Dentro da musculação, assim como em qualquer outro meio, sempre vai existe alguns mitos que são criados, inverdades que são contadas e acabam se espalhando pelo mundo todo, afetando as pessoas que não tem ideia se aquilo é verdade ou não, mas que acabam comprando aquilo como verdade e atrapalhando o seu treino. Portanto saber o que é verdade ou inverdade é essencial para não cair em armadilhas que irão acabar atrasando seus resultados.
Coisas como: “esse professor é magrelo, não deve saber nada de musculação”, “se o seu músculo não doer no outro dia é porque você não treinou direito”, “fazer exercícios em aparelhos é prejudicial para seus ganhos”… Essas, e outras, afirmações são constantes na maioria das academias. Mas até onde elas são verdadeiras? É isto que tentaremos descobrir neste artigo!
Indice / Sumário
Nem todos os treinadores possuem bons corpos
Ao observarmos alguns preparadores ou técnicos esportivos, especificamente da musculação, vemos corpos os quais podem não ser considerados presentes entre os corpos tidos como ideais. Há bons exemplos desse caso como o de Hany Rambod (preparador de nomes como Jay Cutler e Phil Heath), Oscar Ardon (Kai Greene), Sibil Peters (Roelly Winklaar) entre outros nomes. Esses são grandes técnicos os quais não possuem corpos como o de Charles Glass, mas possuem uma grande capacidade.
O praticante de musculação deve avaliar uma instrução adequada e individualizada advinda de um indivíduo capaz a isso e não simplesmente julgá-lo por sua aparência, afinal nem todos objetivam para si ter “corpos ideais”.
Portanto essa de “para ser um bom treinar você precisa ter um bom corpo” é uma bela de uma mentira. Julgue os seus treinadores por sua capacidade e não pelo seu físico. Se grandes fisiculturistas treinam com pessoas de corpos normais, por que você iria querer só treinadores gigantes?
A indústria dos aparelhos e da tecnologia pode contribuir negativamente na musculação
Com a tecnologia e novos estudos, é possível cada vez mais adquirir graus de especificidade em trabalhos visando desde objetivos como a reabilitação de lesões e a busca por qualidade de vida, até finais estéticos. Essa tecnologia envolve inúmeros fatores, entre eles a criação de aparelhos cada vez mais incrementados.
Apesar de serem úteis em alguns casos, ou mesmo para variações, esses não são os exercícios fundamentais da musculação e da construção corpórea. A via de regra, os exercícios básicos como os levantamentos terra, o agachamento livre, a barra fixa, o supino, o desenvolvimento e outros, preferencialmente livres, são mais efetivos.
Com a modernização excessiva de aparelhagem, o indivíduo deixa de criar bons aspectos neuromusculares, como o controle, a concepção corpórea e etc. Além do trabalho ficar menos variável, o uso excessivo desses equipamentos pode ocasional uma total perda de estabilidade corpórea, algo que prejudicará em grande porte todos os processos de ganhos.
A musculação deve primordialmente buscar meios pelos quais através da instabilidade se adquira estabilidade. Isso, inclusive, será interessante na prevenção de lesões e no fortalecimento do corpo em geral.
Portanto a criação demasiada de aparelhos de musculação pode sim estar influenciando negativamente em seus resultados. Use-os com moderação.
O treinamento necessita gerar dor
“No Pain, no Gain!”– A famosa frase vem sendo proferida durante anos no meio do fisiculturismo. Popularizada desde os primeiros anos de esporte, essa frase basicamente significa para muitos que um treino árduo é aquele que necessariamente significa dor.
Entretanto, mais do que isso, a frase deveria nos remeter a imaginar “Sem esforços máximos, sem ganhos” e isso não implica necessariamente em sentir dor no treino. Em primeiro lugar, porque a dor não é sinônimo de crescimento, principalmente se estivermos falando de dor tardia, a qual nada mais é do que o resultado de acúmulo de compostos ácidos na musculatura. Em segundo lugar, porque muitos confundem a dor do trabalho muscular com dores que estão ocasionando lesões que podem ser irreversíveis. Por último, a dor muitas vezes pode significar excesso de treinamento e aliada com um descanso ruim que é o que a maioria costuma ter, o problema se torna ainda mais agravante.
Portanto, você deve ter um equilíbrio nesse “No Pain, no Gain” e entende-lo como necessidade de dar o máximo de si em todos os aspectos, seja no treino, na dieta ou mesmo no descanso! É isso que fará a diferença!
Portanto fica aqui claro que o treinamento não precisa de dor para gerar resultados. A dor tardia, ou seja, aquela dor que você sente no músculo no dia seguinte também não é sinônimo de que o treino foi bem feito. Dor não é parâmetro para medir bons resultados na musculação.
