Sempre que falamos em partes fracas, não necessariamente falamos em uma região a qual tenha pouco volume muscular, como muitos costumam entender.
Na realidade, um ponto fraco do corpo pode representar um grupamento com assimetrias musculares, com maior fraqueza muscular (apesar do volume) ou ainda, com a falta de coordenação motora, entre outros pontos.
Logicamente, o volume muscular também está ligado com esses pontos fracos de uma ou mais regiões do corpo, porém, ele não é o ponto único para assim defini-las.
Pessoas as quais tem ponto fracos normalmente costumam ter problemas em grupamentos sinérgicos, pois, eles são dependentes desses músculos os quais talvez não estejam em seu máximo desenvolvimento.
Dito de outra forma, imagine um indivíduo o qual tem a região do peitoral fraca, mas, isso não se deve necessariamente a uma musculatura do peitoral enfraquecida, mas, aos antebraços, por exemplo, os quais não suportam um supino pesado ou mesmo a realização de crucifixos com carga elevada.
Sendo assim, muito provavelmente seus ombros também serão relativamente fracos por serem sinérgicos e assim por diante.
Sem sombra de dúvidas, tão importante quanto identificar esses pontos fracos e não necessariamente “somente querer desenvolver um músculo aparentemente subdesenvolvido” é ainda corrigi-los e, saber como corrigi-los, do contrário, tentaremos métodos os quais podem ser ineficientes para tais conquistas.
De maneira mais simples, não adianta nada querermos executar métodos e métodos para o peitoral, sendo que, o problema na realidade está nos antebraços, como em nosso exemplo anterior.
É necessário primeiro corrigir o que está desencadeando o subdesenvolvimento no peitoral, para então somente depois após corrigir esse ponto fraco conseguir o que queremos, que é desenvolver o peitoral.
Todos nós temos pontos fracos e, por mais que um atleta treine por anos, ele sempre terá algum tipo de dificuldade em seu desenvolvimento, desde os mais juvenis, até os mais avançados.
Sendo assim, hoje traremos seis dicas para você que, certamente possui pontos fracos, conseguir corrigi-los e, portanto, conseguir também um desenvolvimento melhor.
1 – Melhore a sua postura
A postura é essencial não somente durante a prática de atividades físicas, mas, no dia-a-dia. Entende-se como postura a posição espacial do corpo e/ou de suas partes ou como a maneira de manter o corpo.
Sendo assim, existem padrões os quais podemos considerar normais e anormais, dentro das variações anatômicas individuais a qual possibilitam que o corpo se posicione dentro de um espaço.
Ao realizar exercícios físicos, existem padrões de movimento os quais variam um pouco de acordo com cada pessoa por cada condição biomecânica e anatômica individual.
Todavia, exacerbadas mudanças nessas posturas e nesses padrões de movimento podem fazer com que você tenha problemas não somente no desenvolvimento muscular, mas ainda, acarrete problemas relacionados a lesões, dores crônicas entre outras.
Grande parte das pessoas SIMPLESMENTE NÃO SE POSICIONAM CORRETAMENTE EM EQUIPAMENTOS OU MESMO EM PESOS LIVRES, o que faz com que elas fiquem propensas a esses prejuízos.
Muitas vezes, pessoas pensam que o fato de estarem em equipamentos e máquinas as quais guiam seus movimentos, assegura que elas estejam bem posicionadas, quando na realidade, quase nunca isso acontece e ainda, o movimento fica mais restrito, prejudicando a situação de igual ou pior maneira.
A região do core é um dos principais responsáveis por nossa postura e, certamente, se essa região estiver enfraquecida, você poderá ter prejuízos.
Portanto, procure sempre orientação correta e, claro, corrija seus próprios problemas naturais do dia-a-dia, como sentar-se inadequadamente, deitar inadequadamente, apoiar-se demais sobre apenas um lado no corpo etc. E, claro, aplique isso nas atividades físicas também.
2 – Execute os movimentos com amplitude máxima
Salvo em casos específicos de atletas avançados ou mesmo de limitações específicas por lesões ou incapacidade (s) muscular (es) sempre devemos buscar a amplitude máxima nos movimentos.
Grande parte das pessoas executam movimentos com amplitude mínima, seja pelo fato de usarem uma sobrecarga excessiva a qual não suportam ou pelo fato de terem algum tipo de medo de lesão a qual é inexistente naquele caso.
Para se ter noção de como isso é frequente nas mais diferentes academias, grande parte das lesões ocorrem por conta de amplitudes incorretas, de maneira direta ou indireta.
Direta, quando sobrecarregam articulações e/ou ligamentos pela falta de uso muscular e, indireta, quando geram algum tipo de enfraquecimento muscular o qual gera maior possibilidade de lesões.
