Os mecanismos adaptativos em quaisquer unidades vivas, sejam elas racionais ou não, são inúmeros e apresentam não só uma certa importância, mas de fato são de vital importância para que a vida possa existir. Especificamente no corpo humano, elas são de vital importância, pois, através justamente delas é que possibilitamos nos adaptar as mais diferentes situações fisiológicas ou não é claro, modificar-nos de acordo com nossas decorrentes necessidades, possibilitando assim, nossa evolução.
Dentre esses mecanismos, poderíamos falar de vários, mas, hoje, vamos nos focar um pouco na hipertrofia muscular. Mas, antes, que deixemos bem claro uma grande diferença que há entre falar sobre HIPERTROFIA MUSCULAR e CRESCIMENTO MUSCULAR, visto que eles até possuem ligação, mas, são dois pontos distintos. Isso porque, hipertrofia muscular é um dos mecanismos adaptativos para o crescimento muscular. Entretanto, o crescimento muscular não ocorre apenas pela hipertrofia, contando também com fatores diversos, tais quais a hiperplasia, os mecanismos neuroadaptativos, a retenção de água e glicogênio do músculo, dentre outros vários.
Especificamente a hipertrofia muscular deve assim ser denominada, pois, hipertrofia é algo que ocorre não só no músculo, mas, em outros vários tecidos como o osso, o músculo cardíaco, o tecido hepático e etc e, em diferentes estágios fisiológicos da vida, envolvendo questões fisiológicas, patogenias, DNA e genética e etc. Além, claro, de contar com possíveis agentes externos como clima, temperatura, alimentação, estímulos e etc.
Se pegarmos, por definição, a palavra “hipertrofia”, segundo o dicionário Michaelis, obteremos um substantivo feminino o qual possui significado referente ao desenvolvimento excessivo de um órgão ou parte dele e aumento de peso ou volume, devido ao crescimento de suas células. Desta forma, já entendemos a primeira coisa sobre hipertrofia, em seu termo geral: Trata-se do crescimento celular e não da replicação celular. Logo, hipertrofia muscular, especificamente é o crescimento em peso e/ou volume da célula muscular esquelética.
Mas, como a hipertrofia pode acontecer? Simples. Se fôssemos esquematizar como a hipertrofia muscular ocorre, poderíamos traçar um mapa da seguinte forma: Célula > Célula sofre estímulo (podendo ser exógeno ou endógeno do corpo) > Prejuízo ou não > Estímulos à adaptação > Adaptação. E, assim, através desse mapa, cabe-nos então conversar sobre cada um deles:
Indice / Sumário
Célula
A célula do músculo esquelético é basicamente constituída por basicamente: 30% de miofibrilas, 30% de sarcoplasma, 20% de mitocôndrias e o restante de componentes viscoelástricos. Estando todas essas estruturas devidamente organizadas, a célula exercerá sua função normalmente e sempre disponível para novas adaptações
Estímulo
O estímulo é dado à célula. Porém, esse estímulo pode ser endógeno ou exógeno, na medida em que, quando for endógenos, normalmente falamos de possibilidades como o estímulo hormonal, o estímulo de excesso de radicais livres, o estímulo de nutrientes etc.
Porém, esse estímulo também pode vir de fora do corpo, podendo ser uma lesão, uma microlesão, um desgaste, a ingestão de algum composto, a inalação de algum composto e assim por diante. Mas, vale lembrar que, se esse mecanismo causar ou não prejuízo direto à célula, haverá um segundo estímulo também, por meio endógeno. Por exemplo, se rompemos um músculo, na área da ruptura, após recuperada, haverá uma supercompensação protéica para refazer o tecido lesionado. Assim, este envolve fatores hormonais também, fatores relacionados a presença do aminoácido L-Leucina, da presença de glutamina, da síntese de colágeno e etc.
Logo, uma ação, terá uma reação e essa é a ordem com que acontecem as coisas no corpo humano.
Prejuízo ou não
O próximo fator a ser observado é se há prejuízo ou não. Necessariamente, esse prejuízo pode não ser algo que interfira na função daquela estrutura, perante ao estímulo, mas, pode ser quaisquer tipos de prejuízos. Por exemplo, quando praticamos musculação, a tendência é que ocorram microlesões musculares, ou seja, pequenos danos na miofibrila. Isso é um prejuízo que facilmente pode ser consertado e, supercompensado, refazendo aquela estrutura através de pequenas sínteses. Entretanto, em um caso de lesão grave, como, por exemplo, a ruptura de um tendão, músculo ou algo assim, pode não haver uma total recuperação, mas, haverão adaptações que ocorrerão ali, de acordo com as necessidades. Essa recuperação será a máxima possível, mas, infelizmente nem sempre é o suficiente. E é isso que, por exemplo, acaba impedindo muitos da prática esportiva, perante a lesões etc.
