Conheça sobre uso de ergogênicos hormonais para cada pessoa

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Você já parou para pensar por que o uso de ergogênicos hormonais para uma pessoa, reflete efeitos totalmente diferentes do que para outra? Já parou para perceber que é completamente diferente a resposta de dois corpos, mesmo utilizando as mesmas substâncias nas mesmas dosagens?

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É claro que o uso de recursos ergogênicos não deve ser banalizado nem tampouco utilizado por quem não visa o esporte competitivo, entretanto, essa é uma realidade presente na sociedade moderna do esporte amador e também em alguns pontos, diante disso merecem destaque e entre eles, a utilização de forma individual desses mesmos recursos. Vamos entender um pouco mais?

A individualidade biológica

Entende-se por individualidade biológica as características únicas de cada espécie viva. Entre outras palavras, apesar de existirem muitas espécies de seres vivos os quais se agrupam entre os mais próximos de sua espécie, existem particularidades individuais as quais tornam cada ser vivo único. Sabe-se ainda que, quanto maior for a complexidade dessa espécie, então, maiores serão suas particularidades.

E não é por acaso que os seres humanos são tão individuais. Olhe ao seu redor e você verá que, apesar de todos serem “Homo sapiens”, existe um indivíduo de pele negra, um indivíduo com olhos puxados, um indivíduo mais alto, outro mais baixo, um com ossada maior, outro menor, homens, mulheres e assim por diante. Porém, não somente essas particularidades “macro” podem ser consideradas como distintas; Se observarmos as características menores, ou até em nível celular, ainda veremos mais diferenças. Diferença no metabolismo, no sistema imunológico, na resposta a diferentes estímulos entre outros vários.

Todas essas características se devem ao fato de, cada qual possuir um código de DNA distinto, ou seja, uma “escritura” de como tudo ocorrerá em seu corpo. E sendo o DNA algo tão pequeno, muitas vezes difícil de imaginar, seus inúmeros códigos tornam-se muito mutáveis.

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Essas diferentes características que fazem de cada indivíduo um ser em particular, necessariamente devem ser levadas em consideração na hora de definir como cada qual deve ser tratado, em diferentes âmbitos da vida. Na forma de se alimentar corretamente, na forma de praticar exercícios físicos, na forma desse hidratar, descansar, utilizar medicamentos (se necessários) e até mesmo na forma como utilizariam ergogênicos hormonais.

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De maneira muito individual, deve-se ter cautela na hora de seguir planejamentos pré-montados e, principalmente, ter como base o que o seu corpo realmente precisa para responder da maneira a qual você deseja.

Os recursos ergogênicos hormonais

Basicamente quando falamos de recursos ergogênicos hormonais, estamos falando de hormônios para aumento da performance. E esses hormônios podem ser desde peptídeos (como o GH, a insulina etc) como esteroides, derivados de colesterol e, portanto, fala-se neste caso da testosterona e de seus derivados (entre eles, derivados de DHT).

Esses recursos foram inicialmente gerados em meio clínico para o tratamento de patogenias, como a andropausa ou outras alterações hormonais, como o próprio DIABETES. Porém, percebeu-se que eles tinham aplicação no meio esportivo, na medida em que poderiam elevar a performance e fazer o indivíduo chegar em níveis os quais ele não chegaria naturalmente.

É claro que, apesar de laboratorialmente existirem opções menores para o tratamento clínico do que para o uso em finalidades ergogênicas, pode-se considerar que é muito ampla a existência de hormônios nos dias atuais e cada vez mais consegue-se aprimorar moléculas para diversos fins. Claro, é muito difícil que se chegue em um nível perfeito de droga, mas, a tendência é que cada vez mais elas tenham potência e baixos efeitos colaterais.

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Cada molécula criada até hoje, apesar de, basicamente ter como função básica o anabolismo (ou pelo menos 90% delas), tem um efeito diferente: Algumas são mais androgênicas, outras mais estrogênicas… Algumas geram maiores resultados estéticos, outras de performance etc.

Porém, você já se perguntou por que usando as mesmas drogas, as pessoas tem efeitos diferentes? Você já se perguntou por que aquela menina sofre maior virilização do que outra com a mesma substância? Claro! Se você pensou que isso ocorre justamente pela individualidade biológica, ACERTOU!

A individualização no uso de ergogênicos hormonais

Cada corpo possui um código de DNA diferente e portanto reagirá de maneira diferente a cada estímulo dado corpo, inclusive no que tange o uso dos ergogênicos hormonais.

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Sendo assim, um código de DNA pode ter alguma configuração a qual leve você, homem, a sofrer grande aromatização com o uso de Nandrolona e apresentar efeitos como a ginecomastia, a retenção hídrica entre outros e um amigo seu, não ter quaisquer propensões, gerando resultados esteticamente até melhores.

