A cada vez que decido escrever um artigo, seja ele sobre qual tema for, tenho de pensar e repensar nas probabilidades de sucesso ou de fracasso que ele pode refletir ao meu nome, ao site e as pessoas que lêem também. É então que procuro fazer o meu melhor e a partir disso transmitir informações da maneira mais completa e simples possíveis e, ao mesmo, tempo através de fontes confiáveis de pesquisa científica e quase nunca empírica, propriamente dita.
Diferente do que muitos acham ou imaginam, todo colunista que possa se preservar um pouco ou que tem o mínimo de respeito não somente com os leitores, mas com si mesmo tenderá a realizar, ou escrever, no caso, artigos da melhor maneira possível, visando seu público alvo.
Mas talvez seja justamente aí o maior problema:
Alguns colunistas costumam escrever artigos voltados a caráter científico para pessoas que já tem no mínimo um prévio conhecimento da área. Assim, é comum e frequente o uso de siglas, o uso de linguagem técnica, nomes de procedimentos, materiais e vias (processos) metabólicas (os) etc. Já outros, possuem a característica de escrever de forma simples (as vezes até demais) , escolhendo seu público alvo as pessoas de menor conhecimento naquela área.
Quando comecei a escrever, obinha um platô do tipo de pessoa que iria ler meus artigos, ou seja, deveria eu ser técnico ou deveria eu ser simples e breve? E não, não poderia mesclar as duas coisas em um único artigo. E, foi justamente aí que optei por artigos inteiros mais simples e artigos inteiros mais complexos. E em cima disso, elaborei uma forma própria de escrever, fugindo da informalidade mas ao mesmo tempo me esquivando do caráter denotativo para não deixar os textos mais chatos. Além disso, decidi que meu público alvo seria aquele leitor que gostasse de interagir com o texto. Que me enviasse perguntas, que argumentasse contra e a favor meus pontos de vista (com exceção dos cientificamente comprovados) e aquele que mesmo que não entendesse patalhufas, quisesse pesquisar e entender um pouco mais sobre o assunto. Isso faria com que além da interação, pudéssemos todos nós aprender uns com os outros.
Confesso que tempo é algo que realmente me custa muito. Minha rotina começa as 5:30h da manhã e normalmente termina as 23-23:30h. Procuro, claro, aproveitar o máximo possível as horas de sono, pois sei que basicamente quando eu acordar, só Deus sabe qual será o meu destino e o quanto será cansativo aquele dia.
Porém, devo admitir que gosto, além de ler e ver documentários, de fuçar na internet pra ver o que está acontecendo e pra ver o rumo que o que eu escrevo está tomando. Algumas vezes me surpreendo positivamente e negativamente. Vejo pessoas que eu nem conheço, me fazendo elogios, me defendendo por aí, levando meu nome como se eu realmente fosse algo mais do que um simples ser humano. E isso é, de fato, gratificante e devo agradecer a todas essas pessoas que cedem um pouco do seu tempo. Mas, absolutamente nada é perfeito e, as vezes me deparo com coisas que acho simplesmente deprimentes. E, infelizmente é justamente delas que quero falar a respeito nesse artigo. Aliás, é a respeito da mentalidade em si de nosso povo que quero falar um pouco.
Quando me deparo com críticas, a primeira coisa que me vem em mente é uma animação para discutir com o indivíduo e, claro, aprender um pouco mais e, se possível, gerar um pouco de conhecimento para ele também. Acredito que se formos todos humildes para discutir de maneira civilizada e realizar dialéticas sábias, o crescimento virá. Mas em grande parte desses casos, as críticas vem simplesmente de “eu acho” ou “comigo não é assim” ou de algum achismo próprio desse tipo de gente.
Em primeiro lugar, eu quero dizer que não sou melhor do que absolutamente ninguém. Sou um ser humano como qualquer outro que sabe algumas coisas a mais em algumas áreas e algumas muitas milhões de coisas a menos em outras. E não vejo problema algum nisso. Sou humilde para admitir que quanto mais aprendo, mais realmente me sinto uma verdadeira anta e me proponho a aprender ainda mais.
Enfim, acontece que ao ver muitas dessas críticas achistas, vejo também uma série de erros que infelizmente refletem no estado atual de “em desenvolvimento” que o Brasil encontra-se nos esportes diferentes do futebol ou talvez do vôlei. Normalmente essas pessoas não param para ler, entender que aquilo não é verdade absoluta, mas é ciência e simplesmente criticam. O embasamento? Teorias mirabolantes feitas por um ZÉ NINGUÉM (geralmente americano) que, para mim significam nada mais nada menos do que: NADA!