Separar exercícios de homens e exercícios de mulheres
Muitos indivíduos se sentem acuados ao realizar alguns tipos de trabalhos em uma academia. Isso porque, muitos deles sofrem, ou são sinônimos, de preconceito. Desta forma, muitos resultados deixam de ser efetivados por conta disso.
Imaginemos, por exemplo, aquela ideia ridícula de que o exercício quatro apoios, ou Kickbacks, são apenas para mulheres. Muitos homens deixam de realizar esses exercícios e ter um bom trabalho nos glúteos (que são fundamentais no shape masculino TAMBÉM!) por conta desse preconceito. Da mesma forma, muitos parecem ter vergonha de exercícios atípicos, que acabam por te direcionar olhares e julgamentos.
Portanto, seja esperto e deixe o preconceito de lado. O importante é fazer acontecer, não importa como!
Você necessita treinar muito para obter bons resultados
Creio que a única verdade que há nessa afirmação é que você necessitará treinar muito (em sentido de anos) para consolidar um corpo realmente diferente dos demais. Entretanto, levando ao ponto de que “treinar muito” trata-se de uma longa durabilidade (em tempo) em um treino de alto volume ou mesmo em frequência de treinamentos em uma semana, certamente, essa é uma das maiores inverdades da musculação.
Diferente do que era popular nos primeiros anos da musculação, hoje sabe-se que o excesso de treinamento é prejudicial não somente para o desenvolvimento de um indivíduo, mas também para questões relacionadas com a saúde.
O excesso de treinamento é iniciado por um processo chamado “overreaching” e posteriormente esse é evoluído para o chamado e conhecido “overtraining” que torna-se muito mais complicado e que pode afetar negativamente a saúde.
Treinos árduos são totalmente diferentes de treinos longos. Aliás, pouco se consegue ter uma intensidade máxima utilizando treinos muito longos. Você necessita apenas estimular o músculo significativamente e arduamente! Do contrário, quaisquer trabalhos além disso, muito provavelmente gerarão excesso de treinamento.
Portanto fuja de quem te afirma que você precisa passar mais de 1h dentro da academia, isso não existe. Procure realizar treinos rápidos e com altíssima intensidade. Certamente isso o fará poupar tempo, saúde, dinheiro e ter mais resultados.
Você deve girar os ombros no encolhimento livre
Esse é um dos maiores erros cometidos em exercícios dentro dos ginásios de musculação. O encolhimento com ombro, de enfoque no músculo trapézio, visa sua parte ascendente e é um exercício o qual requer grande concentração e equilíbrio, por mais fácil que pareça ser.
Com alguma chance de imaginar que rotacionando os ombros, para frete ou para trás, aumente a intensidade e a eficácia do encolhimento, muitos indivíduos passam a realizar esse movimento, que além de TOTALMENTE INEFICAZ ainda pode prejudicar a articulação do ombro. Em suma, fazer isso NÃO aumenta em nada o trabalho na região, pelo menos não para o crescimento muscular.
O encolhimento deve ser realizado com uma pressão no músculo trapézio após uma retração escapular. Isso faz com que o trabalho realmente seja efetivado no músculo alvo todo.
Seja com halteres, com barras, com máquinas articuladas, cabos ou quaisquer outros apetrechos de treino, certamente assim você realizará o exercício de forma mais correta, sem grandes chances de lesão e, principalmente de forma mais eficaz.
Portanto não caia nessa de que girar os ombros irá aumentar a intensidade do encolhimento, isso é uma baita de uma mentira. Execute o exercício corretamente e obtenha melhores resultados.
Bônus: Vídeo No Pain No Gain
Pessoal, lá em nosso canal do Youtube o Betão gravou um vídeo super bacana explicando de onde surgiu o termo tão famoso na musculação No Pain No Gain. Assista o vídeo e veja o que ele tem a dizer…
Conclusão:
Se parássemos para observar as inverdades e verdades que ocorrem no meio da musculação, certamente poderíamos passar horas e horas discutindo. Entretanto, neste artigo tentamos mostrar alguns dos principais pontos em questão a fim de proporcionar um devido esclarecimento e fazer com que cada vez mais um indivíduo possa obter bons resultados.
Lembre-se: Conhecer os fatores os quais regem um treino e cada exercício nele presentes é fundamental.
Bons treinos!
Por que um homem heterossexual que não faz musculação para competir vai trabalhar os glúteos? Na academia que eu frequento é comum observarmos rapazes “alegres” malharem os glúteos. Quem é mesmo homem trabalha tríceps ou deltóides e não glúteos. Perdoe minha franqueza. Parabéns pelo site, muito útil e instrutivo.
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Respeito seu ponto de vista, mas discordo totalmente.