Desta forma, lembre-se que a musculação não diz respeito a quantidade de peso levantado, mas sim, execução correta de movimentos com o máximo de carga possível.
Do contrário, quaisquer cargas, altas ou baixas, sob baixa amplitude serão prejudiciais.
3 – Controle os movimentos na fase concêntrica e excêntrica
Muitas pessoas deixam de desenvolver grupamentos musculares adequadamente pela falta de controle nos movimentos, especialmente na fase excêntrica do movimento.
Tão importante para trazer estresse à musculatura quanto a realização de uma boa e concentrada fase concêntrica no movimento é controla-lo na fase excêntrica também, que é onde ocorre a verdadeira falha muscular e, principalmente, no momento o qual ocorre a lutar contra a gravidade e maior controle neuromotor.
Boa parte das repetições nas academias são feitas por indivíduos os quais realizam a primeira fase do movimento e “despencam” o peso logo em seguida, onde deveriam continuar usando seus músculos.
Para que um músculo realmente possa se desenvolver, é necessário que ele fique determinado tempo (alguns arriscam dizer entre 50-70 segundos) sob uma determinada tensão fazendo com que, nessa faixa, ocorra o maior estresse para hipertrofia possível.
Se você perder o controle e, portanto, a tensão muscular nesse período, todo seu trabalho terá sido vão e, seus pontos fracos jamais irão melhorar.
4 – Saiba quais são os pontos de ativação máximos da amplitude do movimento
Lembre-se que disse que todos os movimentos devem ser realizados com o máximo de amplitude possível? Sim, mas dentro de padrões os quais estão ativando a musculatura esquelética.
Por exemplo, quando no crucifixo reto abrimos (abduzimos) demais o ombro, perdemos a ação completa do peitoral maior, sendo que, neste caso, por mais que estejamos parecendo “alonga-lo”, na realidade, estamos deixando o movimento somente mais propenso á lesões.
O mesmo ocorre com algumas hiperextensões de cotovelos durante o desenvolvimento para ombro entre outros vários movimentos.
Quando fala-se em amplitude máxima, dizemos respeito a amplitude máxima dentro da ativação muscular e não pelo que a articulação foco do movimento permite.
Desta forma, você terá de conhecer alguns princípios biomecânicos com o tempo e, portanto, conseguir assim melhores recrutamentos musculares durante a realização dos movimentos.
5 – Saiba como iniciar os seus treinamentos e deixe-o de maneira sinérgica
Normalmente, nos primeiros exercícios, nossa disponibilidade energética é muito maior do que ao final do treino, por questões óbvias, é claro.
Nossas reservas de creatina e de glicogênio estão altas, possibilitando um aproveitamento ímpar nos exercícios resistidos com pesos.
Entretanto, temos de considerar que também há um dizer dentro da musculação que devemos começar sempre por grupamentos grandes o treinamento e, somente depois partir para grupamentos menores.
Por exemplo, preconiza-se o trabalho de peitoral, para então depois treinar tríceps, caso essa seja a divisão.
Todavia, há estudos que mostram que, músculos treinados primeiramente, conseguem um desenvolvimento melhor do que músculos treinados na sequência.
Isso quer dizer então que, se o seu tríceps é o seu ponto fraco, você deveria começar por ele e não pelo treinamento de peitoral.
Mas então, você se pergunta: Ora, se meu tríceps estiver fadigado sendo ele um auxiliar em muitos dos exercícios para peitoral, então, como eu iria conseguir treinar de maneira eficiente o peitoral?
E a resposta é simples: Com movimentos os quais não exijam grande trabalho dos tríceps braquiais, como é o caso dos crucifixos, cross over, pullover entre outros movimentos.
Logicamente, não vamos dizer que você sempre deva fazer isso, mas, lembre-se de que estamos falando de prioridade e da correção de grupamentos musculares mais fracos.
6 – Saiba quando descansar
Grande parte das pessoas confunde a necessidade de enfatizar uma região fraca de seu corpo com o treinamento excessivo.
A realidade é que, enfatizar não significa treinar aquela parte até o ponto de acarretar um belo de um overtraining. Portanto, seja sensato ao definir o volume de seu treinamento, ,a frequência com ele entre outros pontos.
Excessos de treinamentos, farão com que você não consiga desenvolver esse músculo adequadamente e ainda, venha a causar prejuízos, podendo, inclusive, ocasionar lesões.
Conclusão:
Todos nós, inclusive grandes profissionais da atualidade e do passado, possuem grupamentos musculares mais fracos do que outros.
Logicamente, o bodybuilding é a arte da construção e, devemos reparar esses pontos fracos. Com pequenas dicas, você certamente poderá deixar seu treino mais produtivo e propenso a bons resultados.
Bons treinos!