Da mesma forma, seu corpo pode responder com uma bela queda depressiva com o uso de oxandrolona, que é uma droga relativamente fraca e difícil de ser usada em altas quantidades, enquanto faz um amigo seu não sentir absolutamente nada.

Claro! Isso não é por acaso! Assim como X indivíduo responde melhor com uma dieta rica em carboidratos e outro indivíduo Y responde melhor com uma dieta baixa em carboidratos, um corpo responderá diferentemente com o uso de H ou Z droga, sendo que, isso também contará frente as dosagens utilizadas e, claro, combinações feitas (que muitos acabam desconsiderando a importância também).

É óbvio que não somente o uso dos hormônios, propriamente ditos faz a diferença ao se pensar na grande necessidade de individualização que há para utilizar esses recursos: Os medicamentos auxiliares (para evitar aromatização, para evitar excessos de prolactina, para proteger o tecido hepático, para auxiliar no tecido estomacal, no controle do colesterol entre outros infinitos) também devem ser considerados, afinal, TAMBÉM estamos falando de medicamentos.

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Pode ser, por exemplo, que um indivíduo apresente queda excessiva em seus ganhos com o uso de Tamoxifeno, enquanto outro necessite desse item sem quaisquer prejuízos significativos no uso dos hormônios para se prevenir ou para controlar a aromatização existente em seu uso. Outros, podem necessitar de HCG durante o ciclo, o que não é incomum. Já outros, não sentiriam quaisquer diferenças usando esse outro hormônio…

Mas, se é possível pensar nesse uso durante o ciclo e nas diferentes respostas individuais, é necessário pensar nos momentos pós uso dessas substâncias também. Isso porque, o reflexo negativo (ou efeitos colaterais) de cada droga com cada indivíduo são muito variáveis.

Por exemplo, durante o ciclo, pode-se observar pessoas com maior irritabilidade ao utilizarem trembolona, enquanto outras, não tem quaisquer alterações em seu humor. Da mesma forma, o pós-ciclo reflete bem esses efeitos colaterais, mas, relacionados especialmente a supressão do eixo HPT e ainda, com os níveis de aromatização ou mesmo virilização.

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Se observar, perceberá que, normalmente os eixos hormonais, tanto de homens quanto de mulheres estarão suprimidos ou mesmo alterados. Sendo assim, a capacidade individual que o corpo tem para voltar ao seu estado natural é muito relativa de pessoa para pessoa. Enquanto alguns indivíduos muitas vezes conseguem restabelecer seu eixo tranquilamente, até mesmo sem o uso de medicamentos, outros precisam fazer tratamentos prolongados, demandando muito mais trabalho. Outros indivíduos, correm o risco de não apresentarem melhora ou restabelecerem-se normalmente, o que é ainda pior.

Nos efeitos colaterais, tende substâncias diversas, que é necessário considerar ainda que existem drogas com características hiperplásicas, como o GH. E não é incomum ele ser associado com quadros de desenvolvimento de tumores pela proliferação de células já defeituosas (ou cancerígenas, no caso).

Portanto, não é bem uma brincadeira tratar da importância da individualidade do uso de hormônios frente a individualidade biológica. Isso pode ser crucial ao definir seu fracasso ou sucesso com o uso de tais.

A ética médica

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Vale salientar em um tópico a parte que a ética médica é uma das principais responsáveis por hoje, o fato da individualidade biológica não poder ser levado em consideração com o uso de hormônios para finalidades ergogênicas e é por isso que tanto reina o empirismo.

Claro! Sem a presença de estudos e sem a possibilidade de entender como a droga agirá em um indivíduo (ou pelo menos ter certo embasamento do que irá ocorrer com ele, de maneira individual), certamente fica propício o uso frente ao teste, ou seja, sem quaisquer referências ou sem conhecer suas próprias necessidades, a forma que resta é, literalmente “tentar a sorte”.

Existem muitos países onde a “medicina underground”, altamente desenvolvida, vem conseguindo propor protocolos altamente individuais para diferentes atletas e não é por acaso que vemos cada vez mais atletas de níveis inimagináveis.

Conclusão:

Respeitar a individualidade biológica é essencial para um uso adequado e principalmente, com menos efeitos colaterais de ergogênicos hormonais.

Entretanto, a ética médica vem se mostrando como uma barreira, fazendo com que o empirismo ainda perdure e indivíduos tenham de por parte, desconsiderar suas possíveis respostas individuais sem antes conhecê-las na prática, o que confere risco e principalmente prejuízos com o uso dessas substâncias.

Bons treinos!