Costumam dizer que bodybuilders vivem sob intensa tensão, e isso é uma verdade. A maioria tem desconfortos no sistema musculoesquelético, outra boa parcela uma tremenda dificuldade no sono, alguns outros sofrem de dores constantes e por aí vai a enorme lista. Porém, não são apenas os bodybuilders que passam por situações como estas.
Todos aqueles que já passaram por períodos de estresse contínuo, sejam eles ocasionados por fatores físicos ou psicológicos, deve ter presenciado algum tipo de tensão muscular. Não é por acaso que uma massagem relaxante, ajude indivíduos “tensos” a relaxarem um pouco. Mesmo dentro de casa, quando seu esposo ou sua esposa massageiam a região do seu trapézio, você provavelmente deve se sentir muito mais confortável.
Entretanto, sabemos que, quando esse estado perdura por muito tempo, ele é propenso a gerar dores as quais podem começar a interferir de maneira significativa em seu dia-a-dia, trazendo prejuízos e desconforto por si só. Ainda, essas dores estão fortemente associadas com doenças as quais podem ser agudas (desenvolvimento rápido e duração curta) ou se tornarem crônicas (evolução lenta e duração prolongada).
Cada vez mais, diante da forma como a sociedade vive, estão presentes pessoas estressadas, e não poderia ser diferente: As responsabilidades, a exigência, a necessidade de eficácia, a cobrança, a autocobrança, entre outros pontos são determinantes para que isso ocorra. Mas, não é por acaso que cada vez mais pessoas jovens desenvolvem inúmeras doenças, inúmeros problemas físicos sem uma razão lógica.
Mas, afinal, o que é essa tensão muscular? Por que ela ocorre e quais são as formas de remediar ou prevenir isso?
Indice / Sumário
A musculatura esquelética: Altamente peculiar
Podemos observar que, em alguns casos a musculatura esquelética responde totalmente inversa a alguns fatores. Por exemplo, imaginemos que você leve um susto e, portanto, são liberadas catecolaminas as quais excitam o tecido cardíaco e o fazem bater mais forte. Isso, obviamente, faz com que ele consuma mais energia.
Agora, imagine que com os músculos ocorra o inverso: quando pensamos em liberação de energia, nem sempre devemos pensar em uma contração, mas, muitas vezes, o músculo tende a se relaxar para consumir energia, ou seja, na contração ele não consome energia. Parece paradoxal, mas observe um cadáver e vai ver que isso a princípio é verdade.
A teoria que melhor explica esse fato é a conhecida como “Teoria do deslizamento dos filamentos”, se referindo aos filamentos de actina e de miosina presentes no músculo esquelético e que são responsáveis por sua movimentação, ou melhor, contração.
Quando o músculo vai relaxar, ele recruta energia para isso. E esse é um dos motivos pelos quais, por exemplo, os exercícios físicos auxiliam na prevenção de lesões.
Sendo assim, para que o músculo possa relaxar em um estado de tensão muscular, muitas vezes é necessário que ele possa “dar um reset” para que realmente consiga isso. Entretanto, como citado, nem sempre o relaxamento total fará com que o músculo consiga usar energia adequadamente para relaxar. E é nesse ponto que entram os exercícios moderados que podem servir para recuperação de sua “integridade fisiológica”.
Como tratar as tensões musculares crônicas?
Os exercícios em pequena intensidade podem auxiliar a restabelecer esses níveis corpóreos de relaxamento muscular. Entretanto, sabemos que em muitos casos, isso não adiantará muito, pois estamos falando de estados crônicos, ou seja, aqueles que já ocorrem com certa frequência e “doutrinaram” o corpo a aceitá-los.
Nesses casos, alguns métodos como a quiropraxia, massagens mais intensas, facilitações neuromusculares propioceptivas (FNP), estímulos elétricos musculares, massagens profundas, ultrassom terapêutico, vibração, técnicas, de biofeedback, laser, entre outros tantos podem auxiliar na resolução desses problemas e começar o tratamento do nível crônico, que de fato é o mais preocupante. Alguns cuidados mais caseiros e básicos também podem ser adotados, como alongamentos (que também melhorarão a flexibilidade) ou mesmo aqueles colchões massageadores (vibratórios).
Ainda, quando esses métodos terapêuticos não adiantam, pode ser necessário o recrutamento de um médico para que ele possa prescrever a medicação adequada ou os métodos que devam ser utilizados em casos específicos.
Ignorar essas tensões é o que grande parte das pessoas costumam fazer, visto que aparentemente não é grave. Porém, isso gera pontos de gatilho os quais poderão uma hora “estourar” e culminar em problemas mais graves e/ou doenças.
A performance pode ser afetada incrivelmente, pois consideramos que haja um ciclo de dor e espasmos durante o dia do indivíduo. Ainda, quando essa tensão muscular ocorre, os tendões e ligamentos tornam-se afetados, fazendo com que as atividades físicas possam se tornar um malefício e se tornarem uma grande vilã.
Conclusão:
Contudo podemos concluir que a sociedade de uma maneira geral vem cada vez mais passando por situações as quais as geram em desconfortos e tensões agressivas o suficiente para afetar seu corpo e sua mente. Entre esses problemas, podemos citar as tensões musculares crônicas que estão associadas, inclusive, com o desenvolvimento de inúmeras doenças.
Portanto, fundamentalmente, devemos identificar e conhecer essas tensões e procurar evitá-las o suficiente, que ainda parece ser a melhor forma de lidar com ela. Porém, quando estiver tarde e ela se fazer presente, temos de procurar tratamentos específicos os quais possam minimizar essas causas e não acarretar novos problemas.
E então, está na hora de relaxar?