Guia do hCG: como usar, dosagens, onde comprar, o que é

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Neste artigo iremos falar sobre uma medicação bastante conhecida no mundo do emagrecimento e no mundo dos anabolizados. Estou falando do hCG, um hormônio bastante utilizado pelo mundo da musculação.

Vamos entender como e porque utilizar o hCG e aprender também que o uso dele para o emagrecimento, é mais um mito do que uma verdade em si! Mas se você esta buscando ajuda para engravidar ou algum de proteção para o uso de anabolizantes, o hCG pode ser um ótimo aliado!

Vamos nessa!

O que é o HCG?

A Gonadotropina Coriônica Humana (HCG) é uma medicação contendo gonadotropina coriónica obtida através de origem natural (humana). A gonadotrofina coriônica é um hormônio polipeptídico normalmente encontrado no corpo feminino durante os primeiros meses de gravidez. É sintetizado em células sincitiotrofoblastas da placenta, e é responsável pelo aumento da produção de progesterona, um hormônio de manutenção da gravidez.

A gonadotropina coriônica está presente em quantidades significativas somente durante a gravidez, e é usada como um indicador de gestação. Níveis sanguíneos de gonadotrofina coriônica tornam-se visíveis já em sete dias após a ovulação, e sobem uniformemente para um pico em, aproximadamente, dois a três meses de gestação. Após este ponto, o nível hormonal irá diminuir gradualmente até o ponto do nascimento.

Embora possua menor atividade FSH (hormônio folículo estimulante), as ações fisiológicas da gonadotrofina imitam principalmente as da gonadotrofina hormônio luteinizante (LH).

Como medicamento clínico, HCG é usado como uma forma exógena de LH. Normalmente é aplicado para suporte na ovulação e gravidez em mulheres, mais especificamente aquelas que sofrem de infertilidade devido a baixas concentrações de gonadotropinas e uma incapacidade de ovular. Devido à capacidade do LH para estimular as células de Leydig nos testes para produção de testosterona, HCG também é usado em homens para tratar hipogonadismo hipogonadotrópico, uma desordem caracterizada por baixos níveis de testosterona e insuficiente produção de LH. A droga também é usada no tratamento de criptorquidismo prepúbero, uma condição em que um ou ambos os testículos não conseguiram descer para o escroto.

HCG é usado por atletas masculinos por sua capacidade de aumentar a produção endógena de testosterona, geralmente durante ou no final de um ciclo de esteroides, quando a produção natural de testosterona é interrompida.

História do HCG

A gonadotrofina coriónica foi descoberta pela primeira vez em 1920 e foi identificado como um hormônio da gravidez aproximadamente 8 anos depois.

A primeira preparação de fármaco contendo gonadotrofina coriônica veio na forma de um extrato pituitário animal, que foi desenvolvido como produto comercial da Organon. A Organon introduziu o extrato em 1931, sob o nome comercial Pregnon. Uma disputa de marca registrada obrigou a empresa a mudar o nome para Pregnyl, que atingiu o mercado em 1932. Pregnyl ainda é vendido pela Organon até hoje, embora já não chegue na forma de extrato pituitário.

As técnicas de fabricação foram introduzidas em 1940, quando se permitiu que o hormônio fosse obtido por filtragem e purificação da urina de mulheres grávidas e no final da década de 60 foram adotadas por todos os fabricantes que anteriormente utilizavam extratos de animais. Com o passar dos anos, o processo e os protocolos de fabricação foram refinados, mas o HCG é feito essencialmente da mesma forma hoje como foi há décadas.

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No começo, as utilizações indicadas para a gonadotrofina coriônica eram muito mais amplas do que são atualmente. A literatura de produtos da década de 1950 e 60 recomendava o uso dessas drogas para, entre outras coisas, tratamento de sangramento uterino e amenorreia, Síndrome de Froehlich’s, criptorquidismo, esterilidade feminina, obesidade, depressão e impotência masculina. Um bom exemplo do uso amplo da gonadotropina coriônica é descrito em 1958 como sendo, “Três vezes mais eficaz do que a testosterona em homens jovens em climatério masculino, para homens idosos cansados, em homens com senilidade, impotência, angina, doenças cardíacas, neuropsicose, prostatite e miocardite “.

Essas recomendações, no entanto, refletem uma era onde as leis regulamentares pela agência governamental eram precárias e menos dependentes de ensaios clínicos comprovados. Hoje, as indicações aprovadas pela FDA para HCG são limitados ao tratamento hipogonadotrópico, hipogonadismo e criptorquidismo nos homens e infertilidade nas mulheres.

