altíssimas em glicídios de uma maneira geral. De fato ela é convertida mais facilmente nos produtos da glicólise Gliceraldeídeo-fosfato e no DHAP, quando comparada com a glicose, mas isso não quer dizer que ela sempre resultará em malefícios. A glicose, tanto quanto ela, em excesso, pode também causar esses prejuízos, sendo necessário um critério ao condenar as frutas.
Desvendando o mito da frutose, as frutas NÃO necessitam ser retiradas da dieta, pois são importantes fontes de antioxidantes, vitaminas e minerais como citado. Aliás, são entre as melhores fontes desses nutrientes, em especial, os antioxidantes. Nutrientes como o betacaroteno, flavonoides e outros são grandemente encontrados nela.
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Dessa forma, sendo as frutas alimentos SIM indicados, temos uma variedade delas para consumir o ano todo, cada estação com uma tendência a determinado (s) tipo (s) de fruta (época). Assim, como o verão se aproxima, algumas frutas são não somente típicas dessa estação, mas também são grandemente procuradas, pois possuem características que se encaixam com o verão, como a refrescância, por exemplo. Então, que tal conhecer algumas dessas frutas e entender um pouco mais sobre os seus principais benefícios?
Indice / Sumário
1- Cerejas
O verão é uma época onde existe uma alta venda de cerejas. Além de baratas nesse momento, onde a produção é considerada alta, elas são extremamente saborosas, finas e podem participar de preparações ou mesmo serem consumidas in natura, que é a melhor opção.
Elas são extremamente ricas em nutrientes antioxidantes, como o ácido ascórbico ou a vitamina C, que é altamente eficaz no combate de radicais livres e auxilia na diminuição de danos celulares e na recuperação muscular também.
As cerejas ainda, possuem melatonina, um composto utilizado normalmente em suplementos que auxiliam a qualidade do sono e faz com que diretamente sua recuperação seja otimizada, além da sua produção hormonal ser otimizada também (em especial, na liberação de GH).
2- Nectarinas
As nectarinas são pouco consumidas no Brasil, mas deveriam receber maiores enfoques. As nectarinas são muito próximas dos pêssegos, porém um pouco mais firmes, adocicadas e possuem uma casca lisa e não “veluda”, como no caso dos pêssegos.
Diversos estudos vem demonstrando que o poder dos nutrientes antioxidantes das nectarinas podem prevenir inúmeras doenças de origem inflamatória, como problemas cardiovasculares e até mesmo o câncer.
3- Melão cantaloupe
O melão amarelo ainda é o mais consumido dos melões no Brasil, mas o melão cantaloupe, apesar de pouco (bem pouco) mais caro que o melão amarelo, poderia entrar também estrategicamente na dieta.
Tendo cerca de 90% de água, os melões são extremamente indicados na hidratação do corpo, em especial para indivíduos que tem dificuldade na sua hidratação.
Os melões cantaloupe, são ricos em Vitamina C, como sua própria cor alaranjada demonstra, são ricos em beta-caroteno, altamente associado com a prevenção de doenças cardiovasculares e que também é convertido em Vitamina A (antioxidante) e poderá incrementar benefícios extras em sua saúde e dieta.
Certamente, os melões podem ser consumidos in natura, mas não é atípico vermos preparações dos mesmos em saladas frescas, por exemplo.
4- Melancia
As melancias também são pouco consumidas no meio dos praticantes de musculação, mas deveriam receber uma atenção extra. Isso porque, também são ricas em água, auxiliam na hidratação corpórea.
As melancias também são ricas em L-Citrulina, um aminoácido que auxilia na diminuição da fadiga muscular e na dor tardia pós-treino.
Por fim, ainda fornecem boas quantidades de licopeno, como a semente do tomate, por exemplo, importantíssimo para o sistema cardiovascular e também poderoso antioxidante.
5- Blueberry
Os blueberries tem sido mais consumidos no Brasil nos últimos anos, mas ainda são pouco acessíveis pelo alto valor (custo). Porém, eles são hoje considerados alimentos funcionais pelo altíssimo grau de antioxidantes. Aliás, eles estão entre as frutas mais ricas em antioxidantes de uma maneira geral.
Também ricos em fibras, auxiliam na melhor à saciedade, no controle glicêmico e no trânsito intestinal. Eles são ótimos para serem consumidos em preparações diversas como muffins e panquedas, in natura e mesmo congelados, em mingaus ou na salada de frutas vermelhas.
Conclusão
Retirar as frutas da dieta nem sempre é uma boa estratégia, visto que elas costumam ser altamente ricas em inúmeros nutrientes. Todavia, é necessário um bom senso em seu consumo e uma escolha correta, promovendo sempre a maior variedade possível de substratos ao corpo.
Boa alimentação!