A importância desse prejuízo na musculação é para que, através das microlesões, seja feita a síntese de supercompensação, ou seja, para adaptar-se ao estímulo que, cada vez mais deve ser intenso, deve-se superar barreiras, sempre compensando os danos com mais sínteses. Basicamente, é isso que ocorre para que a célula se hipertrofie.
Estímulos à adaptação
Para que haja essa adaptação, são necessários os estímulos, que podem ser exógenos, endógenos ou endógenos e exógenos simultaneamente, que, na verdade, ocorre em quase todas as situações. Para não darmos rodeios, utilizemos a própria hipertrofia muscular como exemplo: O estímulo acontece, há o prejuízo e, para esse prejuízo ser refeito, necessitará de sínteses, estimuladas pelo consumo exógenos de substratos (vulgo alimentação) e também endógenos, como os hormonais e os de própria síntese.
Adaptação
Aqui entra a fase final de todo o processo, ou seja, a adaptação, propriamente dita. Essa adaptação, no caso da hipertrofia, não é apenas a própria hipertrofia, ou seja, o aumento do tamanho da célula, da multiplicação de suas organelas e de outros fatores. Mas ainda, devemos contar com os fatores de adaptação neuromuscular, importantíssimos, os de adaptação óssea, em alguns casos e assim por diante. Ou seja, não podemos considerar que apenas a célula se adapte, mas, o corpo todo, em um geral.
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Conclusão:
Com base em todas as informações anteriores, podemos concluir que, a hipertrofia muscular ocorre, basicamente quando há um estímulo, estímulo esse que vem, normalmente de fora e que deve ser feito dentro de protocolos corretos, ou seja, uma manipulação em causa e efeito (treinamento > dieta > recuperação).
Assim, com esse estímulo dado, teremos próximos estímulos aos danos causados, o que, se feitos de maneira manipulada também (dieta e descanso), poderemos supercompensar o dano causado, fazendo então com que haja o progresso. Esse progresso, ocorrerá não tão somente na célula, mas, em outras estruturas também.
Bons treinos!
Ótimo artigo…
Faço muito gosto desse tipo de artigo, que através da ciência e pesquisa nos explica o funcionamento de nosso organismo. Com tais informações em mãos, evitamos erros na busca dos objetivos. Parabéns.
Bacana gostei vou seguir a risca as dica…
Muito bom!! Tirei todas as minhas dúvidas. Ótima matéria, seguirei as suas dicas.
Muito bom artigo , é importante sabermos os fundamentos da hipertrofia …
Muito bom saber como tudo começa, adorei.
Curti
Gostei da matéria, me tirou algumas dúvidas que eu tinha referente a hipertrofia, não sabia o que era direito.
Parabéns ótimo artigo….
Gostei muito do artigo, estou começando a malhar agora em casa numa estação de musculação e no elíptico, mas tenho alguns problemas de saúde, tipo tive lipodistrofia devido ao HIV que sou portadora desde 2001, só que vivo muito bem com ele, pois tomo meus remédios corretamente e tenho uma carga imunológica de 1800 celulas de imunidade por mililitro de sangue e carga viral indetectável, em 2015 em junho sofri um infarte aos 36 anos e agora resolvi fazer exercícios, porem notei uma coisa por mais que eu coma minha glicemia fica entre 80 e 90 sem alterações, mesmo fazendo exercícios ou de jejum, sou fumante, então não consigo fazer muito tempo de elíptico, tenho que fazer paradas, mas faço mesmo assim, treino pernas com sequencia de 4/20 com 20kg braços, remo 3/20, agachamento 3/20, crucifixo com 10kg e 3/15 e bíceps com 10kg e 3/15, ganhei massa e quero ganhar mais nas pernas, espero que possa me ajudar em alguns exercícios.
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O ideal é auxílio fundamentalmente nutricional e atividades físicas RESISTIDAS, tando pelo quadro de HIV quanto pela medicação e, principalmente, para auxiliar nessa resposta glicêmica, que pode ser um início de pré-diabetes.
Portanto, um apoio multidisciplinar é essencial.
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