A dieta do HCG

HCG não tem atividade significativa como estimulante da tireóide, e não é um agente eficaz de perda de gordura. Isto é especificamente apontado porque a HCG já foi amplamente utilizada para o tratamento da obesidade. A tendência pareceu tornar-se popular em 1954, depois que um artigo foi publicado pelo Dr. ATW Simeons, alegando que a gonadotropina coriônica foi efetiva como complemento à dieta. De acordo com o estudo, os pacientes eram capazes de evitar a fome com dietas restritas desde que tomassem as injeções hormonais.

Na infeliz dieta Simeons, as pessoas em todos os lugares estavam sujeitando-se a restrições calóricas severas (500 calorias por dia) e tomar injeções de HCG. Logo depois, o próprio hormônio tornou-se o foco principal para a perda de gordura. De fato, em 1957, foi dito que a HCG era a mais comum medicação prescrita para perda de peso. Mais recente, através de estudos e investigações abrangentes, no entanto, refuta-se que exista qualquer adoção anoréxica ou metabólica ao uso de HCG e a droga foi sumariamente abandonada para esse fim.

Em 1962, o Journal of the American Medical Association já havia alertado os consumidores sobre a dieta de Simeons com inclusão do HCG, afirmando o mais básico fato de que a restrição calórica severa que lhes impunha o corpo a sacrificar tecidos e orgãos musculares para obter a proteína necessária era mais perigosa que a própria obesidade. Em 1974, a FDA já teve o suficiente das reivindicações de perda de gordura da HCG, e ordenou a seguinte declaração a ser incluída com todas as prescrições: HCG NÃO FOI DEMONSTRADO PARA SER TERAPÊUTICA ADJUNTIVA E EFETIVA NO TRATAMENTO DE OBESIDADE. NÃO HÁ EVIDÊNCIA SUBSTANCIAL SOBRE AUMENTO DA PERDA DE PESO MAIS DO QUE RESULTANTE DA RESTRIÇÃO CALORICA. Este aviso persiste em todos os produtos vendidos nos EUA hoje.

Essa modinha ridícula e perigosa da dieta do HCG é mais velha que andar pra frente, mas ainda existem pessoas que acreditam piamente nessa prática esdrúxula que acabou em 1974, mas que ressurgiu como um atalho para as pessoas que querem um resultado rápido.

Portanto o que faz “perder peso” é a dieta extremamente restrita (De 500 calorias pro dia) e não o hCG em si. E vale lembrar que dietas restritivas como essa, são mais maléficas do que benéficas ao corpo e ao organismo… E o peso perdido, pode acabar sendo recuperado por um efeito rebote severo.

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Características estruturais

A gonadotropina coriônica é um oligossacarídeo, uma glicoproteína composta por 244 aminoácidos. Tem subunidade alfa com 92 aminoácidos de comprimento e idêntica ao hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio estimulador da tiróide (TSH). Tem uma subunidade beta que é exclusiva da hCG.

Como é Fornecido

Gonadotropina coriônica humana está disponível em vários mercados de medicamentos humanos e veterinários. Composição e a dosagem podem variar por país e fabricante, mas normalmente contém 1.000, 1.500, 2.500, 5.000 ou 10.000 Unidades Internacionais (UI) por dose. É fornecida como um pó liofilizado, que requer uma mistura com um diluente estéril (água) antes da utilização.

Como usar o hCG?

A gonadotrofina coriônica humana é geralmente administrada por injeção intramuscular (IM). A via subcutânea é também usada, e foi considerada equivalente a injeções IM. As concentrações de pico da gonadotropina coriônica ocorrem aproximadamente 6 horas após a injeção intramuscular e 16 a 20 horas após a injeção subcutânea.

Existem diferentes tipo de aplicações para homens e mulheres, portanto não irei tratar ambos de uma mesma forma. Abaixo você irá entender melhor o modo de usar de cada um dos sexos, assim como o modo de usar de cada um dos objetivos para se usar o hCG.

Homens

Quando usado para tratar hipogonadismo, os protocolos aprovados pela FDA recomendam um programa curto de 6 semanas, ou um programa de longo prazo duradouro de até 1 ano, dependendo das necessidades individuais do paciente.

Diretrizes de prescrição para uso a curto prazo recomendam que 500 a 1.000 UI sejam dadas 3 vezes por semana, durante 3 semanas, seguido da mesma dose 2 vezes por semana por mais 3 semanas. As recomendações de longo prazo exigem 4.000 UI a serem administradas 3 vezes por semana durante 6 a 9 meses, após esse ponto, a dosagem é reduzida para 2.000 UI 3 vezes por semana por mais 3 meses.

