Saúde é saúde, esporte competitivo é… outra coisa!

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Saúde é saúde e esporte é esporte. Aliás, isso não deveria ser nem discutido e, tampouco, ser desconsiderado. Aliás, deveria ser tão comum quanto beber água quando se tem sede.

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Não é segredo para absolutamente ninguém que saúde compactua com o esporte conferindo melhores hábitos e melhor qualidade de vida em um geral.

Todavia, o esporte deve ser diferenciado em esporte voltado ao bem-estar, isto é, esporte que visa os bons hábitos de vida levados à prática com o intuito de prolongar a vida, ajudar no tratamento de alguma patologia ou, simplesmente descontração e esporte competitivo no qual o foco é a competição, a superação não só de seus próprios limites, mas de outras pessoas também. Afinal, ninguém entra em um campeonato qualquer buscando o segundo ou o terceiro lugar, não é mesmo? Você tem de ser o melhor e, para isso fará o que for necessário, logicamente, dentro de um bom senso.

Primeiramente, quero deixar bem claro que ambos os “tipos de esportes” tem suas lógicas e seus objetivos e, ambos estão certos, de acordo com o objetivo do indivíduo.

O que gera muita confusão, na realidade é achar que esporte competitivo é a mesma coisa que esporte de bem-estar, isto é, justificar os fins utilizando os mesmos meios. E é aí que ocorrem os grandes erros. É injustificável desta maneira. A grosso modo, é querer fazer um omelete com tomates no lugar de ovos e achar que o resultado será satisfatório pois ambos são produzidos no campo. (Ok, exemplo pífio!)

Esporte competitivo não tem saúde como foco (aliás, sem saúde nada pode ser alcançado, porém, esta também é sacrificada em parcelas em alguns casos) e sim a capacidade que o indivíduo busca para tal objetivo, seja saltar 50 metros, pular extremamente alto, ter músculos fortes e definidos, nadar mais rápido, correr mais rápido, pedalar mais rápido ou seja lá o que for.

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Os fatores de treinamento, descanso, dieta, suplementação e estilo de vida de um atleta ou de um indivíduo que tem como foco a competição é totalmente diferenciado e deve ter uma individualidade ímpar.

É perfeitamente comum que um indivíduo que busque bem-estar faça uma ou duas vezes por semana um gostinho de ir a uma rede de Fast Food e se exercite 3 vezes por semana.

Mas será que isso é realmente viável para um indivíduo fisiculturista em pré-contest? Certamente não! Aliás, não condeno nem os 3 dias na semana, pois isso variará com o método a ser utilizado, mas sim, quanto a ir a uma rede de Fast Food 2 ou 1 vez, que seja, por semana.

Da mesma maneira, não podemos aplicar uma dieta voltada para um fisiculturista para uma pessoa que não tem os mesmos hábitos e objetivos. Aliás, mesmo se tratando de esporte, devemos lembrar sempre da individualidade biológica dentro e fora de algum esporte específico, isto é, uma dieta e treino de um nadador não é a mesma de um jogador de futebol americano.

Se, por acaso, resolvermos então prescrever uma dieta de um fisiculturista em offseason, provavelmente o indivíduo sedentário tenderá a acumular GRANDES quantidades de gordura, ter problemas renais e hepáticos pela proteína não aproveitada, ter níveis de colesterol alto e outros milhões de fatores.

Então, o que dizer especificamente sobre a saúde em esportes competitivos? É um caso realmente sério. A vida de um atleta costuma ser curta e, para destacar-se, além de todo esforço, são necessários sacrifícios extras que podem não ser convenientes para a saúde como excesso de treinamento, alimentação restrita, uso de hormônios endógenos sintéticos e/ou ergogênicos, uso excessivo de suplementos específicos, carência ou excesso de micro/macro-nutrientes e outras coisas.

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Porém, tudo isso deve ser colocado em uma balança afim de não prejudicar o atleta mais do que prepará-lo, propriamente dito. Afinal, como já citado, não é possível obter bons resultados seja qual for a modalidade com grandes problemas de saúde.

Por isso, sempre saiba diferenciar um objetivo de outro e voltar-se para o seu, especificamente.

Bons treinos.

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