E você pode me achar arrogante falar dessa forma, mas não trata-se de arrogância, mas sim de uma veracidade e uma verdade jogada no ventilador, ou seja, não quero (nem seria) ser melhor do que ninguém. Mas ao mesmo tempo que você me critica, ou critica qualquer outra pessoa que está envolvendo a ciência, em nome de seus achismos, realmente você prova a total ignorância nos fatos.
Jogando ainda mais a verdade no ventilador, é típico de grande parte dos brasileiros serem tietes dos norte-americanos, isto é, os famosos “baba ovo”, “paga pau”, “bastardos da América do norte” ou como preferir. Visto por exemplo que o whey nacional não presta, mas a vaca americana é melhor, por isso, o whey de lá é melhor, os métodos de treino brasileiro são velhos, os de lá são ótimos, waxy maize faz crescer, malto engorda… E por aí vai…
Percebe o que quero dizer? Quero dizer que falta atitude e, atitude própria a esse tipo de pessoa. E isso nada mais mostra como acontece essa pseudo-evolução no decorrer dos anos no Brasil. Aliás, vocês já pararam e perceberam os caras que mais fizeram fama no Brasil? E eu faço questão de citar grandes e respeitados nomes como o Professor Fernando Marques, o professor Waldemar Guimarães, o atleta e preparador Marcelo de Paula etc etc etc… Esses foram atletas que realmente revolucionaram não só o cenário da musculação em si, mas das metodologias e afins que as envolve. E, quando estes iniciaram, certamente receberam críticas exorbitantemente achistas. Mas eles estavam lá buscando ciência (em cima de algum empirismo é claro) e comprovando suas metodologias. Visto hoje que eles são o que são.
Talvez uma das coisas que mais falte, principalmente ao público brasileiro da musculação (e vejam, não estou me referindo ao bodybuilding competitivo) é a humildade de admitir que a ciência é o caminho e mais, a humildade de admitir que sempre vai haver alguém que saiba mais do que você. Aliás, é natural da vida e é natural que as coisas sejam assim. Mas o que me parece é que todos são Arnold da vida, buscam um maldito empirismo prático (muitas vezes sem fundamento algum) e descartam tudo que aparentemente é correto. Em suma, vivem em um passado que já não existe mais.
Trazendo em miúdos, a época Arnold foi brilhante para aquela época, onde não haviam recursos, não havia muito o que ser feito etc. Além disso, aqueles atletas contavam com uma genética extraordinária e surreal, além da tonelada de esteróides que usavam. Em padrões modernos, eles poderiam ter se desenvolvido muito mais em diversos aspectos físicos. O difícil é fazer as pessoas acreditaram e entenderem que isso é, de fato, verdade.
Aqui falta um pouco de união entre os praticantes das modalidades de esportes de força, entende? Diferente do que vemos nos campeonatos onde aparentemente grande parte das pessoas se dão bem e tem respeito e carinho uma pelas outras, em fóruns vemos meia dúzia de FRANGOS, CACHACEIROS, BALADEIROS PORRADEIROS RECALCADOS que mais querem aparecer e ter um bracinho de 39cm inchadinho pra por um baby look e “arrasar na balada” bombando com a mulherada esculachando, ofendendo, humilhando e querendo sempre “ser melhor” do que o próximo. E é aí que passam a criticar desde atletas de ponta como os profissionais do Olympia, até atletas amadores de âmbito nacional. Ah, claro, eles se ofendem também.
Parece até que um pouco de cortesia e reconhecimento pelo trabalho do próximo é algo vergonhoso e que jamais deve ou poderia ser feito.
Grande parte dessas pessoas de quinta categoria se quer respeitam ou conhecem o esporte verdadeiramente dito e seus nuances. Se quer já foram em um campeonato ou se quer passam pelo que um bodybuilder de verdade passa. E mesmo assim, colocam a boca no trombone.
Percebe a gravidade dessa situação? Isso gera uma aparência negativa as pessoas. Primeiro pelo fato de não envolver fatos e segundo pela ausência do mínimo de respeito.
Pensem que não adianta reclamar que o Brasil é antiquado, subdesenvolvido e outros adjetivos negativos se quem começa a fazer a mudança é seu próprio povo!
Mude sua mente e saiba! Um corpo grande quer uma mente GIGANTE!