Nos últimos anos, como já disse algumas vezes, a indústria que mais tem crescido mundialmente é a indústria do bem-estar, em todas as suas vertentes, sejam elas físicas, psicológicas ou qualquer outra.
A cada dia que se passa também, a busca por um físico adequado aos padrões estabelecidos implicitamente pela sociedade é extremamente maior. Todo mundo, ou pelo menos grande parte dele, quer ter aquela cintura fina, braços e coxas fortes e definidos, barriga tanquinho e por que não ombros relativamente largos. É só sair em um bairro, seja de periferia, classe média ou alta, e encontramos diversas academias novas e antigas (com diversas modalidades como natação, lutas, danças, aulas alternativas, ginástica localizada, musculação etc), clínicas de estética, salões de beleza e comércios relacionados com a aparência física.
Além disso, as lojas de suplementos nutricionais cresceram de uma maneira tão assustadora quanto o mercado de suplementos em si. Obviamente, isso deve-se não só ao marketing estabelecido nessa indústria, mas principalmente a informação difundida sobre esses tipos de produtos, muitas vezes, vindo de fontes um tanto quanto pouco confiáveis e no famoso “boca a boca”.
Além disso, essa indústria do bem-estar não envolve unicamente a aparência física, mas a qualidade para a vida. Aquela velha história de que pessoas com maior idade, por exemplo, estariam supostamente condenados a uma vida sedentária ou fazendo caminhadas já é algo do passado antiquado e não faz o menor sentido com todo o conhecimento que temos hoje. Em tempo, a busca da terceira idade por academias de ginástica e, muitas vezes especificamente para a musculação é também algo que vem crescendo muito, principalmente quando orientada por profissionais atualizados e qualificados. A flexibilidade, a recuperação de massa muscular e óssea, melhora no líquido sinovial, a resistência cardiovascular e outros são só alguns dos benefícios para esse público.
O papo de que doenças, condições físicas debilidades ou patologias impediriam pessoas de realizarem a prática de atividade física também é algo que, além de não possuir o menor fundamento com os estudos atuais, ainda é prejudicial, visto que para diversas dessas patologias e/ou recuperações de doenças, lesões e outros podemos certamente indicar a prática de atividade física. Aliás, ainda falando de patologias, não podemos esquecer o benefício da atividade física para controle glicêmico (ótimo para diabéticos, principalmente do tipo II), o controle da gordura corpórea, o controle dos radicais livres no corpo, controle hormonal, entre outros.
E adolescentes, púberes e crianças? Recentemente este também é um paradigma que vem sendo aos poucos quebrado com a utilização da ciência empírica. O que antes era teoricamente proibido para esse público hoje é mais do que indicado, claro, com os devidos cuidados e acompanhamento profissional. Isso, inclusive segundo algumas fontes pode ajudar no crescimento ósseo.
Mas quando falamos da prática de atividade física, devemos ter certos cuidados. Algumas modalidades obviamente parecem não possuir lá tantos benefícios dependendo do público alvo específico. Isso quer dizer que nem toda modalidade pode ser praticada por todos, não é mesmo? Mas, então, qual é a modalidade que é ideal? – Ela não existe, mas ao que tudo indica e pelo que ando lendo nos últimos tempos, a modalidade com maior indicação, aceitação e efetividade, principalmente no custo X tempo X benefício é a musculação, ou o trabalho resistido com pesos.
Nada como bons estudos. Por exemplo, o que pensaríamos quando nos fosse sugerido um esporte de baixo impacto e que trabalhasse o sistema cardiovascular? Talvez um transport ou algo do tipo, correto? Que tal a musculação? Sim, ela mesma! Comprovadamente a musculação promove um impacto extremamente positivo na consolidação e mineralização dos ossos, além de promover uma ótima resposta cardiovascular, visto que o controle da respiração é um dos fundamentos básicos no ato de levantar peso.
Por exemplo, a coluna de atletas levantadores de peso básico possui uma mineralização muito mais eficaz, ao contrário do que se imaginava (imaginava-se uma coluna teoricamente gasta). Além disso, sabemos que o sistema cardiovascular responde em seu débito cardíaco de acordo com o que lhe é estabelecido, assim, o coração de uma pessoa ativa (no esporte, especificamente) possui menor trabalho e menor sobrecarga não só durante o exercício, mas nos momentos de repouso, favorecendo a pressão e frequência cardíaca e arterial.
Ainda falando sobre a pretensão do uso da musculação em patologias, não podemos esquecer de citar os ótimos fatores endócrinos proporcionados pela prática da modalidade. Um claro exemplo, é por exemplo a relação com diabéticos, principalmente do tipo II. Como bem sabemos, a diabetes tipo II é causada principalmente na resistência à insulina, ou seja, na medida em que os receptores de membrana ou algum processo na cascata de reações intracelulares não respondem bem a fosforilação quando há a ligação insulínica. Assim, alguns estudos apontam que a atividade física é extremamente benéfica para esse tipo de patologia, pois, não unicamente trabalha com a insulina em si, mas também com a necessidade de utilização aumentada de energia pelo músculo, fazendo uma espécie de indução aos processos que deveriam acontecer naturalmente na ligação da insulina nas células.
Mas digamos que, patologicamente você esteja bem, ou seja, não possui doenças. Por que arriscar em tê-las? A ciência preventiva relacionada a nutrição e atividade estão aí. E, enquanto muitas pessoas esperam as doenças baterem a porta, outras já se previnem com trancas e grades praticando atividade física e alimentando-se corretamente.
Aliás, o estresse é um dos problemas mais freqüentes no dia-a-dia da vida moderna e, pode facilmente ser combatido com um pouco da prática de musculação que trabalha na liberação de níveis de endorfina, um poderoso hormônio relacionado com o bom humor.
E isso tudo, sem contar os aspectos de aparência que a musculação traz. Certamente, este é o esporte não só para modelação de todo o corpo com precisão e nos mínimos detalhes, mas da mente e do estilo de vida.
Sim, a musculação não só pode como é a solução!
Bons treinos!
Realmente, mto bom o artigo