Bodybuilders e atletas usam HCG quer em ciclo, em um esforço para manter a integridade testicular durante a administração de esteroides, ou após um ciclo, para ajudar a restauração hormonal mais rapidamente. Ambos os tipos de uso são considerados eficazes quando aplicados corretamente.

Durante o ciclo

Bodybuilders e atletas também podem administrar HCG ao longo de um ciclo de esteroides, em um esforço para evitar a atrofia testicular e a capacidade reduzida para responder ao estímulo LH. Com efeito, a prática é usada para evitar o problema da atrofia testicular, em vez de tentar corrigi-lo mais tarde, quando o ciclo acaba. É importante lembrar que as necessidades de dosagem devem ser cuidadosamente monitoradas com este tipo de uso, pois um nível muito alto de HCG pode causar aumento da aromatase testicular (elevação dos níveis de estrogênio), e também dessensibilizar os testículos para LH. Como tal, o medicamento pode na verdade, induzir hipogonadismo primário quando mal utilizado ou uso muito prolongando, não melhorando, a janela de recuperação.

Protocolos atuais para o uso de HCG desta maneira, envolvem a administração de 250 UI por via subcutânea duas vezes por semana (a cada 3 ou 4 dias) ao longo do período do ciclo de esteróides. Podem ser necessárias doses mais elevadas para alguns indivíduos, mas em nenhum momento deve exceder 500 UI por injeção.

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Estes protocolos de HCG durante o ciclo foram desenvolvidos pelo Dr. John Crisler, uma figura bem conhecida no antienvelhecimento e no campo de reposição hormonal, para uso em pacientes em Terapia de Reposição de Testosterona (TRT). Embora TRT seja frequentemente administrada a longo prazo, a atrofia testicular é uma queixa cosmética comum em pacientes, independentemente da manutenção dos níveis normais de andrógenos. O programa protocolo do HCG do Dr. Crisler é projetado para aliviar essa preocupação em uma maneira aceitável para o uso a longo prazo.

Pós-ciclo

A gonadotropina coriônica humana é frequentemente usada com outros medicamentos como parte de uma terapia pós-ciclo (TPC) focado na restauração endógena (produção natural) da produção de testosterona mais rapidamente no final de um ciclo de esteroides (anabolizantes), restaurando assim a produção natural de testosterona.

A restauração na produção é uma preocupação especial na conclusão de cada ciclo, no momento em que níveis de andrógeno abaixo do normal (devido a supressão induzida por esteroides) pode ser muito dispendioso para o físico adquirido. O principal interesse é a ação do cortisol, que em muitos aspectos é equilibrado pelo efeito dos andrógenos. O cortisol envia a mensagem oposta aos músculos do que faz a testosterona, ou seja, que a proteína seja degradada: o cortisol pode rapidamente tirar muito da sua nova massa muscular.

Os protocolos para o uso pós-ciclo da HCG geralmente requerem a administração de 1500-4000UI a cada 4 ou 5 dias, por mais de 2 ou 3 semanas. Se usado também por muito tempo ou uma dose muito alta, a droga pode realmente funcionar para dessensibilizar as células de Leydig para hormônio luteinizante, dificultando ainda mais um retorno à homeostase.

Administração (Mulheres)

Quando usado para induzir ovulação e gravidez em mulheres estéreis, uma dose de 5.000 a 10.000 UI são administradas um dia após a última dose de menotropina. O tempo é específico para que o hormônio seja dado precisamente no momento certo no ciclo da ovulação.

A gonadotropina coriônica humana (hCG) não é usada por mulheres para fins de desenvolvimento físico ou de desempenho.

Onde encontrar hCG?

Quando encontramos a HCG, vemos que ela está sempre embalada em 2 diferentes frascos/ampolas (um com um pó e o outro com um solvente estéril). Esses precisam ser misturados antes de injetados, e qualquer droga restante deve ser refrigerada para uso diposterior. Verifique se o seu produto corresponde a esta descrição.

A Gonadotropina Coriônica Humana é amplamente fabricada e facilmente obtida em pet shops. As falsificações não têm sido motivo de preocupação, embora tenham aparecido algumas estranhezas (tudo em frascos multidoses).

Você também consegue encontrar a versão humana em farmácias e farmácias de manipulação. Porém, em sua maioria, precisa de prescrição médica para obter o produto humano nas farmácias.

Conclusão

Neste artigo entendemos melhor sobre o hCG, muito utilizado por pessoas que fazem uso de Esteroides Anabolizantes, para proteção do testículos e da produção natural de testosterona. Aprendemos também que a origem do uso foi destinado para indução de ovulação e gravidez feminina.

Além disso, pudemos entender sobre as dosagens para cada tipo de uso e cada tipo de sexo. Além de entender que o hCG em NADA ajuda na perda de peso.

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